Você homem já notou que daquelas mulheres que transam com quem elas querem e se vestem como elas querem, nenhuma "se ofereceu" pra você nem pra qualquer homem com quem você tem um mínimo de proximidade? Não é a questão de as mulheres tidas como sexualmente desinibidas preferirem perfis de homens com quem você não tem contato, ou mesmo com quem você evita o contato.
Nem entro na questão de que em pesquisas sobre a vida sexual dos jovens em vários países, os rapazes tiveram x parceiras e as moças tiveram y parceiros, y menor que x, e esses y eram geralmente namorados (portanto, a conta não fecha). Também não entro na questão, e nem dou crédito, de como as comunidades masculinas antifeministas especulam quanta vida sexual as mulheres escondem.
Vou ilustrar qual é a questão com uma foto que eu achei por acaso[1].
19 de junho de 2020 às 11:45 Puta! Droga! Maomé não ficará satisfeito! |
Me lembrei de uma outra foto, de 2014, do "topless" de uma lesbofeminista no Facebook em protesto contra a divulgação de "fotos íntimas" de uma adolescente[2].
Vou copiar aqui o que a moça (Karine Rodrigues) disse em entrevista, e isso vai esclarecer o ponto.
Enquanto nós mulheres não os conscientizarmos que não somos apenas objetos sexuais dos homens, e deixarmos de lado a história de que não temos direitos, a situação irá continuar.
Ainda antes de entrar no ponto principal, mas já sinalizando pra ele, eu preciso deixar uma observação: quando uma garota se sente mal depois de ter fotos ou vídeos íntimos vazados, nenhuma mulher feminista diz que ela não deve reagir ou se sentir como se tivesse feito algo errado. No máximo, algumas mulheres feministas (e alguns homens feministas) dizem que ela é mulher e está acima do bem e do mal, acima da sociedade e do trono de Deus. Nenhuma delas diz que sexo é bom e não é sujo, ou que o corpo feminino não é sujo demais pra ser visto. Daí, nenhuma garota que teve foto ou vídeo de nudez ou sexo compartilhada na internet disse que encontrou uma feminista sexualmente liberal e se recuperou de depressão ou desistiu de se matar; e nenhuma mulher feminista disse que já ajudou uma garota em um caso assim (ajudar no sentido de uma visão não vergonhosa do sexo).
A militância esquerdista atual passou de um Marxismo que podia ser intelectualmente aceitável para uma revolução de "losers" contra qualquer coisa ou pessoa que mereça respeito. Isso inclui anticristianismo barato. A mulher feminista de qualquer onda não tem menos problemas com sexo do que a avó dela, mas a jovem feminista a partir da Segunda Onda percebeu que pode usar a nudez e o sexo para atacar o Cristianismo. Defender o lesbianismo é mais eficaz ainda, porque isso ataca o Cristianismo, os homens e o sexo. No século XXI, é feio ser cristão como isso era entendido nos anos 1960; é coisa de pessoas de baixa escolaridade, provincianas, fracassadas, infelizes. As garotas de 15, 20 anos que estão em movimentos cristãos conservadores de abstinência sexual só pioram a situação, porque elas fazem aquele Cristianismo parecer ainda mais esquisito e anacrônico do que já é visto, inclusive no próprio meio cristão atual. Todo ataque ao Cristianismo é pouco, mas a atual militância de esquerda ataca o Cristianismo como ataca as pessoas bem-sucedidas, é o evangelho da inveja como dizia Winston Churchill. Nenhuma feminista nega que na pior das hipóteses, uma mulher católica ou protestante sempre pareceu civilizada e até gentil em situações normais. Mas as mulheres feministas vão dizer que até isso é opressão machista? Sim, algumas já disseram isso literalmente. Se para uma mulher feminista, ser uma mulher dócil é ser vítima da opressão machista (eu já li isso), mais depreciativo ainda é uma mulher agradar os homens sexualmente.
Se a maioria das mulheres não se declaram feministas e nem se interessam no Feminismo, isso não significa que elas sabem de onde vêm as suas próprias ideias, e que essa origem não é a militância feminista que é numericamente irrisória.
