quinta-feira, 28 de julho de 2011

A American Pie mineira, a cruzada anti-aquilo e as piriguetes hipócritas

Juizado acaba com festa inspirada em filme

Adolescentes foram surpreendidos por comissários de menores em balada com funk, strip-tease e bebida alcoólica

Publicado no Super Notícia em 27/07/2011

JAQUELINE ARAÚJO

falesuper@supernoticia.com.br


FOTO: REPRODUÇÃO

Convites para a festa foram vendidos por R$ 30 em shoppings e na porta de colégios particulares da capital

Uma festa em Belo Horizonte inspirada na série de filmes "American Pie", em que adolescentes e jovens se fartam em encontros regados a bebida alcoólica e competições de sexo, terminou no Juizado da Infância e Juventude da capital, na última sexta-feira. Denunciada pelo pai de uma adolescente de 13 anos que foi ao evento mesmo sem autorização, a festa foi interrompida cerca de duas horas após seu início.

Comissários de menores, acompanhados de policiais militares, surpreenderam os menores que se divertiam ao som de funk e tomavam vodca e chope. O local da festa foi um espaço conhecido como Mirante da Raja, na avenida Raja Gabaglia, no bairro Santa Lúcia.

Segundo a coordenadora substituta do Comissariado da Vara da Infância e Juventude, Denise Pires Costa, quando os comissários chegaram uma garota estava na pista de dança tirando a roupa, simulando um show de strip-tease.

Ao todo, 109 adolescentes de classe média, com idades entre 13 e 15 anos, foram levados em kombis ao juizado e só foram liberados com a chegada dos pais, que tiveram que assinar um termo de responsabilidade. A organizadora do evento, segundo relatos dos adolescentes, foi embora depois de eles terem dito que tinham pagado R$ 30 para entrar na festa.

Aos policiais e comissários, a mulher, que ainda segundo os adolescentes, seria mãe de uma das garotas que também estava na balada, teria dito que a festa era uma comemoração pelo aniversário de 15 anos da filha. Ela chegou a ser vaiada pelos adolescentes quando tentava dar sua versão aos policiais. A promoter teria contado com a ajuda da filha e de dois amigos dela, todos menores, para organizar a festa e divulgar o evento pela internet.

A secretária da Associação de Rádios Amadores, Núbia Monalisa Santos, responsável pelo Mirante da Raja, informou que a entidade vai acionar a organizadora na Justiça. Segundo Núbia, o local é destinado somente a associados - o que seria o caso dela (a organizadora) -, mas apenas para "festas familiares". "A organizadora dessa festa reservou o local e disse que seria uma festa de aniversário da filha, de 15 anos. Fomos enganados", disse a dona do espaço.

Segundo o juizado, a promoter foi denunciada outras vezes por fazer festas para menores, sem qualquer restrição ao uso de bebidas alcoólicas. Uma delas, há duas semanas, aconteceu no apartamento da acusada, com a participação de 50 adolescentes.

Pelo menos 300 convites da "American Pie mineira" teriam sido vendidos em shoppings e na porta de colégios particulares. Na hora, o ingresso custava R$ 50. A promoter foi procurada em casa e por telefone, mas não retornou as ligações.

American Pie

O nome da festa foi inspirado na série de filmes American Pie, lançada em 1999, nos Estado Unidos, que conta a história de um rapaz que procura uma garota para ter sua primeira relação sexual e, junto com os amigos, se envolve numa série de confusões.

Responsável pode ser preso

Festas envolvendo menores regadas a álcool e com apologias sexuais são consideradas crimes previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). De acordo com o estatuto, quem for flagrado estimulando a prática pode ser preso. A pena varia de 2 a 4 anos de reclusão. Para o Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Adilson Rocha, a penalidade para esse tipo de caso deve ser rigorosa. "É um crime considerado grave pelo ECA e os pais devem ficar atentos, pois também podem ser responsabilizados caso seja comprovado um consentimento por parte deles na participação dessas festas", destacou. Ainda, segundo Rocha, a denúncia contra esse tipo de festa pode ser uma alternativa para a diminuição do crime. "Os pais jamais podem ser coniventes. Em casos extremos eles podem até mesmo perder a guarda dos filhos envolvidos".

O empresário que denunciou a festa não se conformava com o estado em que a filha de 13 anos foi encontrada. Bêbada, ela xingou o pai e os comissários, e tentou rasgar o banco do carro em que foi levada ao juizado. O pai contou aos comissários que já tentou de tudo para conter a filha. A mãe de um rapaz de 16 anos contou que se impressionou com o estado dos menores. "Alguns, que pareciam crianças, estavam completamente embriagados".

MINIENTREVISTA

"Quando toca funk, as meninas ficam mais peladas e os meninos tiram a camisa"

Menor que participou da festa

Como você soube dessa festa American Pie Mineira? Sei que a divulgação foi feita pelo Twitter, pelo Orkut e pelo Facebook. Tinha também uma promoter divulgando pra galera.

E essa história de que havia meninas fazendo strip tease? Não vi nada disso. Na verdade, tinham uns grupos de dança e como toca muito funk, as meninas ficam mais peladas e os meninos vão tirando a camisa.

E o que foi servido na festa? Tinha bebida alcoólica? Tinha vodca com energético, chope e refrigerante.

Você viu drogas no banheiro? Não sei nada disso.

E promoter, você a viu na festa? Vi sim. Ela é mãe de uma menina que estava na festa e ficava olhando se estava tudo certo.

O que você fez quando a polícia e os comissários do juizado chegaram? Não fiz nada. Fiquei esperando o que ia acontecer e liguei para o meu pai. Tinha muitos meninos chorando.

http://www.otempo.com.br/supernoticia/acervo/?IdEdicao=1461&IdNoticia=59984

Comentários de A Vez das Mulheres / A Vez dos Homens que Prestam / O Reino de Deus

Preciosas lições que a gente tira do caso:

  1. As famílias destes moleques era tudo de ateus e desviados de igreja? É ruim! Eu aposto com vocês que a grande maioria dos pais e mães desses adolescentes soca os moleques na igreja no domingo, proíbe os filhos de ver ou ler o que a religião não deixa, nunca disse nada pros filhos sobre sexo, já proibiu os filhos de andarem com esta ou aquela pessoa, não deixa os meninos nem olharem pra qualquer homem ou mulher de camiseta de alça. E esses pais acham que proibindo o filho de tudo estão ensinando tudo sobre moral.

  2. Destruição da família o cacete. A ameaça a uma família medíocre é o próprio saco cheio de quem vive nela. A família só sobrevive quando cada um tem alguma alegria de estar com o outro. Por isso que muitos adolescentes preferem estar com bandidos a estarem com pai, mãe, irmãos. Quantos desses adolescentes não se abrem com os pais? Eles são obrigados, porque é o pai e a mãe? Amizade obrigada não é amizade. Amor obrigado não é amor. Respeito obrigado não é respeito. Algumas pessoas conseguem merecer respeito. Os outros são idiotas tentando ser grande coisa.

  3. Mais um caso de um valoroso denunciante sem nome usando a segurança pública pra avacalhar a vida de alguém. Tinha droga? Tudo bem, mas isso foi sorte. O objetivo mesmo era acabar com a vida de sabe-se lá quem que fez uma festinha onde a filhinha foi e o pai não queria que ela fosse.

  4. Influência da televisão o cacete. Ainda tem gente que acha que ensinar princípios morais pra uma criança é enfiar um raio de uma religião anti-sexo goela abaixo. O mundo lá fora é mau e pecaminoso e fora da nossa igreja ninguém tem caráter. O pimpolho que não foi educado pra vida real vai acabar descobrindo, e preferindo ela. Pode até fazer muita bobagem, mas o que ele aprendeu em casa que tivesse sentido ou conteúdo?

  5. Dessas mocinhas com 13, 15 anos, quais você mal pode encostar sem ser denunciado por assédio sexual ou pedofilia? Quais delas têm namorado, que teve apresentar currículo pra família da mocinha pra mal conseguir abraçá-la? Quais delas frequentam uma igreja?

