domingo, 28 de agosto de 2022

O futuro é o Centro (inclusive o futuro da esquerda)

Abigail Pereira Aranha

1) Introdução

O Conservadorismo, também conhecido como direita, foi eliminado da política, da vida intelectual e da vida social (já vai tarde). A extrema esquerda é muito louca pra durar muito tempo na política e nem foi feita pra isso. O futuro vai ficar no Centro.

O que é o Centro?[1]

Centrismo é uma perspectiva ou posição política que envolve a aceitação e/ou apoio de um equilíbrio de igualdade social e um grau de hierarquia social, enquanto se opõe a mudanças políticas que resultariam em uma mudança significativa da sociedade fortemente para a esquerda ou para a direita.

Isso está no verbete "Centrismo" da versão em inglês da Wikipédia. O verbete correspondente na versão em português[2] tem um conteúdo muito diferente. Vou citar um trecho deste verbete, que não tem referências, que mostra o problema:

Para alguns, há apenas duas posições políticas: a de esquerda e a de direita. Porém, além dessa dicotomia há a visão centrista, que é utilizada pelos moderados. Muitos liberais se encaixam no centro uma vez que defendem pontos de vista considerados de esquerda por quem é da direita tradicional e por defenderem pontos de vistas considerados de direita pela esquerda tradicional.

Um partido ou indivíduo ideologicamente centrista não defende nem capitalismo nem socialismo absolutos, mas vê a necessidade de conciliar capitalismo com atenção a carências sociais numa democracia, podendo ser mais culturalmente liberal. Na visão da política de centro, não deve haver extremismos ou intransigências na sociedade.

Primeiro, nós podemos ver que a pessoa que se diz centrista é esquerda moderada e não sabe. Segundo, isso aqui é a direita no sentido original, da época da Revolução Francesa (a seção revolucionária que pretende conseguir alguns acordos com a Velha Ordem). Portanto, o Centro é esquerda. Se para a extrema esquerda, o Centro é direita, pode ser a direita que ela aceita.

2) Por que o futuro é de Centro

De acordo com a direita conservadora, uma elite mundial domina a imprensa tradicional no mundo todo, ao mesmo tempo em que controla o movimento socialista e a militância esquerdista. E como "esquerda", os conservadores querem dizer a parte mais estúpida na área político-administrativa e a mais louca da militância. Vamos fazer a mesma confusão aqui. Então, a militância esquerdista fala uma série de absurdos em nome do povo, a imprensa tradicional que também é militante dá voz a essa militância como se ela representasse o povo de verdade, e a classe política já comandada ou manipulada pela elite mundial socialista acredita nisso tudo. Mas essa explicação dessa trama toda parece que o movimento socialista está dando ouvidos a uma farsa encomendada por ele mesmo, enquanto a parte do povo de verdade que quer saber o que acontece no mínimo na própria região dificilmente encontra uma revista, um jornal impresso ou um canal de televisão que está conectado à realidade. Ah, temos a internet hoje? Isso também leva ao ponto a que eu chamo a sua atenção: o domínio opressivo de toda a comunicação de massa não leva à extinção dos pensamentos discordantes se esses pensamentos têm apoio no mundo real. Os socialistas que conceberam a escola pública sabiam disso. A militância esquerdista erra hoje onde os camaradas do passado acertaram? (Vamos continuar confundindo a parte bizarra com a militância inteira) E ainda há um outro erro de hoje no que foi um acerto do passado, que foi a própria ideia da escola pública: ensinar a ler, a escrever e noções rápidas de Matemática, Biologia, Geografia e outras ciências... incluindo organização social e política; tudo isso para consolidar a revolução. O que adianta hoje a professora do Primeiro Grau fazer militância LGBT-feminista ou campanha eleitoral para os candidatos locais de um partido de esquerda? Ela só consegue denegrir a imagem da professora da escola pública. Ops! "Denegrir" é uma palavra racista, de acordo com a militância histérica. Ops! "Histeria" vem de "hustera", útero em grego; portanto, uma palavra machista e misógina.

