domingo, 8 de março de 2015

Mal da Vaca Louca ameaça as feministas de morte

Abigail Pereira Aranha


Folha de São Paulo, 24/02/15: "Mulheres sofrem ameaças de estupro ao defender feminismo na internet". A foto à direita é uma montagem de foto da ativista lesbonazista brasileira Lola Aronovich, que é citada na matéria, sobre foto de Thomas James Ball. Veja sobre o caso Thomas James Ball em http://archive.lewrockwell.com/grigg/grigg-w219.html, traduzido em http://canal.bufalo.info/2011/12/quando-o-estado-quebra-um-homem

Olá, meus amigos e minh@s inimig@s! No mês passado, vi a notícia de que mulheres feministas estão sendo ameaçadas de morte por defenderem o Feminismo no portal UOL, numa das primeiras chamadas da página principal. A chamada era para uma reportagem da Folha de São Paulo, um dos maiores jornais do Brasil. Fui procurar um texto do Yahoo! Brasil falando de ameaças de morte contra a ativista feminazista disfarçada de professora universitária Lola Aronovich, achei duas matérias. Uma é da revista Info da editora Abril ("Ação na internet denuncia ameaças contra blogueira", 10/01/15, http://info.abril.com.br/2015/01/acao-na-internet-denuncia-ameacas-contra-blogueira.shtml). O artigo foi copiado da esquerdopata Agência Brasil. A outra matéria é do jornal O Globo intitulada "Lei Maria da Penha reduz em 10% morte de mulheres por violência doméstica", onde ela é entrevistada. Mas eu não vi esta matéria no jornal O Globo, achei no blogue da Pastoral da Mulher de Belo Horizonte (http://pastoraldamulherbh.blogspot.com/2015/03/lei-maria-da-penha-reduz-em-10-morte-de.html).

Mais provas, achadas por acaso, do que eu já ia dizer: o movimento feminista está espalhado na vida normal do Brasil (para ser reducionista). O portal UOL, o portal Yahoo e o portal da editora Abril têm seções femininas. O Yahoo entregou uma seção de sexualidade, Preliminares, a uma lesbofeminista androfóbica que pensa que "todo homem é uma ameaça até que deixe de ser" (http://br.mulher.yahoo.com/blogs/preliminares/6-passos-para-se-aproximar-uma-mulher-sem-110347666.html). Nós somos um país machista que tem uma Secretaria de Políticas para as Mulheres na Presidência da República, a secretaria e a presidência chefiadas por mulheres lesbofeministas. Ah, se lembram de quando eu comentei aqui a matéria que a revista Época fez sobre o Masculinismo, de duas páginas de texto a contragosto, com uma chamada no canto da capa onde o destaque era uma reportagem sobre GORDURA, onde uma entrevista com o editor do A Voice for Men Brasil foi OMITIDA? Quem não viu, pode ver em http://avezdasmulheres.blog.com/2014/08/09/revista-epoca-publica-materia-criminosa-sobre-o-masculinismo. Pois é, lá está, de novo, a sra. Lola, a líder skinhead opinando sobre o Movimento Negro. E o portal da revista Época tem o blogue Mulher 7 por 7, com 7 princesas escrevendo sobre "tudo".

Pois quanto mais "as mulheres ganham espaço", mais "as mulheres" não suportam o espaço dos outros. Eu já mostrei no blogue A Vez das Mulheres de Verdade alguns casos no Facebook de mulheres pregando ódio aos homens ou debochando da violência de mulheres contra homens. Mas o Facebook aceita as denúncias DELAS para penalizar páginas e perfis cristãos e antifeministas. Há alguns meses, algumas feministas da Marcha das Vadias abriram uma petição no AVAAZ, já apagada, para retirar outra petição pedindo o enquadramento penal da marcha. No Brasil, "as mulheres" montaram e divulgaram em 2011, com a divulgação de Lola Aronovich, uma falsificação do blogue do Silvio Koerich, principal blogue antifeminista da época, para provar ao público que ser antifeminista é defender o estupro, o racismo, a "pedofilia" e maus tratos a animais. Se o verdadeiro Silvio nunca teve 100.000 acessos por dia, como o blogue da Lola tem ou já teve, isso mostra o pavor feminista a qualquer contrariedade visível. Mas se há três ou quatro anos atrás, as feministas só podiam responder à crítica usando uma farsa pueril como silviokoerich.com, hoje mal passam de ofender e bloquear o autor de dois ou três comentários fulminantes no Facebook.