  6. O grande problema aqui pra quem ficou indignado não foi o álcool, não foi a droga, isso tudo é problema. O grande problema pra essa turma foi o sexo. Algumas mães odeiam rola e ensinam os pais a terem horror a sexo.

  7. Adolescente trepar, desde que tenha juízo não tem problema algum. É só ver com que idade a sua bisavó se casou. Eu sempre defendi a putaria. O que eu sempre ataquei é a hipocrisia e o mau gosto.

E olha só como é a mão de Deus (Ele não existe mas é a mão dele assim mesmo, hehehehe). Anteontem eu estava justamente lendo O Perdedor Mais Foda do Mundo e achei o texto "As mulheres e o carnaval". Dá uma chegadinha lá.

Beijos. Viva a vida, o caráter, o ateísmo, a anarquia e a putaria (sem hipocrisia e sem mau gosto).

Abigail Pereira Aranha

Indicação de hoje

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Uma putaria só pra desestressar, né?


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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Besteirol sustentável: Aquecimento Global causa terremotos

Terremotos: clima pode provocar movimentos tectônicos

Equipe de cientistas na Austrália descobriu que aumento das monções acelerou em 20% o movimento da placa indiana

Sydney - Cientistas australianos demostraram pela primeira vez a existência de um vínculo entre acontecimentos climáticos e os movimentos tectônicos, o que pode ajudar a compreender melhor as causas dos terremotos.

Uma equipe de cientistas australianos, da qual também fazem parte um francês e um alemão, anunciou nesta quarta-feira ter descoberto que a intensificação das monções na Índia acelerou em 20% o movimento da placa indiana ao longo dos últimos dez milhões de anos.

Giampiero Iaffaldano, que coordenou o trabalho, explica que os cientistas sabiam há muito tempo que os movimentos tectônicos influenciam o clima ao formar novas montanhas e fossas marinhas, mas esta pesquisa demonstra pela primeira vez que a influência existe também no sentido inverso.

"O fechamento e a abertura dos vales oceânicos, assim como a formação das grandes cadeias de montanhas, como os Andes e o Tibete, constituem processos geológicos que afetam os padrões do clima", disse o especialista à AFP.

"Do nosso lado, nós demonstramos pela primeira vez que esta influência existe também no sentido inverso, ou seja, que a evolução do clima pode afetar, por sua vez, o movimento das placas tectônicas", acrescentou.

Entretanto, a conclusão óbvia não é a de que o aquecimento global necessariamente acarretará em uma maior frequência de terremotos potentes, como o que devastou a costa nordeste do Japão em março, já que estas evoluções são medidas em "milhões de anos".

A equipe de Iaffaldano colaborou com Laurent Husson, da Universidade de Geociências de Rennes (França), e com Hans-Peter Bunge, da universidade LMU de Munique (Alemanha). A pesquisa foi publicada recentemente pela revista científica Earth and Planetary Science Letters.

Os pesquisadores agora pretendem investigar se o clima teve efeitos nas placas tectônicas de outras regiões, além da Índia.

"Por exemplo, podemos imaginar que tenha havido uma influência do clima na formação dos Andes ou das montanhas Rochosas", estimou Iaffaldano.

Terremotos: clima pode provocar movimentos tectônicos. Exame, 13 de abril de 2011. Disponível em http://exame.abril.com.br/economia/meio-ambiente-e-energia/noticias/terremotos-clima-pode-provocar-movimentos-tectonicos--2. Acesso em 25 de julho de 2011. Também em outros endereços, como http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/cientistas-associam-terremotos-a-mudanca-climatica-20110413.html.

Comentários de Universidade Plebéia Revolucionária

Pro raio que o parta! Qualquer pessoa que faça idéia da temperatura do magma terrestre pode ver o quanto essa tese é ridícula. Mas o que é uma falácia destas num país onde estudantes de Engenharia Civil não sabem funções trigonométricas e a maioria da população pensa que a água está virando fumaça, coisa que qualquer aluno do Primário de 20 anos atrás poderia mostrar o contrário?

Recomendo o documentário "A grande farsa do Aquecimento Global". Para citar um trecho, Patrick Michaels, professor do Departamento de Ciências Ambientais da Universidade da Virgínia: "O fato é que no momento dezenas de milhares de carreiras dependem do aquecimento global agora".

Um abraço

Abigail Pereira Aranha e Universidade Plebéia Revolucionária.

Um novo departamento da UPR: o Conjunto dos Números Irreais

Sabe aquelas descobertas e pesquisas publicadas em jornais e revistas que parecem estar zombando da sua inteligência? Pois é, o Conjunto dos Números Irreais é a seção onde falamos destas pérolas.

Bem, num país onde ter segundo grau completo não significa saber escrever uma redação decente ou dominar a tabuada de cor e salteado, o que não é engolido por meio país desde que seja dito por um doutor qualquer no Fantástico?

Cordialmente,

Universidade Plebéia Revolucionária

Copa do Mundo 2014: presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção também acha que "é claro que vamos passar vergonha diante dos turistas"

Em vez de obra, "puxadinho"

Para o presidente da Cbic, o Brasil não tem mais tempo hábil para executar projetos para a Copa do Mundo e terminará apelando para improvisos que não acabarão com os gargalos

Amanda Almeida

Representante das principais empreiteiras do país, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) diz que o Brasil perdeu o tempo da Copa do Mundo 2014 e que as obras de infraestrutura não sairão do papel. Para o presidente da entidade, Paulo Safady Simão, "puxadinhos" serão improvisados para dar ares de obra feita. "É claro que vamos passar vergonha diante dos turistas", comentou. Em palestra ontem, em Belo Horizonte, ele afirmou ainda que nem mesmo o novo modelo de contratações, à espera da sanção da presidente Dilma Rousseff (PT), cumprirá o objetivo de acelerar as obras. Para ele, o sistema criará mais um problema: "O Regime Diferenciado de Contratações é um campo aberto para a corrupção".

"Do ponto de vista de legado, morreu. Não tem mais o que fazer", disse Simão, em relação à Copa do Mundo, acrescentando que "a iniciativa privada não vai abraçar causa perdida". Para ele, o governo federal demorou para se mobilizar e estimular empreendedores. Entre os principais gargalos estarão os aeroportos. "Vão fazer um 'puxadinho' no aeroporto internacional de Confins, que precisava de um novo terminal. Os turistas só vão constatar uma coisa que já sabemos: os terminais não têm estrutura para recebê-los", afirmou Simão.

Presente na palestra de Simão, a gerente de atração de investimentos e turismo do Comitê Executivo da Copa em BH, Stella Kleinrath, destacou que a cidade está adiantada nas obras, citando a reforma do Mineirão, a duplicação da Avenida Antônio Carlos e a construção de 12 hotéis. Mas, para Simão, grandes problemas continuarão sem solução: a expansão do aeroporto de Confins e a do metrô. "A Copa do Mundo vai se resumir a grandes arenas e a um sistema de comunicação perfeito, que é o interesse da Federação Internacional de Futebol (Fifa)", disse.

RDC Sob o argumento de acelerar as obras da Copa do Mundo 2014, o governo pressionou o Congresso pela rápida aprovação do RDC. Entre outras regras, o sistema autoriza o governo a não revelar o custo estimado das obras aos participantes da licitação. Enquanto o Executivo defende que as novidades evitarão "conluio" entre empresas, a Cbic diz que a medida acaba com a transparência nas contratações. "Se você faz opção por ocultar os preços, você está querendo dizer que alguém vai sair beneficiado com alguma informação que vazar", argumenta Simão.

