quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Ser desejada ou admirada?

Abigail Pereira Aranha
Opa! Eu disse desejada OU admirada. Mas a mulher pode ser desejada E admirada? O tesão do homem é para a mulher, a admiração do homem é para a pessoa humana. Bom, vou contar um caso meu. Eu estava com alguns colegas do Ensino Médio estudando na casa de um deles, a casa tem um quintal grande e uma piscina e a gente foi se refrescar porque estava muito quente. Eu tinha (tenho ainda) 16 anos, mas o meu corpo se desenvolveu rápido. No dia-a-dia, eu disfarço o meu corpo com roupas largas, dessa vez, como eu estava entre amigos, eu tirei o meu vestido de beata e coloquei um biquíni. Estamos lá no quintal, conversando sobre a cidade, a escola, o Lula. Então, chega o irmão mais velho do meu amigo que morava lá, que me conhecia de vista. Eu vi que ele estava olhando pros meus seios fartos e a minha bunda de tanajura e estava com vergonha de se aproximar. Eu acenei para ele, cheguei perto, eu me apresentei, ele se apresentou, mas falamos pouco porque eu já sabia que o pau dele estava doendo de duro por minha causa. Então, antes de tirar o documento dele da calça, disse que ele podia ficar calmo porque os outros já haviam me comido. Fiz um sexo oral que durou uns 20 segundos porque ele gozou muito, aquela porra até rala. Aí nós pudemos conversar com calma. Ficamos grandes amigos um do outro de lá até hoje. Mas mesmo que a gente não conheça um caso, a gente não imagina como um belo corpo (segundo os rapazes héteros) exclui logicamente uma beleza interior, certo?
É comum as revistas femininas falarem de dietas, de cirurgias e de mulheres famosas com um corpo "perfeito". Mas e se elas conseguirem, ou já tiverem, o corpo dos sonhos, ou parte dele? Fora tudo isso, o que sobra?
Elas vão ter o prazer estúpido e pervertido de estimular o desejo nos homens, para que eles explodam por dentro de excitação, enquanto elas simulam oferecer o que não vão dar (no duplo sentido) para o prazer vaidoso delas mesmas e de seus donos, de saber que as mulheres que "param o trânsito" são exclusivas deles?
Quantas mulheres podem realmente dizer que não se resumem aos seus corpos? E algumas mulheres confundem não se resumir ao próprio corpo com frigidez. Mas uma mulher fisicamente atraente com uma inteligência falsa ou uma burrice autêntica, com um bom caráter falso ou uma canalhice autêntica, se resume ao próprio corpo mesmo sendo uma moralista.
Quantas mulheres podem dar início ou seqüência a uma conversa inteligente? Quantas mulheres fazem do que têm e do que fazem meios para ajudar o próximo quando ele precisa e merece? Quantas mulheres conquistam pela simpatia, pela força, pela inteligência, pela coragem? Quantas mulheres têm e passam alegria de viver, podendo estar fora do padrão de beleza ou até com uma deficiência física? Quantas mulheres falam com respeito, sem falsidade e com propriedade com e sobre qualquer pessoa? Quantas mulheres medem a grandeza pessoal de uma mulher por qualidades realmente relevantes, e não pela moral anti-prazer, não diminuindo a mulher que se assume, diante de si mesma e dos outros, como alguém com direito a uma sexualidade sem perder a diginidade por isso? Quantas mulheres são sexualmente liberadas, às vezes com poucos parceiros, tendo sem espalhafato a liberdade mental que muitas mulheres seminuas e rebolativas só aparentam?
Qualquer mulher pobre de espírito, de baixo nível intelectual, mal educada, assoberbada, reacionária ou sexualmente travada pode ser desejada por ter um rosto bonito ou "certos detalhes", estando o corpo parcialmente exposto para conseguir elogios e despertar fantasias. Mas merecer admiração não é coisa para qualquer uma.
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terça-feira, 27 de novembro de 2007

Você aceitaria um casamento aberto?