Aliás, você pode ver no meu perfil no Facebook (abigail.pereira.aranha.91) que os meus amigos quase todos são cristãos tradicionais de direita, e eu sou ateia, anarquista e libertina. E eu já disse para alguns deles: eu consigo defender a putaria nos perfis de vocês, mas não consigo criticar as mulheres em um fórum feminista.

Mas ainda temos uma coisa pior: essas mulheres feministas são no mínimo universitárias. Como fazer um país com redações de jornais, tribunais, corpos docentes de universidades, até balcões de lojas lotados de mulheres que não suportam duas ou três verdades na cara?

Mesmo com todo o poder opressivo, ou por isso mesmo, as mulheres feministas estão ganhando cada vez mais a antipatia das mulheres do povo real. Os homens também estão descobrindo o antifeminismo que a grande imprensa quer enterrar, ou apenas se desinteressando pelas mulheres. Mesmo que os assassinatos de mulheres no Brasil fossem por a vítima "ser mulher", são 9% do total geral de homicídios, e eu insistiria no que eu já disse algumas vezes: perto de todas as canalhices do universo feminino, em especial da militância lésbica, a misoginia é residual. O mesmo para a ginofobia, que é medo mas não é ódio. Mas parece que o antifeminismo está crescendo entre as mulheres mais do que entre os homens. Só um movimento ter uma oposição cada vez maior entre quem ele supostamente defende já é mau sinal. E o movimento feminista já entrou em outra fase: a da luta das vacas loucas contra as mulheres psiquiatricamente saudáveis, das mulheres repulsivas contra as mulheres femininas, das mulheres parasitas contra as produtivas, das lésbicas contra as mulheres heterossexuais não-reprimidas.

E os desentendimentos não são só entre mulheres antifeministas e mulheres feministas. Você pode ver até uma conversa em um ônibus com uma mulher reclamando de outra mulher que é chefe, colega de trabalho, professora. Só os homens feministas acreditam que mulheres no poder significa um governo de deusas benevolentes.

E aí entram as "ameaças de morte" contra mulheres feministas. Ui, ameaçada de morte por defender os direitos das mulheres. Quando vai ser o atentado a tiros contra o UOL, que tem o UOL Mulher e o Blogay, como aconteceu no Diário do Amazonas? Já espalharam cartazes contra a sra. Lola Aronovich na Universidade Federal do Ceará como fizeram com o prof. Antônio Zumpano na Universidade Federal de Minas Gerais por ele ter criticado o Feminismo? Vá lá! Quem vai matar a sra. Lola? Um "mascu" que destruiu uma feminazi que chegou com falácias e ataques pessoais em um fórum antifeminista, já que nos fóruns das feministas só as democratas comentam? Ou o único fake que fez dois comentários contrários no blogue dela sem ser bloqueado? E se ela for mesmo assassinada? Estamos numa cultura de estupro e misoginia, cacete! Não pode acontecer uma comoção nacional! Se acontecer, e se o criminoso for descoberto e punido com o rigor da lei, vai ficar provado que homens assassinos e agressores de mulheres são uma minoria repudiada pelo restante da população masculina. Aí, o Feminismo só vai sobreviver com uma divisão de classes psiquiátrica no país: entre as pessoas que conseguem perceber a contradição entre ser misógino e repudiar um assassinato de uma mulher por misoginia e as que não conseguem.

E estava eu visitando o blogue Escreva Lola Escreva e a postagem mais recente era "Feministas estão tão cercadas pelo abuso online que algumas começam a desistir" (http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2015/03/feministas-estao-tao-cercadas-pelo.html). Uma pérola de Jill Filipovic, escritora política sênior que fala sobre questões feministas na Cosmopolitan e ex-editora do blog Feministe: "Eu ainda não descobri como passar o dia todo me preparando contra as críticas -- e não apenas críticas, mas as coisas realmente horrendas que as pessoas dizem para você e sobre você. E, em seguida, ir para casa e 30 minutos mais tarde ser uma pessoa emocionalmente disponível e normal". No século XIX, mulheres eram queimadas vivas em galpões e o Feminismo crescia; hoje, as feministas começam a desistir porque são atacadas por... críticas. O seu Dia Internacional da Mulher é feliz e você não sabe, lésbica idiota. Hua, hua, hua, hua, hua!

