segunda-feira, 7 de março de 2011

Mulheres, do Dia Internacional da Mulher e do dia-a-dia


O Dia Internacional da Mulher está chegando, e com ele o pior da cretinice lesbofeminazista.
Vamos reagir.

O começo da série, com a relação de todos os textos: Uma humilde reação contra o Dia Internacional da Mulher

Texto anterior: "8 de março: feliz Dia do Nazismo Lésbico", no A Vez das Mulheres de Verdade

Próximo texto: "[avezdoshomens:203] Homens não são todos monstros que devoram crianças" (do Willian), no A Vez das Mulheres de Verdade e no A Vez dos Homens que Prestam



8 de março, Dia Internacional da Mulher. Época de pensar nas mulheres imaginárias para escrever poemas para as mulheres do mundo real.



A mulher é discriminada. Mas experimente comemorar o Dia Internacional do Homem.



A mulher sofre com a violência. Mas não quer ser vista conversando com um homem que presta por causa da família, das convenções sociais ou do companheiro tosco e ciumento.



A mulher é preparada pra ser mãe. Mas as feministas defendem o aborto.



A mulher ama os filhos. Mas podemos vê-la tratando suas crianças a patadas na rua (aliás, na média os pais são mais carinhosos).



A mulher é companheira. De um vagabundo, de um canalha, de um bêbado, de um machista...



A mulher é amiga e dedicada. Pras piriguetes fúteis, pras bichas, pros marginais e pro companheiro tosco é mais amiga e dedicada ainda.



A mulher é simpática. Principalmente se tem mais de 30 anos, é feia, é pobre, tem menos que segundo grau completo e está solteira.



A mulher anima e alegra a vida. De quem não é casado ou tem filho com ela.



A mulher vive milhares de emoções num só dia. Se fosse homem, seria uma bicha desequilibrada.



A mulher é forte. Mas tem Delegacia da Mulher pra se defender da violência.



A mulher é forte, mas é sensível pra chorar. Porque nem sempre se fazer de forte é o mais eficiente.



A mulher é várias em uma. Uma na frente do chefe, uma com os colegas, uma com o marido em casa...



A mulher quer ser amada. Mas não quer se dar ao respeito.



A mulher quer ser desejada. Se revolta com propagandas de cerveja com mulheres boazudas de roupa curta e calendários com mulheres mostrando os seios porque isso mostra que a sociedade é machista e trata a mulher como objeto, mas compra revistas com dietas malucas e dicas de roupas que dão volume aos seios e se arrisca a morrer ou se arrebentar numa plástica.



A mulher é decidida. Não deixa a lógica nem os fatos vencerem seus argumentos.



A mulher é sensual. Mas é comprometida.



A mulher se liberou sexualmente. Agora ela pode transar como uma louca com um vagabundo, dar um boquete fenomenal por interesse e morar junto com o pior traste e ninguém tem nada com isso, mas pra você que é um cara legal, carinhoso, bom de cama e ético, ela é comprometida ou não teve afinidade e ela pode te denunciar por assédio sexual.



A mulher tem tido a sexualidade reprimida pela sociedade machista. Ela só pede duas coisas: o fim da prostituição e da pornografia pela moral e os bons costumes e o direito de ser lésbica.



A mulher se libertou da opressão machista. Agora não precisa viver à sombra do homem, porque pode conseguir um bom emprego só por ser mulher, ser promovida puxando o saco do chefe (ou lambendo o saco do chefe), isso sem perder a pensão dos dois ou três filhos cada um de um pai diferente.



A mulher se libertou da opressão das religiões machistas. Acha o casamento aberto uma indecência, acha que os ateus são monstros, mas acredita em Deus, provavelmente é lésbica, porque sabe que a base do Cristianismo é o amor.



A mulher muda o lugar onde entra. Por exemplo, a polícia agora tem soldados de um metro e sessenta e cinco que estão tentando perder três quilos.



A mulher pode ser chefe, gerente, vereadora, presidenta da república. Geralmente juntando o pior da mulher com o pior do homem (se ela for simpática, ainda temos que nos achar premiados).



A mulher é linda. Mesmo que seja feia, tenha uma barriga horrível, use uma camiseta colada e uma calça de cós baixo mostrando o corpo horrível e não dê um sorriso o dia todo.



A mulher é guerreira. E o inimigo pode ser você.



A mulher é rainha, deusa. E acha que você é servo.



Viva a mulher de verdade. A mulher de verdade não é uma deusa, mas é alegre, trabalhadora e sem-vergonha. Sem vergonha de ser inteligente, legal, verdadeira, de caráter, de valorizar quem gosta dela e não ter relacionamento estável pra trepar gostoso.



Abigail Pereira Aranha

Palavras relacionadas: Dia Internacional da Mulher, machismo, feminazismo
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