Ele desaprova também o item que permite pregão para contratações. "É um absurdo, porque o governo está criando um risco muito grande de ter obra inacabada. Se o administrador público faz orçamento de R$ 100 mil por uma obra e uma empresa oferece R$ 80 mil por ela, será escolhido o menor preço. Mas quem garante que não haverá queda de qualidade ou até mesmo o abandono da obra? Nenhum administrador vai ter peito para bancar obra mais cara", diz o presidente da Cbic. Ele esteve na Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) para falar sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O presidente da ACMinas, Roberto Fagundes, afirmou que "o PAC praticamente não chegou ao estado", disse.

Saiba mais - o que é o RDC

Incluído na Medida Provisória 527, o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) é uma opção para as prefeituras, governos estaduais e a União usarem quando se tratar de uma obra destinada à Copa do Mundo de 2014 ou às Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. A principal inovação é a criação da "contratação integrada". A empresa contratada é responsável pelos projetos básico e executivo e a construção. A obra deve ser entregue à administração pública pronta para uso. Trocando em miúdos, o governo entrega apenas um "anteprojeto de engenharia" às empresas licitantes. A administração fará um orçamento interno, mantido em sigilo até o fim da licitação, usando valores estimados com base em preços de mercado ou já pagos em contratações semelhantes ou calculados de acordo com outras metodologias. O orçamento sigiloso ficará em poder dos órgãos de controle o tempo todo, mas só será revelado à sociedade após a licitação.

ALMEIDA, Amanda. Em vez de obra, "puxadinho". Estado de Minas, nº 25.367, Belo Horizonte, 20 de julho de 2011, pág. 6.

Comentários de Universidade Plebéia Revolucionária



Placa na BR-040, município de Nova Lima: "Caminhoneiro. A 8 km, anel rodoviário. Via urbana com muitos veículos. Fique atento! CNT, SEST, SENAT, DNIT, Polícia Rodoviária Federal". Placas assim estão entre o trevo da BR-040 com a BR-356 e a BR-040 a 10 km na direção do Rio de Janeiro. O poder público atesta a desgraça do sistema rodoviário como se não tivesse nada com isso!

Uma edição do Jornal do Ônibus, da BHTRANS, fala sobre a construção da estação São José, que é a Alípio de Melo prometida há mais de 15 anos. Também fala da estação Pampulha, na av. Pedro I esquina com av. Portugal. Quem vier do aeroporto de Confins verá pela av. Cristiano Machado o terminal de integração metrô-ônibus da estação Vilarinho. Quem vier pela av. Pedro I, verá a bela estação Pampulha.

Bem, falo de Belo Horizonte porque é um lugar que conheço. O leitor deve poder citar gambiarras no transporte coletivo, avenidas problemáticas, bairros mal estruturados e outras desgraças em outra cidade. E verá, se esta for sede ou subsede da Copa do Mundo do Brasil, problemas de 20 anos ou mais receberem pseudo-soluções avacalhadas e apressadas dadas em 2 ou 3 anos.

Sobre esquemas de corrupção na copa da África do Sul e outras, veja a entrevista "'Fifa corrompe os países que recebem a Copa', acusa repórter da BBC", reproduzida em Debatepronto’s Blog (http://debatepronto.wordpress.com/2010/08/11/persona-non-grata-entidade-menos-ainda/). Andrew Jennings (o repórter da BBC) informa na entrevista:

O principal escoadouro de recursos é a construção de estádios. Quando se sabe que haverá investimento público em estádios, acionam o secretário-geral, Jerome Valcke. O sistema é simples: se o estádio vira uma questão de injetar recursos públicos, eles atrasam a obra. Quando isso acontece, surgem os chamados recursos emergenciais. Está feito o estrago: um estádio que custaria 200 milhões de dólares, como o de Port Elizabeth, na África do Sul, se transforma em um elefante branco de 350 milhões. Já notei que os estádios de vocês ainda não saíram do papel. Dá para imaginar o que pode acontecer, não? A Copa do Brasil pode ser a Copa da África do Sul 2 se houver dinheiro público para estádios.

O Brasil vai passar vergonha em 2014! Como país e como time. E não é apenas torcida, é fé de que é só esperar pra ver. Não torço contra o país, torço contra o que merece dar errado.

Abigail Pereira Aranha

sábado, 23 de julho de 2011

Do que as mulheres realmente gostam: de serem hipócritas e mandar os homens pra aquele lugar

Estava errado quem disse que toda mulher gosta de homem malandro e safado. As mulheres não resistem a um cara educado, inteligente, charmoso e que a faça sentir-se única. Esse é o segredo dos grandes conquistadores. É tão óbvio, porque será que vocês não aprendem???

"Do que as mulheres realmente gostam", do Diário de Carina (http://diariodecarina.wordpress.com/2007/11/27/do-que-as-mulheres-realmente-gostam/). Se você leitor daqui, do A Vez das Mulheres de Verdade e da Central Masculinista acha que por esse trechinho já viu tudo... acertou. Mais um pouquinho da obra:

Se não falarmos com vocês, se não olharmos na cara é porque estamos magoadas. Nesse caso, tudo o que mais queremos é que nos peçam desculpas ou pelo menos perguntem o que nos aflige.

Agora, vamos fazer uma pesquisa: quantas vezes vocês meninos perguntaram por que uma mulher estava com cara de merda pra vocês e ela respondeu direito?

Mulheres são meigas, carinhosas, atenciosas.

É mesmo? Então de onde vem o tanto de mulher grossa, insensível, cretina que a gente vê todo dia?

Meninos, quem quiser fazer uma visita e um comentário no blog da Carina, não se esqueça de deixar uma cópia do comentário aqui também.

Ah, e como eu dou valor a esses homens na prática, eu já escrevi

O que querem os homens (que prestam)

"Resposta à feminazista cretina falando das mulheres usando o nome de Luiz Fernando Veríssimo (ou: 'Você não suporta minha TPM? Vá se fuder')"

Beijos

Abigail Pereira Aranha

Violência contra o homem 13

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dois belos textos da coluna de Regis Tadeu

O artista, muitas vezes, é apenas um babaca


Quando você vê o seu ídolo no palco, esplendorosamente iluminando e detonando um som bacana, não consegue imaginar que aquela figura carismática e talentosa pode ser um dos seres humanos mais intragáveis da face da Terra. E esteja certo disto: ele pode ser, sim. E muito.

Durante muitos anos, fui editor e chefe de Redação de uma das revistas mais conceituadas dentro do cenário editorial/musical brasileiro, a Cover Guitarra, uma publicação voltada completamente ao universo do guitarrista nacional. Foi por conta deste trabalho – do qual me orgulho muito, já que contribuímos de maneira modesta e incansável para criar uma geração de novos instrumentistas aqui no Brasil – que tomei contato e me aprofundei dentro do universo dos bastidores do meio artístico. Ao entrevistar e conviver com músicos, produtores, assessorias de imprensa, gravadoras e tudo o que envolve este meio, verifiquei que nem sempre aquilo que a gente vê em cima do palco é a realidade que está por trás dos artistas, que, como todos nós, são seres humanos e repletos de virtudes e, principalmente, de defeitos.

De lá para cá, tenho presenciado momentos tão constrangedores, ridículos, revoltantes e “sem noção” de tantos artistas que este espaço não seria suficiente para contar tudo em detalhes. Mas resolvi contar aqui uma das histórias mais inacreditáveis a respeito disto usando como exemplo um único artista: o guitarrista sueco Yngwie Malmsteen. O texto abaixo foi publicado anos atrás na revista que eu editava – mais precisamente em 2001 -, poucas semanas depois de uma das vinda do cara ao Brasil, e criou uma enorme polêmica na época no meio “guitarrístico”, com leitores demonstrando incredulidade, revolta e até mesmo solidariedade em relação às atitudes do cara durante uma de suas passagens mais tumultuadas pelo Brasil.

Quando terminar de ler, tenha a certeza de uma coisa: atitudes como estas são muito mais freqüentes do que você pode imaginar…

Quem ainda não viu, está marcando bobeira: é altamente recomendável que você assista ao filme Spinal Tap. Para quem não sabe, este é o relato sensacionalmente ácido sobre a carreira de um fictício trio de heavy metal que mostra todo o ridículo da vida de seus integrantes, a rotina na estrada, bastidores etc.