Apêndice

Lola Aronovich, 06/03/2015. Feministas estão tão cercadas pelo abuso online que algumas começam a desistir Disponível em http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2015/03/feministas-estao-tao-cercadas-pelo.html.

Feministas estão tão cercadas pelo abuso online que algumas começam a desistir

Não me canso de repetir: a internet é uma ferramenta maravilhosa para que muita gente tenha voz para tentar mudar o mundo, mas também é um espaço cheio de oportunidades para que covardes anônimos ataquem minorias.

Nana Queiroz

Já passou da fase de nós feministas considerarmos os insultos, ameaças, e toda tentativa de silenciamento como "normal", "ossos do ofício". Não, não é normal um bando de misóginos de chans (fóruns anônimos) mandarem pacotes com esterco para a Ana Freitas, uma jornalista que escreveu um texto sobre nerds e machismo (e foi atacada por nerds machistas para provar que ela tinha total razão). 

Juliana de Faria

Não é aceitável que tantos caras asquerosos possam nos ameaçar impunemente. Quando isso vai parar? Quando um deles cumprir uma ameaça e alguma de nós for estuprada e/ou morta? 

Pedi para a querida Lidiany traduzir este artigo de Michelle Goldberg que saiu no Washington Post. Ele fala da realidade americana, que não está muito diferente da nossa. 

Jessica Valenti é uma das feministas mais bem sucedidas e visíveis de sua geração. Como colunista do The Guardian, seu rosto aparece regularmente na primeira página do site. Ela escreveu cinco livros, um dos quais foi adaptado para um documentário, desde a fundação do blog Feministing. Ela dá palestras em todo os EUA. E afirma que, por causa do assédio incessante que escritoras feministas enfrentam online, se ela pudesse começar novamente, iria preferir ser completamente anônima. "Não sei se eu faria isso usando o meu nome real", ela diz que fala às jovens que estão interessadas ​​em escrever sobre feminismo. "Não são apenas as preocupações com a segurança física, mas as consequências emocionais" do constante e incessante abuso.

Este é um momento estranho, contraditório para o feminismo. Por um lado, nunca houve tanta demanda por vozes feministas. Estrelas pop como Beyoncé e Taylor Swift vestiram com orgulho o manto feminista, incentivadas por fãs online. Depois de anos sendo desprezado pela grande imprensa, o movimento agora é uma obsessão editorial: Faça Acontecer, de Sheryl Sandberg, Não Sou Uma Dessas. de Lena Dunham, Bad Feminist, de Roxane Gay, e Yes Please, de Amy Poehler, estão nas listas dos mais vendidos, às vezes no topo da lista. 

"Histórias sobre preconceito de raça e gênero chamam atenção de grandes audiências, tornando a política de identidade um centro de lucro de confiança em uma indústria de mídia assolada pela insegurança", Jonathan Chait escreveu recentemente na revista New York -- uma proposição que teria sido impensável uma década atrás.
Anita Sarkeezian

Por outro lado, enquanto a mídia digital tem amplificado vozes feministas, tem também cobrado um alto preço psíquico. Pede-se para as mulheres contarem suas histórias, mas elas estão sendo ferozmente punidas quando o fazem. Algumas -- em especial as mulheres que têm a audácia de criticar o sexismo no mundo dos videogames -- tiveram que deixar suas casas ou foram forçadas a cancelar aparições públicas. Anúncios falsos que solicitam sexo violento foram publicados em seus nomes. E claro, o assédio no Twitter nunca pára. 

Roxane Gay,Bad Feminist

"Ser insultada e ameaçada online é parte do meu trabalho", disse Lindy West, que trabalhava no Jezebel, recentemente em "This American Life". Jamia Wilson, diretora-executiva do grupo de defesa feminista Women, Action and the Media (Mulheres, Ação e Mídia), acrescenta: "Isso realmente pode afetar a maneira como as pessoas se sentem sobre si mesmas".