Antes de prosseguir, precisamos observar um outro problema, que explica por que os conservadores perderam relevância política e os esquerdistas radicais devem perder em breve: muitos partidários de ideologia política e muitas pessoas da população não concebem análise, só pregação tribal. Não digo só em Política, mas em qualquer assunto. A esquerda dos conservadores deseja o sexo com crianças. A direita dos esquerdistas deseja o genocídio e o estupro. Esses estereótipos excitam as bolhas dos dois lados. E porque ambos os lados têm essas visões escabrosas um do outro, isso é mais um sinal de que, como eu disse, o futuro é algo no meio. Ah, e dado que os dois lados não concebem análise, só pregação tribal, o que eu acabei de dizer será visto como uma simples pregação de outra tribo, que, portanto, não merece atenção. Por sinal, só porque eu sou uma garota que já deu alegrias a centenas de homens, eu já fui chamada de conservadora ou machista por feministas de esquerda, de feminista por mulheres cristãs tradicionais e de... não-casta pelos dois lados.

O que o movimento socialista vai conseguir no final? Não vai conseguir o que os conservadores dizem que é meta dos movimentos de esquerda, que é uma legião de lésbicas animalescas, gays bizarros, pedófilos e satanistas. Mas pode conseguir, por exemplo, a parte da pauta ecológica que não for muito maluca. Não vai transformar muitos países do mundo em economias planificadas por militantes semianalfabetos, incompetentes e sexualmente pervertidos, como propagandeiam os conservadores. Mas pode conseguir, e daí eu digo que o futuro é o Centro, uma burocracia técnica a um custo modesto em matéria de impostos, de um Estado que dá uma aparente liberdade especialmente para os herdeiros que estão financeiramente melhor que a média.

O golpe da CoViD-19 mostra a minha definição de Centro, que é a união da direita esperta com a esquerda mais esperta ainda. Para a esquerda, o Partido Comunista Chinês é o cartaz na parede do quarto; para a direita (mesmo os "anarcocapitalistas"), nunca passou de um grande parceiro comercial até o começo de 2020. Se em nome do combate à gripe chinesa, a polícia e os governos foram mais bravos contra vendedores ambulantes que contra o narcotráfico, no Brasil, a esquerda disse não existiu lockdown, que quem queria trabalhar era assassino e que o culpado dos mortos e da piora da economia era o presidente Jair Bolsonaro; enquanto a direita (da política formal), quando muito, disse que aconteceram excessos na "gestão da pandemia". O Centro é o meio-termo disso, entre a timidez da alienação pequeno-burguesa e a loucura assassina de quem quer ser da elite soviética? Mas ainda na parte do golpe da gripe chinesa, este pode ser o começo do fim do próprio Partido Comunista Chinês. Porque com toda a demonstração de Síndrome do Pânico mais analfabetismo funcional que foi o pandemônio, a população do mundo não é como a de Wuhan. Depois de cumprir o seu papel, a China vai voltar pra miséria de onde, na verdade, nunca saiu. Na verdade, um pouco melhor, com algumas coisas boas do mundo decente (incluindo comida civilizada). Se houver um socialismo global, será com mais probabilidade uma ditadura do que tem o nome de centro-esquerda, com empresas privadas patrocinando um LGBT-Feminismo embelezado, igrejas desvirtuadas pela esquerda militante e todas estas apoiando qualquer ação do governo pelo menos por automatismo; não uma União Soviética ou uma China maoísta.

A esquerda militante e os liberais-conservadores, mesmo se fossem os inimigos ferozes que dizem ser um do outro, seriam duas pequenas minorias. A grande maioria da população está no "centro". O Centro é a melhor posição política para os ignorantes políticos, para os pedantes e para os covardes.

3) A Igreja no Centro

E por que nós vemos as denúncias de uma Nova Ordem Mundial satânica virem de um ou outro cristão excêntrico? Os cristãos conservadores acreditam que defendem uma fé que veio da igreja original do século I, da qual a maioria conheceu pessoalmente o próprio Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Mas mesmo dentro dos ramos cristãos tradicionais históricos, incluindo igrejas em particular com mais de 100 anos de fundação, os ardis do Maligno na sociedade, na política ou no próprio meio cristão são assuntos excêntricos abordados por meia dúzia de chatos e malucos. Leitor cristão, leitora cristã, você sabe que não pode conversar sobre esses assuntos na sua igreja o que você poderia dizer (ou já disse) em comentários nos meus perfis de redes sociais. Eu sou ateia. Mas a maioria dos seus irmãos na fé não têm capacidade em conhecimento bíblico para conversar sobre isso (vamos ficar só na parte doutrinária), fora aqueles que são eleitores da esquerda (a parte que também é militante, mas menos maluca). Mas um pastor mal esclarecido pode excitar os ouvintes da sua igreja contra a esquerda bizarra, aquela que pratica e prega o Satanismo, o Ateísmo, a pedofilia, o homossexualismo e a liberalidade heterossexual feminina.