Resolvi começar esta matéria dando o exemplo cinematográfico de algo que acontece realmente com inúmeros artistas e bandas com uma freqüência que chega a ser assustadora. Ser um rockstar, muitas vezes, significa ser um personagem patético dentro de uma realidade ainda mais patética, da qual muita gente não consegue sair.


Infelizmente, um dos mais talentosos guitarristas de todos os tempos acabou transformando-se em um “Spinal Tap ambulante”, de carne, banha e ossos. Ninguém melhor – ou pior, se preferir – que Yngwie Malmsteen para personificar todos os estereótipos alienantes e megalomaníacos dos quais aprendemos a tirar sarro quando vistos em outros grandes astros do cancioneiro mundial.

Comparado ao guitarrista sueco, Axl Rose, por exemplo, não passa de um vendedor de apólices de seguro. Malmsteen é protagonista de histórias bizarras, como aquelas que falam de seu “saudável” costume de distribuir catarradas pelo chão de sua própria casa e de seus passeios pelos shopping centers de Miami – onde ele mora -, acompanhado de sua esposa e do filho, este vestindo uma roupinha de couro preto (!) e embalado em carrinho de bebê muito parecido com o Cupê Mal-Assombrado – quem assistia ao desenho A Corrida Maluca sabe do que estou dizendo.

Por ocasião de seu show em São Paulo, o roteiro de patetices começou logo cedo. Antes da chegada do rotundo guitarrista ao aeroporto de Cumbica, a equipe de produção dos shows brasileiros – que haviam sido adiados por conta dos problemas causados pelos terroristas malucos em Nova York em setembro – já esperava por alguma confusão na turnê. Ela tinha sido alertada pelo pessoal da banda Savatage e por Vander Taffo, que já havia lidado com Malmsteen durante um tumultuado workshop realizado há dois anos.

Estava previsto para este dia uma entrevista coletiva e algumas individuais (dentre as quais uma para mim). Às seis da manhã, o gigante sueco finalmente desembarcou em terras brasileiras, só que terrivelmente mal-humorado. Ele tinha viajado na classe executiva, o que, segundo ele, foi uma verdadeira ofensa para quem merece sempre poltronas de primeira classe. Para piorar, o cara tinha discutido com o comissário de bordo, que se negou a colocá-lo em uma poltrona próxima à cabine do piloto, como ele queria.

Malmsteen apareceu no saguão do aeroporto sem carregar qualquer bagagem de mão, bêbado e inchado como um baiacu, totalmente detonado. Ao ser informado de que teria de permanecer por lá até a chegada do restante da banda e dos 750 quilos de equipamentos, o guitarrista ficou ainda mais irritado.

Bebendo uma lata de cerveja atrás da outra, ele não acreditou quando viu que iria para o hotel a bordo de uma van alugada pela produção. “Onde está minha limusine?”, começou a gritar a plenos pulmões no saguão, chamando a atenção de todos que por ali passavam. Finalmente convencido a entrar no veículo depois da promessa de que iria sozinho nela, sem a presença da banda e dos roadies, Malmsteen percorreu todo o trajeto reclamando de tudo. Do calor, do ar-condicionado, do trânsito, da distância do aeroporto, da agenda de entrevistas e da música do Pearl Jam que tocava no rádio – ele se referiu aos dois guitarristas do grupo como “uns imbecis que nem sabem afinar o instrumento”. Isso tudo sem parar de beber latas e latas de cerveja…

Ao chegar ao hotel cinco estrelas reservado para ele e sua comitiva, o cara surtou. Aos gritos, xingou toda a equipe de produção do Brasil e os funcionários do hotel, alegando que merecia coisa melhor por se tratar de um verdadeiro rockstar. “Vocês pensam que sou alguém do Labyrynth ou do Rhapsody para me tratarem assim? Eu sou um astro, sou um rei! Sou como Mozart! Estou pouco me fodendo com a minha banda! Sou uma estrela e exijo ser tratado como tal”. Todo mundo ao redor ficou atônito e apavorado, incluindo sua produtora pessoal – que vim a saber depois que era a sua cunhada, uma tal de Denise Love – e a própria banda. Ordenou que todas as sessões de fotos e entrevistas – incluindo aquelas com os integrantes de seu grupo – fossem canceladas, chegando até a ameaçar pegar um táxi, retornar ao aeroporto e embarcar de volta para Miami. Isso sem falar na quase tentativa de agressão que um dos integrantes da produção sofreu por parte do guitarrista. Uma cena lamentável…

À tarde, em uma reunião com outros membros da produção brasileira, Malmsteen exigiu que as bandas inicialmente escaladas para a abertura dos shows – Santarém, em São Paulo, e Hybria, em Porto Alegre – fossem “limadas” da empreitada. Além disto, ordenou que os concertos começassem mais cedo, às 21 hs, e que providenciassem efeitos pirotécnicos, como fogos e explosões. Nada disto estava no contrato previamente assinado.

E as bizarrices não pararam por aí… Durante um jantar em uma tradicional churrascaria, Malmsteen voltou a manifestar uma inacreditável indignação na hora de servir-se do buffet de saladas. “Sou um cara que nasceu para ser servido. Me recuso terminantemente a ir até lá e servir a mim mesmo. Algum de vocês vai até lá e me traga alguma coisa interessante”. Ao mesmo tempo, a tal Denise Love (que raio de nome é esse?) já havia avisado a equipe brasileira que ninguém deveria, em hipótese alguma, aproximar-se dele para pedir autógrafos. “Ele detesta isso e chega até a ser muito grosso com a molecada”, recomendou. Enquanto isso, Malmsteen e seus amiguinhos se dedicavam à saudável atividade de arrotar em volumes estratosféricos dentro do recinto. Aquela coisa de quem foi “educado na Suíça”, sabe?

No dia seguinte, Malmsteen e seu “exército de Brancaleone” mambembe embarcaram para Porto Alegre. Lá chegando, o guitarrista, para variar, em pleno aeroporto, se envolveu em tremendo bate-boca com Carlos Oñono, um promotor colombiano que comprou todas as datas da turnê sul-americana e revendeu-as para diversos promotores de outros países, incluindo o Brasil. O motivo? Simplesmente porque o avião teve de fazer uma escala em Campinas (SP) e – novamente – pelo fato de a comissária de bordo não transferi-lo para uma poltrona mais adequada. Só que isto não foi nada comparado ao que viria a seguir…

Durante o show na capital gaúcha, Malmsteen, em determinado momento, começou a tocar “Star Spangled Banner”, o hino nacional americano, que acabou imortalizado na versão de Jimi Hendrix. Algumas pessoas na platéia começaram a gritar “Brasil! Brasil”. Até aí, nada demais. O caldo passou a entornar quando Malmsteen, inexplicavelmente, voltou inúmeras vezes a citar trechos do hino em outras músicas, o que levou as mesmas pessoas – não mais que uma dúzia delas – a gritarem “Bin Laden! Bin Laden!”. Tudo bem, nada poderia ser mais politicamente incorreto do que isso naquele momento, embora tal atitude possa ser explicada mais pelo jeito galhofeiro com que o brasileiro lida com as tragédias – quem não se lembra das piadas surgidas a respeito da morte de Ayrton Senna um dia depois do ocorrido? -, mas aquilo foi o suficiente para que Malmsteen, irritadíssimo, fosse ao microfone e mandasse a platéia inteira se foder.

O que se seguiu foi um grito uníssono vindo das 1.500 pessoas presentes ao Bar Opinião: “Bin Laden! Bin Laden!”. O show tinha ido por água abaixo…

Para piorar, o tecladista Derek Sherinian, o único americano da banda, colérico com tal atitude do público, resolveu colocar uma mensagem em seu site poucas horas depois, na madrugada, manifestando seu repúdio por tal situação. Ele escreveu que “não fazia a menor questão de voltar a tocar numa terra de Terceiro Mundo infestada de caipiras”.