Jamia Wilson

As feministas do passado enfrentaram críticas raivosas, cartas ao editor e até mesmo protestos. Mas é mais difícil escapar do ódio incessante, violento, sarcástico e sexualizado que suas sucessoras absorvem. Para as mulheres não brancas, abuso racial vem junto com o sexismo. "Recebi ameaças de estupro racializadas que não acho que iria necessariamente receber se eu fosse branca", diz Wilson. "Um monte de coisas sobre anatomia -- anatomia das mulheres negras". Ela fala sobre o abuso online na terapia. "Há trauma, especialmente relacionado com as ameaças de morte e de estupro", diz ela. Eventualmente, esse abuso continuado acaba mudando as pessoas -- tanto como elas vivem quanto como elas trabalham.

Em seu memorável livro Backlash [leia inteiro aqui, traduzido], Susan Faludi descreveu as mensagens culturais anti-feministas da década de 80 como um "processo gradualmente implacável" que "serviu para agitar ansiedades particulares das mulheres e quebrar suas vontades políticas." O backlash online de hoje pode ser ainda mais esgotante. Ele enfraquece a moral e leva ao esgotamento."Você não pode ser chamada de puta dia sim, dia não por 10 anos e não ter um impacto muito sério em sua psique", diz Valenti, que pensa em desistir "o tempo todo." Quanto tempo pode esta geração de feministas aguentar?

Mulheres audaciosas, é claro, têm sido alvos de raiva e desprezo há tempos. Em 1969, quando Marilyn Webb falou sobre o feminismo em uma manifestação contra a guerra em Washington, muitos dos homens que estavam ouvindo se enfureceram, gritando para que ela saísse e exigindo que ela fosse puxada para baixo e estuprada. As feministas da Segunda Onda regularmente lidaram com a hostilidade do mundo real dos homens de esquerda, que seria inconcebível hoje. 

Nona Willis Aronowitz, editora no Talking Points Memo, é filha da reverenciada escritora feminista Ellen Willis, que escreveu para publicações como o Village Voice e The New Yorker. "Esqueça  comentaristas aleatórios online -- as pessoas que trabalhavam com ela nessas publicações eram totalmente sexistas", diz Aronowitz. Os funcionários, Willis escreveu uma vez, regularmente se referiam a suas colegas do sexo feminino como as "feministas stalinistas."

Desta forma, as histórias hoje sobre abusos na internet inevitavelmente levantam clichês sobre calor e cozinhas -- demandas para que as mulheres endureçam e desenvolvam uma casca grossa. Polêmicas e ativismo, afinal, são atividades relativamente cômodas. Ler "tweets virtuais asquerosos" é muito melhor do que ser "um imigrante sem documentos tentando alimentar sua família nos Estados Unidos, ou alguém que é injustamente encarcerado, ou qualquer uma das questões nas quais trabalhei," reconhece Sally Kohn, colunista do Daily Beast que anteriormente era a única contribuinte de esquerda feminista lésbica na Fox News, tornando-a um alvo especial para trolls.

No entanto, ainda que as mulheres tentem ignorar o abuso, ele pode derrubá-las, diz Aronowitz. Algumas jovens escritoras têm dito a ela, mais ou menos brincando, que se sentem com PTSD (transtorno de estresse pós-traumático). "Elas não vão escrever sobre isso novamente porque têm medo do ódio online?"

De fato, algumas não vão. Em 2013, a ativista pró-escolha Jaclyn Munson escreveu sobre ter ido disfarçada a um centro anti-aborto. Logo um stalker lhe enviou ameaças de morte. Ele a assustou tanto, que ela começou a dormir com as luzes acesas. Um ano atrás, exausta e esgotada, ela parou de escrever online, excluiu sua conta no Twitter e agora planeja ir para a faculdade de direito, o que ela espera que irá ajudá-la no seu trabalho com as questões sobre as quais ela se preocupa de forma mais segura, menos exposta. "Estava se tornando emocionalmente esmagador estar nas linhas de frente o tempo todo", diz ela.