Vamos observar que passamos a Segunda Onda do Feminismo, fim dos anos 1960 até começo dos anos 1990, praticamente sem discussão sociopolítica nas igrejas. Quase toda a Terceira Onda, até 2012, também. Nesse tempo todo, de um lado, a esquerda estava agindo nas igrejas por dentro, promovendo a aceitação pela igreja do Socialismo e do LGBT-Feminismo, por exemplo; do outro lado, a esquerda conseguiu o apoio aberto do meio cristão à repressão da prostituição e à censura da pornografia.

Na Estatística, a média de valores iguais é esse mesmo valor, e a média de valores diferentes nunca é maior que o maior nem menor que o menor destes valores. E isso se aplica ao Centro em relação à esquerda e Conservadorismo. Por exemplo, no sexo. Para o Conservadorismo, uma mulher visivelmente heterossexual é o nível mais baixo do ser humano. Para a esquerda, uma mulher meramente agradável é submissa ao machismo, se não acumpliciada. O que seria uma mulher centrista? Talvez uma cristã nominal, de aparência discreta, com tendências feministas moderadas, que oferece um sexo medíocre ao marido 3 vezes por mês. Com certeza, ela vai se ofender com a pornografia, porque ela é condenada pelos dois extremos (porque é um ardil desprezível do outro lado).

Vamos observar que o Conservadorismo e a esquerda só estão em conflito sobre o LGBT-Feminismo porque a merda fedeu. O LGBT-Feminismo produziu uma legião de lésbicas asquerosas que podem cruzar o nosso caminho e envenenar o nosso dia, enquanto as mulheres cristãs tradicionais não têm como provar que são muito melhores que elas, pelo menos ao ponto de ser pensável um homem se casar com uma delas. Mas só nesse conflito, como eu já tomei nota em outros textos, a disputa é para mostrar qual lado é o melhor para a mulher, não uma luta de contra versus a favor dos direitos da mulher, além de uma luta contra a caricatura de um lado pelo outro. Curiosamente, a heterossexualidade feminina é sempre uma coisa do outro lado (por isso eu fui colocada como "serva dos homens" pelos dois lados). Se um homem sente que não ganha nada com isso e além de não se casar, não bajula a mulher, ele é chamado de machista pelos esquerdistas e de moleque imaturo pelos conservadores. Mas os dois lados têm o mesmo coração (concordância) na luta contra "o assédio" (de homem a mulher), "o estupro" (de mulher por homem) e "o abuso sexual infantil" (chamado de "pedofilia" e também imaginado como crime masculino).

E vocês não vão ver hoje e podemos morrer sem ver uma igreja que tem espaço pra mim, porque eu tive prazeres com 325 homens e daria de novo a mesma alegria a cada um deles até eu ficar velha. Algumas mulheres que foram ou ainda são profissionais do sexo são evangélicas. Nenhuma delas defende o trabalho no meio dos irmãos, até onde sabemos. Algumas igrejas estão abertas para LGBTQIA+, algumas delas inclusive no pastorado. Pastorado feminino só é matéria de objeção em pouquíssimas igrejas machistas arcaicas. Pra entrar em algumas igrejas, eu posso ser mãe solteira, namorada de traficante, feminista de esquerda, até lésbica; mas dizer que eu não me arrependo de ser piranha, eu não posso. Eu me coloco no cenário pra ilustrar como as igrejas cristãs hoje em dia tendem a colocar Cristo no Centro. E o Centro é esquerda. Aí nós vemos Jesus Cristo feminista, negro, irmão dos LGBT,...

4) Uma distopia de extremo-centro

Quando eu disse que "o futuro é o Centro", o leitor pode ter feito a imagem mental de um país de equilíbrio entre diferenças extremas ou de uma população de "isentões" (aqueles que se dizem contra extremos de esquerda e direita, mas têm um equilíbrio sempre pra esquerda). Mas, na verdade, é algo como os romances de distopias socialistas ou alguns governos socialistas de verdade, mas de Centro.[3] Ora, qual é o meio-termo entre um Estado comunista, que domina a vida social inteira, e um Estado conservador, sob controle da população, dos capitalistas ou da igreja? É a meia-ditadura ou a meia-liberdade? Ou o capimunismo, que é meio Capitalismo mais meio Comunismo?