No dia seguinte, o pânico era geral. Sherinian começou a receber e-mails de todas as partes do mundo, incluindo de alguns colegas músicos, criticando abertamente a mensagem por ele colocada em sua home page. Com o passar das horas, começaram a surgir boatos de que a notícia havia se espalhado como pólvora e que a banda encontraria no próximo show, em Curitiba, uma platéia mais hostil que o Taleban. Apavorado com a repercussão da coisa, Sherinian “arregou” e pediu que entrevistas coletivas fossem agendadas tanto em Curitiba quanto em São Paulo, para que ele se desculpasse publicamente pelo ocorrido, não sem antes comprar uma camisa da seleção brasileira, que usou nas apresentações subseqüentes, e um CD com o hino nacional do Brasil, que aprendeu a tocar e apresentou-o tanto em Curitiba como em São Paulo.

O show em Curitiba foi considerado como o melhor dos três que Malmsteen realizou no país, embora não livre de problemas. O guitarrista se atrasou em sua passagem de som e as portas do local foram abertas enquanto o sueco ainda estava envolvido na tarefa. Possesso, ele obrigou a produção a esvaziar totalmente o recinto – 200 pessoas já haviam adentrado o local -, causando um tremendo mal-estar, tanto no público quanto no pessoal da casa. Já a apresentação em São Paulo, antecedida por um festival de esporros e broncas nos roadies e na equipe técnica, foi considerada longa e cansativa, com Malmsteen reclamando muito nos camarins, após o “espetáculo”, da frieza da platéia, calculada em apenas 2.500 pessoas, bem longe dos quase seis mil presentes ao show do Helloween, por exemplo.

Bem, meus amigos, o saldo final dessa rocambolesca turnê não poderia ser diferente. Infelizmente, o outrora fabuloso guitarrista sueco é hoje um ser em total decadência – tanto física quanto mental – e sem um pingo do carisma de outrora. Bebe como um gambá, trata todos à sua volta como se fossem seus lacaios, passa longe de um chuveiro – durante sua estada no Brasil, não trocou de roupa uma única vez, optando pelo uso de uma água de colônia, cujo odor resultou em um coquetel de balas de menta, inseticida contra baratas e gases intestinais -, e é agressivo com quem aparece pela sua frente, incluindo seus próprios fãs, ainda responsáveis diretos pela manutenção de sua cambaleante e errática carreira. Seu último CD, o péssimo War to End All Wars, correu sério risco de não ser lançado pela quase total falta de interesse de inúmeras gravadoras contatadas.

Seu profissionalismo é quase zero e sua equipe é totalmente amadora – a cunhada é sua manager, seu sogro é o empresário, seu técnico de guitarra evita ser fotografado e não dá entrevistas se a conversa for gravada,. Nem o argumento de que rockstar é assim mesmo pode ser usado. Por experiência própria, afirmo categoricamente que caras como Slash, Mick Box (Uriah Heep), Brian May, Tony Iommi, Andy Timmons, Marty Friedman e Eddie Van Halen – só para citar alguns guitarristas – não apenas são artistas amabilíssimos e profissionais, como transmitem uma imensa alegria pelo que estão fazendo.

O intuito desse relato não é denegrir a imagem do grande guitarrista que Malmsteen foi. A intenção é mostrar, de forma franca e por vezes crua, o que acontece quando um cara considerado por muitos como um “gênio” perde a humildade, a capacidade de lidar com o mundo real e, principalmente, o carinho por seus fãs, esses verdadeiros abnegados que, a cada dia que passa, vão diminuindo em número, cansados de tanta mediocridade.

Regis Tadeu, Yahoo! Notícias, 04 de julho de 2011. Disponível em http://colunistas.yahoo.net/posts/12102.html

Contra a “bundamolização” da música brasileira!

Nesta altura do campeonato, eu e você já sabemos o que é A Banda Mais Bonita da Cidade e sua única música conhecida, “Oração”. Mas o que me deixou mais espantado foi como o vídeo desta canção (veja aqui) – na verdade, um plágio descarado do clipe de “There’s an Arc”, do sexteto canadense Hey Rosetta! (veja aqui) – conseguiu encantar tantas almas carentes. Talvez esta carência coletiva precise mesmo de um grupinho de amigos fofinhos, cantando dezenas de vezes uma mesma estrofe enquanto dão um rolê por uma casa que mais parece uma república de estudantes de alguma universidade no interior do Paraná, tudo como agente catalisador de uma pretensa “felicidade coletiva”, como se a vida fosse uma “festa de firma” universitária. Neste caso, o problema está justamente nas pessoas que deram crédito a esta pataquada.

Em uma época em que até o Ministério da Educação e Cultura imprime livros que incentivam erros de gramática, parece claro que, além de um processo de emburrecimento geral da população deste país, estamos assistindo também à “bundamolização” da música brasileira. Só isto explica coisas como Mallu Magalhães, Los Hermanos e outros grupos igualmente desafinados. Agora temos também A Banda Mais Bonita da Cidade e seu som zumbificante e plasticamente alegre, “cheirando a café quentinho e bolo de fubá”.

O que é mostrado no vídeo é, infelizmente, uma parte do retrato de uma grande parcela da juventude universitária brasileira. Uma outra parte, salvo raríssimas exceções, não passa de um bando de bebedores de cerveja quente e de meninas mais preocupadas em arrumar baladas para o final de semana. Duvida? Experimente passar perto de qualquer faculdade de uma metrópole como São Paulo e veja a quantidade de gente vagabundeando nos bares ao redor – em qualquer horário! E não adianta usar a desculpa de que “juventude é assim mesmo”. Não é e nem deveria ser.

Assistindo a este insuportável trambique, fiquei com a sensação de que o tal clipe também prega uma volta aos “bons tempos”, em que pseudohippies de boutique usavam sandália de couro e barbinha “fundo de piscina infantil” e tinham no violão – sempre desafinado – uma arma para levar para a cama meninas vestindo batas indianas e alpargatas com espelhinho. Deus me livre disto!

E como se não bastasse a música aparentar ter a duração de uma aula de Educação Moral e Cívica – quem tem mais de 40 anos de idade lembra o suplício que era assistir a este troço, empurrado goela abaixo de crianças inocentes por um governo militar inescrupuloso -, a canção tem uma letra absurdamente miserável, que sugere que seu autor tenha passado recentemente por uma lobotomia. Qual a outra explicação para “Meu amor essa é a última oração/pra salvar seu coração/coração não é tão simples quanto pensa/nele cabe o que não cabe na despensa/cabe o meu amor!/cabem três vidas inteiras/cabe uma penteadeira/cabe nós dois”? A chatice e a infindável sucessão de sorrisos artificiais aumentam ainda mais a panaquice reinante.

Até mesmo a tentativa de convencer as pessoas de que tudo foi filmado em um único plano é uma farsa. Na verdade, as pessoas não se importam mais em serem enganadas. E elas até pagam para isto – tem gente que saiu de casa na semana passada, em uma noite de frio, para assistir a um “show” em playback da 79ª encarnação embusteira do Village People, não é mesmo?