Agora as coisas estão diferentes com a existência de misoginia organizada, com grupos de homens que estão com raiva da organização do movimento feminista, como os Men’s Rights Movement (movimento pelos direitos masculinos) e Gamergate, uma rede difusa de entusiastas do videogame furiosos com os protestos contra o sexismo na indústria. Nos anos 80 e 90, "a cultura mainstream da mídia era mais anti-feminista. Isso era quando diziam que o feminismo estava morto, todas as mulheres só querem casar, esse tipo de coisa", diz a colunista Katha Pollitt, uma colega minha no Nation. "Mas os masculinistas, Gamergate, isso é novidade. São grupos de homens incrivelmente enfurecidos que se encontraram uns nos outros".

Talvez, Pollitt diz, seja "um sinal de nosso sucesso" que a reação anti-feminista seja principalmente digital. Mas quando misóginos online decidem alvejar uma mulher em particular, eles muitas vezes têm acesso a uma quantidade sem precedentes de informações pessoais sobre ela. "Na época em que tudo era apenas impresso, você escrevia seu artigo, mas não havia fotografias de si mesma em todos os lugares", diz Pollitt. "As pessoas não sabiam onde você morava, não sabiam nada sobre a sua vida privada. É totalmente diferente agora".

Uma vez que uma mulher se torna alvo de um grupo de direitos dos homens, como  A Voice for Men, o fórum misógino do Reddit, The Red Pill, ou mesmo apenas uma de conta de direita no Twitter como Twitchy, ela será soterrada pelo ódio. O ataque, além de assustar o alvo, serve como um aviso para espectadoras. Jill Filipovic, uma escritora política sênior que fala sobre questões feministas na Cosmopolitan, diz que recentemente tentou convencer uma amiga a se candidatar a um cargo público. "Há várias razões pelas quais eu não gostaria de fazer isso, mas uma delas é que eu sigo você no Twitter, eu vejo o que as pessoas dizem para você. Eu nunca poderia lidar com isso", sua amiga lhe disse.

Muitas pessoas não conseguem. Ano passado, a ativista pelo direito ao aborto Lauren Rankin desistiu de escrever online e principalmente no Twitter, porque as ameaças e insultos se tornaram cansativos demais. Ela continua a servir no conselho da ONG pelos direitos reprodutivos, A Is For, e se depara com os manifestantes anti-aborto como uma voluntária acompanhante para clínicas, mas já não se envolve publicamente. "Eu não gosto da ideia de que eu estava com medo e fui intimidada para sair da internet", diz ela. "Mas acho que me reorganizei sobre por que faço o que faço, de forma que eu possa manter a minha sanidade mental. Infelizmente, isso não envolve tanto a internet".

Filipovic, ex-editora do blog Feministe, diz que, apesar de ter engrossado sua casca ao longo dos anos, a necessidade diária de se preparar contra os ataques online fez com que ela mudasse. "Eu duvido muito mais de mim mesma. Você lê tantas vezes que você é uma pessoa terrível e idiota que é muito difícil não começar a acreditar que talvez eles vejam algo que você não enxerga". Ela também acha mais difícil baixar a guarda. "Eu ainda não descobri como passar o dia todo me preparando contra as críticas -- e não apenas críticas, mas as coisas realmente horrendas que as pessoas dizem para você e sobre você. E, em seguida, ir para casa e 30 minutos mais tarde ser uma pessoa emocionalmente disponível e normal".

Enquanto isso, a criadora do Feministe, Lauren Bruce, já não tem mais qualquer presença online. "Eu tive que desistir dessa parte, a fim de viver o resto da minha vida", diz ela. "A fim de trabalhar, ter uma boa família e me sentir emocionalmente completa, eu não poderia continuar nesse ambiente tóxico."

Sandra Fluke

As mulheres que querem enfrentar esse ambiente tóxico passam por um dilema. Online, a maneira mais fácil de entregar a sua mensagem é torná-la pessoal. De Lena Dunham a Sandra Fluke e Emma Sulkowicz, todas as figuras feministas mais proeminentes dos últimos anos abriram suas vidas para o público. Artigos em primeira pessoa escritos por mulheres atraem muitas visitas. "Eu tentei orientar algumas poucas jovens escritoras", diz Jessica Valenti. "Elas estavam encontrando dificuldades para conseguir publicar seus primeiros artigos, então disse a elas para escreverem algo sobre suas vaginas, e de repente as portas se abriram."