Como algumas pesquisas realmente parecem comprovar documentalmente, nós não tivemos nos anos 2010 uma proporção maior de mulheres dispostas ao sexo (pelo menos com homem) do que tínhamos nos anos 1980 ou 1960. Dos anos 1980 pra hoje, homens e mulheres têm mais acesso à pornografia, mais seções de sexualidade na televisão e nos portais de notícias, mais acesso a lojas de artigos sexuais e até, digamos, mais acesso a palavrões. Mas a vida sexual do homem médio ou da mulher média não cresceu com essas facilidades, mesmo quando a mulher pode ver ou falar coisas que seriam proibidas no tempo dos pais dela. Então de que Revolução Sexual se fala tanto?
Se o que tem nome de Revolução Sexual tem algo a ver com Feminismo, essa revolução é principalmente as mulheres que podem ser fisicamente agradáveis aos homens usarem isso contra eles. Como se elas dissessem que elas poderiam se oferecer aos homens, mas não vão; por algum poder libertador que elas ganharam ou por rebeldia contra a opressão de sempre, elas querem mostrar que não vão dar aos homens o que eles gostariam (no duplo sentido). Incoerentemente, mas como esperado por qualquer pessoa com raciocínio normal, uma mulher que só abusa da sensualidade ou mesmo da nudez pra mostrar que é sexualmente desinibida acaba não ganhando porra nenhuma, isso sem considerar quando ela mostra desprezo pela figura masculina. Digo de passagem, toda mulher sensual ou "sexy" não passa de uma frígida esnobe que tem sorte de atrair olhares masculinos.
Quem já conhece o meu trabalho já deve ter visto eu dizer em algum texto que eu já tive x homens (hoje estou em 311). Mas esses homens não são um número pra mim. Eles só não aparecem nos meus relatos na internet, pra evitar aborrecimentos pra eles e pra mim. E como eu defini nos outros dois textos[3] [4], o que eu chamo de Revolução Femdom é a situação em que os homens têm o seu próprio prazer no prazer sexual que as mulheres parecem ter. Mas que aventuras sexuais as mulheres têm se a vida sexual geral mal passa de provocação das mulheres e imaginação dos homens? Mas o pouco que eu conto das minhas aventuras não é para o leitor pensar que eu sou uma diva tarada; é para contribuir na vida do leitor em fins educativos, filosóficos e até um pouco terapêuticos. Sério.
A Revolução Femdom tem mulheres exibindo seios, bunda e buceta em ambientes controlados onde nenhum homem vai falar em fazer sexo com elas, geralmente sequer tentar tocá-las. Pensando bem, com o contato físico ou verbal de um homem com uma mulher sendo um risco até de cadeia, até as nossas ruas podem ser ambientes seguros para mulheres com horror a sexo andarem seminuas. Para essas mulheres, é como se a heterossexualidade masculina fosse um sinal da inferioridade do homem e ao mesmo tempo uma fonte interessante de gratificação pessoal, mas sexo não é uma coisa interessante para as mulheres em geral. Mas mais do que isso, a época que tem o nome de Revolução Sexual tem mulheres sexofóbicas dos dois lados: as mulheres conservadoras tratam a vida sexual como baixeza de espírito, as mulheres progressistas não costumam se mostrar como quem tem vida sexual (com homens) fora de namoros e casamentos. Das mulheres com ideias não-conservadoras que foram chamadas de... libertinas, quase nenhuma respondeu que já fez sexo com mais de 10 homens (na vida). O que tem o nome de Revolução Sexual é um tempo em que "vadia imunda" ou "serva dos homens" é um xingamento que uma mulher que parece gostar de sexo pode receber dos dois lados, como eu já recebi.
NOTAS E REFERÊNCIAS:
Résistance Auvergnate, 19 de junho de 2020 às 11:45, https://vk.com/wall432222819_919.
[2] "Autora de protesto agradece apoio e lamenta a 'censura' pelo Facebook", Sirene Policial, 180 Graus, Teresina, 09 de janeiro de 2014, http://180graus.com/sirene-policial/autora-de-protesto-agradece-apoio-e-lamenta-censura-pelo-do-facebook.
[3] "A Revolução Femdom", 25 de julho de 2015, A Vez das Mulheres de Verdade, https://avezdasmulheres.blogspot.com/2015/07/a-revolucao-femdom.html; e A Vez dos Homens que Prestam, https://avezdoshomens.blogspot.com/2015/07/a-revolucao-femdom.html.
[4] "De volta à Revolução Femdom", 29 de julho de 2017, A Vez das Mulheres de Verdade, http://avezdasmulheres.blogspot.com/2017/07/de-volta-revolucao-femdom.html; e A Vez dos Homens que Prestam, https://avezdoshomens.blogspot.com/2017/07/de-volta-revolucao-femdom.html.
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