Ando desconfiado que o mundo acabou mesmo na semana passada. A gente é que ainda não se ligou disso…

Regis Tadeu, Yahoo! Notícias, 30 de maio de 2011. Disponível em http://colunistas.yahoo.net/posts/11323.html

O que querem os homens (que prestam)

  1. Não encontrar um texto como este pela primeira vez depois de uns três ou quatro textos tipo "O que querem as mulheres" e ainda ouvir que os homens querem as mulheres pilotando fogão.
  2. Ser tratados com respeito e educação quando merecem, recebendo de volta o respeito que têm pelas outras pessoas, especialmente as mulheres.
  3. Poder cobrar das mulheres coisas como educação, caráter e inteligência tanto quanto elas querem que eles saibam coisas como consertar de tudo.
  4. Poder ter tempo para estar com os amigos sem que isso seja visto como roubar tempo e amor de alguém que deve ser amado, como a esposa tirana ou a tia horrorosa e mal resolvida dela.
  5. Poder encontrar mais e passar mais tempo com pessoas que façam questão de ser agradáveis e que não tenham defeitos como quem goza de um privilégio.
  6. Poder ter tempo e parte do dinheiro que ganha para si mesmo.
  7. Olhar para uma mulher mais de 3 segundos sem que ela ou alguém entenda que eles estão pensando em sexo.
  8. Elogiar a roupa ou a beleza de uma mulher sem que ela ou alguém entenda que eles estão pensando em sexo.
  9. Puxar uma conversa com uma mulher sem que ela ou alguém entenda que eles estão pensando em sexo.
  10. Não serem vistos como tarados ou desrespeitosos só porque eles estão realmente pensando em sexo.
  11. Poderem assumir que gostam de sexo, e que acabe essa desgraça de pensamento de que se um homem não parece ser capado, ele é inferior em disciplina, moral e caráter.
  12. Umas duas ou três boas fodas por semana pelo menos, sem monopólio.
  13. Encontrar mulheres que gostem de fuder gostoso.
  14. Não ter que acessar putaria na internet como se estivesse fumando crack.
  15. Parar de serem tratados como quem nasceu para sustentar uma família e fazer o que quer que uma mulher queira.
  16. Quando casados, ter uma esposa que sabe o que é trabalhar duro e que sabe que cartão de crédito não é renda.
  17. Ter uma esposa que seja também amiga e companheira de bem viver, e não a vaca que representa os problemas pra eles terem algum prazer na vida e chegarem perto de qualquer outra mulher.
  18. Estudar com garantias de que não vão perder o emprego pra qualquer vadia com metade da inteligência e um décimo do caráter.
  19. Ter um emprego em um lugar legal, com gente legal.
  20. Ganhar o salário e ainda ter dinheiro na semana seguinte.
  21. Ter um emprego que traga satisfação pessoal, e não simplesmente um salário (mas acho que as mulheres também querem a mesma coisa) (contribuição do Víctor Coelho)
  22. Poder passear com seus filhos, sobrinhos, primos, e crianças em geral, sem ser visto pela sociedade como um pedófilo em potencial (contribuição do Víctor Coelho)
  23. Que as mulheres entendam que monopólio sexual não é prova de amor (contribuição do Víctor Coelho)
  24. Que as mulheres não ajam como se ter horror a sexo ou não encostar em um homem significasse superioridade moral e respeito a si mesma.
  25. Poder conversar com mulheres sobre os mesmos assuntos que conversam com homens (contribuição do Víctor Coelho)
  26. Poder ver e ouvir algo inteligente no rádio, na televisão e até nos jornais.
  27. Que as mulheres façam por merecer o respeito que já temos por elas, para que não as respeitemos só por serem mulheres (contribuição do Víctor Coelho)
  28. Quando se casarem, que não seja só para atender a um sonho de contos-de-fadas da esposa, que acha que já está passando da idade de ficar solteira, e nem por conta da pressão familiar e social, mas sim por querer de verdade dividir uma vida, com todos os sucessos e fracassos que estão por vir (contribuição do Víctor Coelho)
  29. Ter uma bela mesa de bilhar em casa, rs! (Mas que eu queria, eu queria...) (contribuição do Víctor Coelho)
  30. Que se entenda que nem todos os homens que procuram prostitutas vão agredi-las ou fazer com elas algo humilhante.
  31. Que se entenda que nem todos os homens que vêem pornografia estão mostrando uma natureza mal escondida que despreza a mulher ao mesmo tempo que quer ter prazer usando o corpo delas.
  32. Que as feministas provem, mais que falar, que não têm ojeriza aos homens.
  33. Que as mulheres tratem os cafajestes, machistas, agressores e babacas em geral com desprezo e os homens que prestam com respeito - como elas dizem e ao contrário do que elas fazem.
  34. Que o mundo saiba que nem todos os homens chifram, espancam, maltratam e querem estuprar as mulheres.
  35. Que as mulheres parem de tentar projetar nos homens que prestam o machismo dos homens que não prestam e o machismo delas mesmas, que é inclusive maior que o dos homens.

Abigail Pereira Aranha, com as contribuições de vários homens.

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Ah, eu disse que ia fazer esse texto no "Resposta à feminazista cretina falando das mulheres usando o nome de Luiz Fernando Veríssimo (ou: 'Você não suporta minha TPM? Vá se fuder')", e a Renata fez esse comentário que é bom destacar:

O que querem as mulheres (que prestam)

1. Ser tratadas com carinho, respeito e educação e tambem tratar os homens que estão com ela do mesmo modo. Por que um tem que merecer mais respeito que o outro? Tanto um quanto o outro merecem.

2. Ter tanta liberdade quanto o distinto na relação.

3. Umas duas ou três boas fodas por semana pelo menos, sem ter o clitóris, que é o òrgão de maior prazer da mulher, ignorado. Mulher que presta gosta de sexo quando sente prazer, tambem, não só quando dá prazer( Curioso, vejo poucas fotografias de homens fazendo sexo oral em mulheres em sites como o seu, por exemplo. Mulher não merece, não?)

4. Poder assumir que gostam de sexo de qualidade

5. Não ter que acessar putaria na internet como se estivesse fumando crack. Putaria sem violência fisica, é claro.

6. Ter um emprego em um lugar legal, com gente legal.

7. Ganhar o salário e ainda ter dinheiro na semana seguinte.

8. Quando casados, ter um marido que sabe o que é trabalhar duro e que sabe que cartão crédito não é renda.

9. Estudar vendo que não vão perder o emprego pra qualquer vadia ou qualquer vadio com metade da inteligência e um décimo do caráter.

10. Que o mundo saiba que nem todos as mulheres chifram, passam mão em patrimônio( basta casar com separação de bens), ou impede seus ex de verem os filhos. Homens, afastem-se de mulheres que fazem isso, é simples,porque elas existem, assim como existem homens canalhas.





Indicação de hoje

sexo, putaria, safadeza, pornografia, mulher pelada, filme pornô

E já que o assunto é o que os homens querem, vamos com algumas fotos de peitudas e bundudas. Porque, confessem meninos, vocês também querem mulher boazuda, né?



morena-peituda-anais-com-negao-090711 - http://fhg.mofos.com/?site=mlb&t=3mt7&scene=202&c=1&nats=bustypassion.1.9.32.0.1688.0.0.0



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Max Boobs (peitudas)

Big Tit Fantasy (peitudas)

Fat Mom Tube (filmes)

Unreal Butts (bundudas)

Plump Girls World (gordas)

Tasha Starrz Fucks With A Gorilla

Negão, chupadinha, gordinha.

http://www.keezmovies.com/video/tasha-starrz-fucks-with-a-gorilla-628492

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Even 2 Cocks Is Not Enough For Jada Fire

Jada Fire, morena, peituda, com dois (grupal, MMF)

http://www.keezmovies.com/video/even-2-cocks-is-not-enough-for-jada-fire-603134

Even 2 Cocks Is Not Enough For Jada Fire brought to you by KeezMovies.com

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Doutores com Q.I.

Doutores com Q.I.

Nas seleções para pós-graduação, o “Quem Indicou” pode valer mais que o mérito acadêmico dos candidatos. É possível acabar com esse favoritismo?

Ana Aranha e Marco Bahé

Ninguém duvida do mérito acadêmico dos alunos aprovados nos vestibulares das melhores universidades do país. A disputa pelas vagas é tão concorrida que a aprovação exige meses de estudos e preparação exclusiva. A maior prova disso foi a comoção em torno do vazamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que pretende substituir os vestibulares como principal forma de acesso às universidades. Devido ao furto de dois cadernos de questões, o exame foi cancelado e 4 milhões de alunos esperaram dois meses para prestá-lo. Quem conseguir passar pelo filtro do Enem, entrar na universidade e se formar vai ter provavelmente de fazer um esforço diferente se quiser avançar para a pós-graduação. Em vez de virar a noite revisando o conteúdo de matérias para provas, vai ter de bajular um orientador, pedir cartas de recomendação, submeter-se a entrevistas cheias de critérios subjetivos para conseguir entrar num curso de mestrado.