Essa auto-revelação, no entanto, atrai uma grande quantidade de sadismo. Considere o site para mulheres xoJane, especializado em narrativas em primeira pessoa. Ser publicada lá pode ser uma grande oportunidade, mas as escritoras raramente duram muito tempo no site. "Nós as trazemos pra cá, as desenvolvemos, elas são capazes de fazer o seu nome e deixar sua marca online, e na primeira oportunidade elas vão para algum lugar mais seguro, como a mídia impressa", diz Emily McCombs, editora executiva do site. "Parte disso é definitivamente não conseguir aguentar o assédio".

Ela mesma decidiu que seu próximo trabalho não será online -- ou seja, será longe da ação. "Como resultado da escolha de ser uma escritora online, eu tenho que ler mensagens diretas de trolls nas minhas redes sociais me dizendo como eu sou feia e gorda todos os dias", diz ela. "Existem fóruns inteiros na internet onde grupos inteiros de pessoas discutem o quanto estou envelhecendo mal. Você não consegue aturar isso por muito tempo. Eu já vi muitas mulheres neste setor ficarem esgotadas".

Questo testo in italiano senza filmati di dissolutezza in Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Morbo della Mucca Pazza minaccia femministe di morte, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/08/morbo-della-mucca-pazza-minaccia-femministe-di-morte
Questo testo in italiano con filmati di dissolutezza in Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Morbo della Mucca Pazza minaccia femministe di morte, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/morbo-della-mucca-pazza-minaccia.html
Eso texto en español sin peliculas de putaría en Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Enfermedad de la Vaca Loca amenaza las feministas de muerte, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/08/enfermedad-de-la-vaca-loca-amenaza-las-feministas-de-muerte
Eso texto en español con peliculas de putaría en Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Enfermedad de la Vaca Loca amenaza las feministas de muerte, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/enfermedad-de-la-vaca-loca-amenaza-las.html
This text in English without licentiousness movies at Men of Worth Newspaper / Concrete Paradise: Mad Cow Disease threats feminists with death, http://avezdoshomens2.blog.com/2015/03/08/mad-cow-disease-threats-feminists-with-death
This text in English with licentiousness movies at Periódico de Los Hombres de Valía / Paraíso Tangible: Mad Cow Disease threats feminists with death, http://avezdoshomens2.blogspot.com/2015/03/mad-cow-disease-threats-feminists-with.html
Texto original em português sem filmes de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: Mal da Vaca Louca ameaça as feministas de morte, http://avezdasmulheres.blog.com/2015/03/08/mal-da-vaca-louca-ameaca-as-feministas-de-morte
Texto original em português com filmes de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: Mal da Vaca Louca ameaça as feministas de morte, http://avezdoshomens.blogspot.com/2015/03/mal-da-vaca-louca-ameaca-as-feministas.html
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Valentina Nappi gets DPed

With Valentina Nappi, author of the article "La vera radice della violenza di genere" (The real root of gender violence), at http://www.funweek.it/lolnews/vera-radice-della-violenza-di-genere.php, translated to English at http://avezdoshomens2.blog.com/2014/05/25/the-real-root-of-gender-violence



Valentina Nappi leva uma dupla penetração

Com Valentina Nappi, autora do artigo "La vera radice della violenza di genere" (A verdadeira raiz da violência de gênero), em http://www.funweek.it/lolnews/vera-radice-della-violenza-di-genere.php, traduzido para o português em http://avezdasmulheres.blog.com/2014/05/25/a-verdadeira-raiz-da-violencia-de-genero



Valentina Nappi lleva una doble penetración

Con Valentina Nappi, autora del artículo "La vera radice della violenza di genere" (La verdadera raíz de la violencia de género), en http://www.funweek.it/lolnews/vera-radice-della-violenza-di-genere.php, traducido al español en http://avezdoshomens2.blog.com/2014/05/25/la-verdadera-raiz-de-la-violencia-de-genero



Valentina Nappi prende una doppia penetrazione

Con Valentina Nappi, autrice dell'articolo "La vera radice della violenza di genere", a http://www.funweek.it/lolnews/vera-radice-della-violenza-di-genere.php

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