A Vez dos Homens que Prestam: Tesouros do antiabigailismo 4: moça direitista no Twitter ataca a mim e ao Luiz César Rangel, pensando que eu sou fake dele

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Tesouros do antiabigailismo 4: moça direitista no Twitter ataca a mim e ao Luiz César Rangel, pensando que eu sou fake dele

Abigail Pereira Aranha

Introdução

O começo da confusão talvez seja explicado pelo vídeo "Bolsonaro é Nazista? Vila Deve Ser Atacado? Caçando o PikaChupa! #Bolsonaro2018", de Luiz César Rangel, publicado em 12 de fevereiro de 2018. Ele tinha uma seguidora no Twitter chamada "Tati Mac Dowell opressora BR", que pouco depois começou a atacá-lo no seu perfil (dela). Mas ela me conhecia e deu pra achar que eu sou fake dele e me atacar também.

Mas você pode ir vendo as postagens dela que eu dei captura de tela aqui, querido leitor, e pode achar meio loucura. Se você não tiver paciência de ver tudo, talvez já tenha visto o suficiente. Mas nesse caso, eu peço para que você veja a última imagem, que é o comentário dela sobre a postagem fixa do meu perfil principal que é onde eu compartilho um projeto cultural do Luiz César Rangel. Mas não é só para que você conheça o projeto e contribua. É também para que você veja o que a direita xucra faz com quem quer mostrar produção.

Mas se a "Tati Mac Dowell opressora BR" ataca o Luiz César Rangel e o vlogueiro Rabugento, eu coloquei a seleção como um dos "tesouros do antiabigailismo" só porque eu fui citada também? Não. É que o antiabigailismo é como o antiolavismo, e o próprio Olavo de Carvalho resumiu o antiolavismo em junho de 2015: "Raríssimos são os que discordam de alguma idéia minha. Em geral só discordam da minha existência."

Para dar uma ideia da coisa, e de porque esse é um dos "tesouros do antiabigailismo", a moça vê alguns tuítes da "Abigail P. Aranha" e a primeira coisa que ela pensa é no trocadilho fácil "Abigail Piranha", um apelido que eu ganhei dentro e fora da internet antes dos 18 anos (que eu fiz em março de 2009), e ganhei merecidamente. Aparentemente, ela só viu a putaria no meu perfil dois dias depois, depois de que eu "dei coração" na foto de um gatinho no perfil dela. Mesmo assim, nem passou pela cabeça dela que eu "curti" a foto porque eu sou uma mulher que gosta de homem. E eu sou no máximo uma blogueira. Eu nunca gravei um vídeo, nunca publiquei um artigo em um jornal, nunca fui liderança, nunca tive trabalho político. Não publico fotos minhas na internet e nem a cidade onde eu moro eu digo. Aí, eu publico os endereços dos meus blogues nas capas dos meus perfis de redes sociais e a pessoa nem vê, e já me chama de fake de homem, de piranha, de direita delirante (não só ela, tive conservadores me chamando de feminista e feministas me chamando de machista).

A partir daí, ela faz ataques ao Luiz César Rangel, que é um produtor de teatro e cinema e tem um canal no Youtube de linha conservadora. Talvez não esteja claro: se eu que disse que não sou grande coisa não atraio o interesse de alguém, uma outra pessoa que tenha currículo tanto de obras de reconhecimento internacional quanto de militância na direita, como o Rangel já contou que tem, não atrairia um interesse maior, interesse num sentido positivo? Não, é exatamente o contrário. Confundi mais ainda? A coisa toda é uma espécie de inveja misturada com burrice e preguiça. Quem tem um trabalho com um bom nível intelectual que consegue um sucesso razoável atrai uma indisposição motivada exatamente pela inveja e pela mediocridade intelectual. O meio conservador é cheio de gente intelectualmente medíocre (eu diria até que o próprio Conservadorismo foi feito para analfabetos da Idade Média). A militância de esquerda, um pouco menos cheia, porque o movimento socialista sempre foi sociocultural. A militância de esquerda ainda sabe aproveitar os membros inteligentes e os de bom caráter, mesmo que faça uma porcaria com o trabalho deles. Mas o meio conservador, não só a militância de direita, tem muita vaidade e uma certa mesquinharia que produzem inveja, quando não descaso, em relação a pessoas que conseguem resultados, principalmente na área cultural. Então, o sucesso de público de um trabalho de qualidade intelectual-cultural atrai mais hostilidade contra o autor vinda do grupo do que do outro lado, na direita e na esquerda. Mas o Conservadorismo não tem um Paulo Freire, ou um Millôr Fernandes, ou mesmo um Lula (Jair Bolsonaro está sendo produzido como um candidato à Presidência da República que tenta ser o Lula da direita para a eleição de 2018). Também não há um Che Guevara do Conservadorismo para virar estampa de camiseta, ou uma Frida Kahlo da direita. Ou, como já disse o Rangel, cadê o Chico Buarque de direita?

Sobre o assunto daquele vídeo, por exemplo, eu deixei meus próprios comentários lá e no perfil do autor no Twitter. Mas a questão nem é o debate, nem as opiniões. A questão, como você vai ver, é uma coisa que eu estou alertando desde 2015, eu acho: o Conservadorismo não é uma corrente de sanidade mental e de inteligência. Explico melhor: o direitista típico, mesmo quando prega contra a destruição que o movimento socialista produziu na cultura e na educação, não parece mais inteligente que o militante comum de extrema-esquerda; o liberal conservador cristão é basicamente o militante de esquerda com clichês trocados. Como você vai observar, a moça é de direita e não examina conteúdos que parecem de ideias contrárias com mais atenção que um secundarista de escola pública brasileira de hoje (sim, aquele que foi alfabetizado precariamente por uma passa-fome que vota no PT). E nem escreve com menos erros de ortografia. E quando eu digo "examinar com mais atenção", eu incluo ver um compartilhamento em uma rede social e em vez de disparar frases sem pontuação com base na prévia, clicar no atalho para ver o vídeo ou ler o artigo. O meio liberal-conservador praticamente inteiro é assim.

Vamos aos tesouros

Tati Mac Dowell opressora

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Tesouros do antiabigailismo 4: moça direitista no Twitter ataca a mim e ao Luiz César Rangel, pensando que eu sou fake dele

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