Por princípio, uma seleção para a pós-graduação não pode ser como o vestibular. Exige conhecimentos específicos e capacidades de argumentação e abstração que uma prova de múltipla escolha não é capaz de captar. Por isso, cada curso de pós-graduação tem autonomia para selecionar seus alunos. O problema é que alguns abusam dessa prerrogativa e deixam a decisão na mão dos poucos profissionais que compõem a banca. Com a concentração de poder, começam os problemas. Nos últimos anos, candidatos entraram com ações na Justiça para questionar os métodos de seleção de cursos de pós-graduação das melhores universidades do país. As ações denunciam favorecimento de candidatos próximos a professores e sugerem que, em algumas das mais qualificadas bancas de seleção do país, o famoso Q.I. (“Quem Indicou”) tem um peso maior do que o potencial acadêmico na escolha dos futuros mestres e doutores.

Essa é a suspeita levantada pela candidata ao mestrado em política social na Universidade de Brasília (UnB) Arryanne Vieira Queiroz. Formada em Direito e delegada da Polícia Federal, Arryanne, em novembro, entrou com um mandado de segurança na Justiça Federal e um pedido de ação civil no Ministério Público Federal em que pede a suspensão do processo seletivo na UnB. Seu principal argumento é a falta de transparência. Quando soube que não havia sido aprovada na prova de conhecimentos específicos, Arryanne procurou saber sua nota com o objetivo de pedir a revisão de algumas questões. A UnB respondeu que as notas não seriam divulgadas. “Não faz sentido. Como posso recorrer sem saber se tirei 5 ou 0?”, diz Arryanne. “Não tinha elementos para argumentar. Fiz um recurso no escuro.”

O recurso apresentado por Arryanne foi recusado. Ao final do processo, ela teve outra surpresa. Descobriu que um dos dez candidatos aprovados é genro da coordenadora do programa de pós-graduação, Potyara Pereira. Com essa informação, ela decidiu entrar na Justiça. “Ele pode ter conquistado essa vaga por mérito próprio. Mas, como o processo é obscuro, fica a suspeita. Além de não ter direito a defesa, os candidatos não podem fiscalizar seus concorrentes.” A coordenadora da banca da seleção, Marlene Teixeira Rodrigues, diz que a professora Potyara Pereira não participou da escolha dos alunos para o mestrado em política social da UnB devido a sua relação de parentesco com um dos candidatos. “A professora Potyara pediu para ser mantida distante do processo”, diz Marlene Rodrigues. Ela afirma também que a divulgação das notas só é feita ao final do processo de seleção por causa de uma regra estabelecida no edital do concurso.

Não é a primeira vez que a UnB sofre acusações de favorecimento na seleção para a pós-graduação. Em 2005, o MPF moveu diversas ações contra a universidade devido à falta de clareza e objetivo nos critérios de escolha dos alunos de mestrado e doutorado. Segundo o procurador da República Carlos Henrique Martins, uma das denúncias foi motivada por uma pergunta feita pela banca do mestrado para antropologia. “Um professor queria saber como o candidato iria se manter financeiramente ao longo do curso. É um critério que não tem relação com o mérito acadêmico”, diz Martins.

Em 2005, a UnB firmou um acordo com o MPF e se comprometeu a mudar seus procedimentos. A promessa, aparentemente, foi esquecida. No edital para o mestrado em antropologia, ainda consta a exigência de uma “declaração de tempo e meios financeiros de que (o candidato) dispõe para cursar o mestrado”. José Pimenta, coordenador da pós-graduação do curso, diz que “ninguém vai deixar de entrar devido às condições financeiras”. Por que, então, a seleção ainda faz a pergunta? “Só para ter mais elementos sobre os candidatos”, afirma Pimenta.

Além da UnB, a pós-graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) também foi alvo de ações do MPF. Muitos dos processos de seleção da UFPE não tornavam públicos os critérios que seriam levados em conta pelas bancas. Entre os alunos da universidade, são muitos os relatos de favorecimento acobertados pela falta de transparência. Todos os depoimentos colhidos por ÉPOCA foram feitos sob a condição de anonimato. Os alunos têm medo de sofrer perseguição. A principal queixa é que seria preciso se aproximar de professores influentes para conseguir uma vaga. Segundo alunos do Departamento de Geografia, a pós-graduação seria “dominada” por grupos de professores que decidem, sem prestar contas, quem entra e quem sai. “Eu tive de passar um ano como aluna ouvinte até que um professor me ‘adotasse’. Eles só querem orientar quem já conhecem”, diz uma mestranda. “Se você vier de faculdade privada, então, há muito preconceito. Não é raro alunos tentarem mestrado em outros Estados, pois aqui há famílias dominando o departamento.” Segundo um candidato ao mestrado em Direito, mesmo com nota 8 na prova específica e 9 na de língua estrangeira, ele foi eliminado da disputa depois de dez minutos de entrevista. “Outros candidatos com pontuação muito inferior a minha nas fases anteriores foram aprovados”, diz.

Depois da ação movida pelo MPF, a UFPE elaborou parâmetros para todos os cursos. Passou também a exigir a publicação dos critérios em espaços de acesso público – como a internet. Entre as principais mudanças está o fim da exigência das cartas de recomendação. As cartas davam margem para que alguns candidatos fossem beneficiados só por causa do prestígio de quem os recomendava. As entrevistas também perderam peso. Elas não podem mais classificar nem eliminar candidatos.

Segundo o diretor de Pós-Graduação da UFPE, Fernando Machado, os problemas já tinham sido detectados antes da ação do MPF. “A ação serviu para acelerar um processo que acontecia lentamente”, afirma. “Cerca de 80% do editais lançados neste semestre já seguem os novos parâmetros.” Muitos professores da UFPE criticaram, porém, as mudanças nos processos de seleção. Eles argumentam que o acordo com o MPF feriu a autonomia universitária.

“Sendo uma universidade pública, a UFPE é obrigada a seguir os princípios da impessoalidade, legalidade e publicidade. Assim como o mérito como critério de acesso ao ensino superior”, afirma o procurador da República Antonio Carlos Barreto Campelo.

As medidas tomadas pelo MPF para tornar mais transparentes os processos de seleção para a pós-graduação são importantes para tornar o sistema menos suscetível a injustiças. Mas nem elas são capazes de eliminar totalmente a subjetividade na escolha dos candidatos. “Temos parâmetros claros, mas alguma margem de subjetividade sempre fica”, diz Romualdo Portela de Oliveira, coordenador da pós- -graduação em educação da Universidade de São Paulo (USP). A principal brecha para a subjetividade se abre quando o número de aprovados excede o número de vagas. Como há um número limitado de vagas por orientador, e os candidatos apontam seus orientadores no início do processo, a seleção final pode ficar a cargo do professor que está com excesso de alunos. Nesse caso, um candidato aprovado, com condições de cursar a pós-graduação, pode ficar de fora da seleção só porque o orientador preferiu trabalhar com outros alunos – talvez por uma relação anterior. “É uma discussão controversa”, afirma Portela. “Eticamente, é razoável que orientador e orientado não discutam antes, já que aí se estabelece uma relação privilegiada. Mas também é natural que alguns sejam próximos, devido aos projetos de iniciação científica na graduação.”

O uso da entrevista como um dos critérios de seleção também costuma gerar controvérsias. Há relatos de que concorrentes recebem tratamento desigual. Uma candidata a mestrado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que pede que seu nome e curso não sejam identificados, diz que foi prejudicada pelo entrevistador. Em 2006, depois de passar na prova de inglês e na de conhecimentos específicos, ela chegou à entrevista em décimo lugar numa seleção em que havia 20 vagas. “A entrevista começou, e percebi que o entrevistador estava empenhado em prejudicar meu discurso. Ele era agressivo e intimidador, interrompia minha fala para dizer: ‘Não é isso que eu quero saber’.” Segundo ela, havia outros professores na banca, mas só ele falou. “Foi um comportamento acintoso. Ficou claro que ele queria me prejudicar.” Depois da entrevista, a aluna caiu para a 21ª posição e ficou de fora da seleção.