Abigail Pereira Aranha

Onde existe o sagrado, fechado para perguntas, onde o raciocínio lógico não entra, que esmaga o senso comum, que pune quem discorda, ele é o respaldo da atrocidade, a lógica do absurdo, a resposta estúpida para a pergunta inteligente, o premiador e o punidor que explica o acaso, a arbitrariedade que vence o bom senso, o medo que vence o bem viver. O casamento é sagrado. No caso cristão, o casamento foi instituído por Deus (Gn 2:24), que pune os que não o valorizam como sagrado (Hb 13:4).

O objetivo do casamento convencional, não apenas o cristão, não é a felicidade ou a satisfação sexual dos cônjuges. Dentro dele, quase sempre são negados não só o prazer sexual como a dignidade e a vida própria. Fora dele, muitas vezes são reservadas a discriminação e, em vários lugares, dificuldades até para a sobrevivência. Para os homens, o casamento é o recurso para terem filhos que sabem que são seus e a única forma aceita pela sociedade para conseguirem sexo. O casamento convencional também é um troféu. O "bom casamento" para uma mulher e para um pai geralmente é com um marido ou genro com boa situação social ou, pelo menos, boa situação financeira; para um homem, é com uma mulher atraente, estilo santa-na-rua-prostituta-na-cama ou, em lugares mais repressores, habilidosa nas "coisas de mulher" e com aversão ao sexo. Diz a Bíblia que "a mulher virtuosa é a coroa do seu marido" (Pv 12. 4). Quando alguém tem ciúme do seu cônjuge, demonstra que tem interesse em possuí-lo, não em fazê-lo feliz. A pessoa ciumenta tem o seu cônjuge como quem tem um carro.

Por quê o adultério é considerado tão mau? Muitas mulheres, mesmo em locais mentalmente desenvolvidos, abominam o sexo, deixando o prazer para os homens. Alguém já disse que para o homem o preço do sexo é o casamento e para a mulher o preço do casamento é o sexo. Se é assim, o marido traído viu alguém usufruir da mercadoria que ele pagou para ser só sua sem pagar. O adultério é mau porque o casamento é sagrado, naquele sentido acima. Também é aceito socialmente que alguém proíba o contato do cônjuge com o sexo oposto, podendo chegar a extremos de cárcere privado e assassinato movido por ciúmes, porque o casamento é sagrado.

E que tal um casamento em que cada cônjuge permite ao outro fazer sexo heterossexual com outra pessoa? Bizarro? Só se o normal for o casamento convencional, que pertence ao sagrado, do qual discordar é proibido. E se o outro achar alguém melhor de cama? E se o outro fizer comparações? É incômodo para muitas pessoas casadas que seus cônjuges descubram que há vida além do circuito casa-trabalho-igreja, e com sexo bom. Isso mostra que o casamento é baseado na possessividade e no egoísmo. Em geral, essas pessoas deixam a desejar em termos de forma física e desempenho sexual. E se o casamento acabar? A sustentação de quase todos os casamentos é a vida sexual, e a sustentação da vida sexual do casamento convencional é a repressão à vida sexual fora deles. Quando o casamento não tem qualquer atrativo além do sexo, ele não se acaba pelo sexo extraconjugal, pelas amizades de um cônjuge com gente do sexo oposto ou qualquer fator externo, ele acaba por si mesmo. Quando o casamento tem algo mais, não há por que temer que o sexo extraconjugal o comprometa. E o sexo dentro do casamento? Não tem por que acabar ou piorar.

Seria uma visão estranha assistir o seu cônjuge transando com outra pessoa? A estranheza seria porque aprendemos que sexo é só no casamento, e em si mesmo um assunto quase impronunciável. Como explicar aos filhos? É mais fácil explicar para eles do que para os adultos, porque o padrão do casamento convencional não está tão enraizado nas cabeças deles. Com quem abrir o casamento? Com amigos cujas mentes tenham boa aceitação à idéia.

Gente, já ia me esquecendo de dizer. Eu não sou casada e só tenho 16 anos. E como é que eu tenho uma idéia dessas? É que eu tenho vários amigos que me comem e eu ficava pensando: eu podia me casar com qualquer um deles e continuarmos nessa vida de concupiscência. Aí eu descobri que existia esse casamento aberto. Sabe quando você descobre que uma coisa que você queria inventar já existe?

Mas se for assim, pra que casar? Bom, vou inverter a pergunta: por que outro motivo além do sexo o casal vai ter ou manter um casamento convencional?