Para tentar evitar favorecimento ou perseguição, a recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE) é que a entrevista não seja eliminatória e sirva apenas para somar pontos na classificação dos concorrentes. Mesmo assim, ela continuaria sendo estratégica, pois a distribuição de bolsas entre os aprovados costuma ser de acordo com a classificação. “O processo deve ter critérios claros e oferecer condições de igualdade”, afirma Paulo Barone, presidente da Câmara de Ensino Superior do CNE. “Mas não dá para exigir objetividade total. Avaliação de mérito é sempre difícil de medir.”

Como a objetividade total é impossível, a Justiça costuma dar razão às universidades nos processos movidos pelos alunos contrariados. Apenas os casos mais gritantes chegam ao CNE, que pode fazer recomendações aos cursos sobre os critérios de seleção. Há alguns anos, algumas universidades federais exigiam que o candidato ao curso de pós-graduação apresentasse uma empresa patrocinadora de seu projeto para conseguir uma vaga no mestrado profissional. Trata-se de uma modalidade de mestrado que está crescendo no país, na qual os alunos desenvolvem projetos voltados para o mercado. Segundo Barone, a exigência de uma “empresa madrinha” fere o princípio de igualdade de condições de acesso. Por esse motivo, as universidades começaram a perder ações na Justiça, e o CNE passou a desaconselhar esse tipo de critério de seleção.

Não há hoje no Brasil um órgão regulador dos processos de seleção da pós-graduação. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação, faz o controle da qualidade dos cursos. Mas não dá diretrizes para a seleção nem avalia os processos. “Esses questionamentos só estão acontecendo porque a demanda pela pós teve crescimento chinês”, afirma Jorge Guimarães, presidente da Capes. Ele tem razão. Na última década, as matrículas no mestrado e doutorado dobraram. O aumento da procura é reflexo da crescente escolarização da população e da demanda por mão de obra qualificada do mercado. Com mais gente competindo pelas vagas, porém, as universidades estão diante do desafio de aumentar a transparência da seleção para a pós-graduação para acabar com os feudos acadêmicos em um país que pede mais mérito e qualificação.

Comentários

Akihiko Manabe | SP / São Paulo | 03/12/2010 12:12

Pedido negado de Pós

Estou passando por algo parecido com a reportagem. Fiz minha Inscrição no doutorado na UENF e nem sequer meu pedido foi visto. Fui eliminado, pois alegam que minha carta de recomendação chegou com atraso. Só acho absurdo pagar por um processo seletivo, ter expectativas, sem ao menos te darem a chance de concorrer!!! Primeiro que a exigência da carta de recomendação fere a Constituição no quesito igualdade. Entrei em contato diversas vezes com a Universidade, e acredito que lamentar o ocorrido é um fundamento medíocre. Me pergunto pagar por um processo seletivo e não te darem o direito de concorrer, como se chama isso??? Nada é claro, o edital mesmo é mal formulado e deixa brechas para fazer o que achar conveniente... Ficar lamentando e dizer que ocorreram com outras pessoas também, acredito que seja pouco caso da adiministração, porque será que até hoje acontece sempre a mesma coisa? Será que os candidatos gostam de perder seu tempo e dinheiro para entrar em um processo seletivo e não concorrer? Será que isso realmente é justo? Não é a primeira vez que vejo acontecer coisas assim em processos seletivos, praticamente todo departamento faz isso, seleciona quem quer... Injusto é, mas infelizmente ocorre em todos os lugares!!! Até agora só perdi meu tempo tentando entrar em contato com a Instituição, a não ser pelo Vice-Reitor que me parece ser um cara muito honesto e digno, e me deu toda atenção e orientação necessária.

Artur | AC / Brasiléia | 25/01/2010 13:16

Residência Médica

Alguém pode me explicar porque nem mesmo os nomes dos aprovados nas Residências Médicas do Estado de Minas são divulgados?? Isso mesmo, nem os nomes, divulgam apenas o número de inscrição. Será porque a banca que faz a prova de seleção residência é toda da UFMG e as questões saíram do caderninho de estudos que está no xerox da FAculdade de Medicina da UFMG??? Será que eles não querem que se descubra que os alunos da UFMG são favorecidos em todo o Estado?

Prof. Felippe Jorge Kopanakis | GO / Goiânia | 22/01/2010 10:56

QI

Por duas vezes tive a infelicidade de passar pelo descrito na reportagem. Na seleção de Doutorado em Historia da UFG em 2005, fui preterito em nome de uma candidata esposa do elaborador da prova de linguas e irmão da elaboradora da prova escrita. A referida candidata nem ao mesmo tinha feito a qualificação do mestrado à época. O concurso foi cancelado quando disse que iria entrar com ação no MPF. No ano seguinte, ao fazer novamente minha inscrição, o coordenador disse sem rodeios "que eu não iria ser classificado porque era persona non grata no curso". Em 2009, ao concorrer ao doutorado em geografia da mesma universidade, na entrevista uma das professoras disse-me que eu estava perdendo meu tempo, pois a vaga já estava destinada a uma pessoa "mais idosa, para que pudesse se aposentar com melhores vencimentos no contra-cheque". Isto sem contar nos concursos para a carreira de magistério nas IES, que usam os mesmo critérios de QI nas avaliações didáticas. Como diz um professor, "o mundo acadêmico é como um castelo, cercado de um fosso sem água e com a ponte levantada: quem está dentro não sai, e quem está fora não consegue entrar".

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI108447-15223,00-DOUTORES+COM+QI.html

Comentários da Universidade Plebéia Revolucionária

A universidade é uma farsa. Filhinhos de papai e piriguetes que fingem que estudam, que sabem como tirar A em tudo mas não sabem o que estudaram no semestre passado. E agora, até a pós-graduação é uma panelinha. Claro, não são todos. Quem conhece esse meio por dentro sabe disso.

No final, vou colocar um vídeo do Luiz Carlos Prates sobre pós-graduação.

Beijos

Abigail Pereira Aranha

Pós graduação x incompetência

No passado, o diploma assegurava presença absolutamente garantida no mercado de trabalho para quem dele dispusesse. Dele, o diploma. Hoje, o diploma apenas garante, em alguns casos, que o sujeito possa entrar na fila para tentar uma vaga. Mudou. O ano está começando para muitos e reiniciando para outros cantos, e é preciso que as pessoas entendam que qualificação, primeiro se começa isso dentro de casa já na primeira infância, a qualificação pessoal e futuramente a profissional. A profissional também começa dentro de casa. Mas os já... taludos que estão na universidade precisam entender que esta universidade tem que ser feita com seriedade. Três horas de estudo depois das aulas em casa. Ah, mas eu não tenho tempo. Dê um jeito. Porque a incompetência gerada pelas universidades formou uma leva de brasileiros incompetentes. Daí a razão da multiplicação das pós-graduações. A pós-graduação é um atestado de que o cara não sabe nada, e ainda precisa da pós-graduação com os mesmos professores, nas mesmas escolas, do mesmo jeito, algo que é meramente simbólico. É preciso, gurizada, vocês, universitários, eles e elas, façam ao longo do curso universitário um curso paralelo. Pesquisas por iniciativa pessoal, estudos de toda sorte, toda ordem, por iniciativa pessoal. Agora reconheço, só faz isso, só fazem isso os apaixonados pelo que vão fazer mais tarde no mercado. Como a grande maioria só quer salário, dá nisso que anda por aí, incompetências multiplicadas.

http://www.youtube.com/watch?v=SSm1go8cE_0

Postado em 5 de março de 2009

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