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

É possível conciliar vida profissional e pessoal

Por Marcos Burghi

São Paulo, 01 (AE) - Embora sempre haja quem cite de bate-pronto duas ou três exceções, a principal regra para o sucesso profissional ainda é transformar esforço e dedicação em resultados. Nessa busca pelo bom desempenho, muitos trabalhadores deixam de lado a vida pessoal, mas especialistas dizem que, com certos cuidados, é possível atingir o objetivo sem abdicar do convívio familiar e do lazer.

Para Camila Mariano, consultora de Recursos Humanos da Catho Online, a primeira tarefa é definir claramente objetivos pessoais e profissionais e reservar tempo para ambos.

A consultora recomenda que, feito isso, as divisões sejam respeitadas e, principalmente, aproveitadas. Segundo ela, o tempo dedicado ao trabalho deve ser utilizado para que os esforços se convertam em resultados para a equipe e para a empresa. Da mesma maneira, observa, a pessoa deve desfrutar ao máximo os momentos de lazer em família ou com os amigos.

Para quem não acredita na possibilidade, Camila esclarece que se a pessoa direcionar corretamente seus esforços no trabalho poderá mostrar ou colaborar para resultados em seu horário normal de expediente, sem ter de prolongar a permanência na empresa.

Ela também lembra que horas extras significam mais custo para as empresas, o que pode levar a uma avaliação de deficiência de desempenho do funcionário.

A consultora reconhece que há momentos que o equilí­brio pode ser quebrado, mas também de forma planejada e por tempo determinado. Caso o empregado almeje promoção, lembra, terá de mostrar o máximo de dedicação, o que talvez tenha de traduzir-se em horas diárias a mais de labuta. O inverso, diz, também pode acontecer. Uma mulher que esteja grávida pode diminuir seu ritmo em função do futuro bebê, sem que seja vista como funcionária de menor capacidade.

Caso o empregado saiba algumas de suas tarefas de antemão deve planejar a execução de forma a aproveitar melhor o tempo, recomenda Camila. "As empresas preferem quem traga resultados no período normal de trabalho."

TODOS OS LADOS - Para o psicólogo José Roberto Leite, especialista em medicina comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), para a pessoa ter êxito, ela deve gerenciar diversos aspectos da própria vida. O profissional é apenas um entre tantos outros. Leite informa que também são fundamentais os cuidados com o organismo e com o lado psicológico, com controle sobre as reações, principalmente aquelas que levam ao estresse. Ele observa que a dedicação à vida profissional deve andar acompanhada de momentos voltados ao conví­vio pessoal. "Se uma delas for tratada com mais importância, a outra vai perder", garante. Na opinião dele, os objetivos profissionais devem estar claros. Ele acredita que todos podem sonhar, mas sem exageros e que progresso é importante, desde que não traga problemas.

BOXE 1: APROVEITE O MELHOR DO SEU TEMPO

A consultora de Recursos Humanos Camila Mariano e o psicólogo José Roberto Leite dão a receita para conciliar vida pessoal e vida profissional sem sofrimento.

1 - Defina claramente seus objetivos, tanto os pessoais como os profissionais.

2 - Organize o tempo que pretende gastar na conquista de suas metas.

3 - Depois de estabelecer os objetivos dedique-se ao máximo a cumprir o caminho até atingi-los.

4 - Saiba separar vida pessoal e vida profissional. Lembre-se que nem todos seus colegas de trabalho são seus amigos.

5 - Fique atento para definir possíveis momentos em que possam ocorrer desequilí­brios entre o trabalho e a vida pessoal. Não deixe de ter claro que as descompensações são temporárias.

6 - Conheça a si mesmo melhor por meio de exercí­cios de relaxamento e meditação, que podem ser feitos num final de tarde.

7 - Faça uma análise crí­tica de sua forma de ver as coisas. Muitas vezes certos problemas são frutos da maneira como vemos as coisas e não de situações reais.

8 - Não defina sua conduta em função do que os outros possam pensar.

9 - Trace um plano de ação e ponha-o em prática.

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Esse texto é do Yahoo Notícias. O endereço é http://br.noticias.yahoo.com/s/01112007/25/entretenimento-possivel-conciliar-vida-profissional-pessoal.html

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