E ainda há um outro problema: uma ditadura de pensamento único não precisa ser daquelas que reprimem opositores com força policial truculenta e processos judiciais absurdos. Um pensamento único, criado em cima para ser espalhado para baixo, pode criar repressões no nível horizontal da população geral de uma forma que nem é necessário o simples registro policial do que está acontecendo. Por exemplo, você pode expressar um pensamento politicamente incorreto no seu perfil de rede social e não vai perder o seu perfil, a sua postagem não vai ser apagada, você também não vai a uma delegacia prestar esclarecimento; mas você pode perder uma vaga de emprego ou ter aborrecimentos no seu trabalho atual, por exemplo. Isso me lembrou um artigo da revista INFO de agosto de 2011, intitulado "O lado perigoso das redes sociais"[4], que eu comentei em um texto de agosto de 2015[5]. Aqui vai um trecho do meu texto onde eu cito um trecho desse artigo:

Tudo isso pode ser ilustrado comparando o artigo "Concurso público X Rede social: cuidado com a fase de investigação social", publicado por Thaisa Figueiredo Lenzi no JusBrasil em maio de 2015[6], com o artigo "O lado perigoso das redes sociais", de Gustavo Poloni, publicado na revista INFO em 24 de agosto de 2011. A autora do primeiro diz que "não adianta apenas estudar e dominar a parte teórica do conteúdo programático - é preciso ainda ter muito cuidado com o que você expõe de si nas redes sociais". O autor do segundo diz que "entre as companhias pesquisadas, 60% assumem bisbilhotar a vida dos candidatos [a emprego] no Facebook e metade admite entrar no Twitter"; e cita uma gerente de marketing de uma empresa de recrutamento e seleção dizendo que "as corporações não estão mais preocupadas apenas com as habilidades técnicas dos funcionários".

Descobri enquanto voltava àquele artigo que o título foi mudado para "O lado perigoso do Twitter e do Facebook"[7]. E deixo a observação de que "lado perigoso do Twitter e do Facebook" é como "lado perigoso de denunciar policiais corruptos". Mas chamo a sua atenção para que o artigo é de 2011, eu mesma descobri o texto alguns anos depois (não me lembro se em 2015 ou 2013) e os liberais e os conservadores nunca discutiram nem o texto nem o assunto em si. Até que eles perderam perfis em redes sociais ou empregos na iniciativa privada por desagradar lésbicas sociopatas nas redes sociais, ou, mais recentemente, por postagens politicamente incorretas sobre a CoViD-19.

5) Conclusão (e um pouco sobre sexo)

A minha vida de licenciosidade me deu uns 10 anos de vantagem (em relação aos antiesquerdistas mais espertos) pra entender tudo que eu expliquei até aqui. Eu tenho hoje 31 anos, mas tenho blogues com pornografia desde os 15, além da vida sexual que eu comecei um pouco antes. Não só eu tive o desejo de muitos conservadores de me mandar pra fogueira e muitas feministas de esquerda, pra cadeia. Eu também percebi a construção de toda a censura e toda a repressão que alguns conservadores só viram de uns 3 anos pra cá (ainda pouquíssimos deles), de não poder escrever certas palavras no Twitter ou no Facebook sem suspensão automática, ou não poder falar certas palavras no YouTube ou escrever no título ou na descrição do vídeo sem o vídeo ser apagado. Essa censura veio com a nobre causa do combate ao sexo.

Combate ao sexo e à sexualidade na internet para impedir uma criança de descobrir cenas de sexo e se viciar em pornografia aos 10 anos. Sim, há quem jure que descobriu casos assim. São mulheres pastoras (vamos pular a parte de se a Bíblia permite) e mulheres feministas. O assunto aqui é o Centro, e olha só a média de valores iguais[8]. Isso também se estende ao mercado de trabalho. Uma mulher perde o emprego "normal", sob aplauso dos conservadores e silêncio das mulheres feministas, porque tem uma foto ou um vídeo sensual ou de sexo fora do local de trabalho ou porque fez um filme pornográfico anos antes de estar ali. Eu via a porcaria que ia dar, não era 2010 e eu não tinha 18 anos! Quando foi a vez do liberal-conservador perder o emprego porque atacou o LGBT-Feminismo nas redes sociais ou porque não tomou a vaChina da gripe chinesa, ele não entendeu nada. Ah, a censura era contra a heterossexualidade, pra mãe salvar o filho de 14 anos de ver seios mais bonitos que os dela, ou pro pai afastar homens pedófilos da filha de 15 anos. Na hora em que um menino de 6 anos diz que é gay ou transexual, pau no cu dos conservadores.

E aquela minha adolescência foi numa época em que ainda ouvíamos falar de pessoas que saíam de uma agremiação de esquerda porque a direção era gananciosa ou se aliava à burguesia; ou saíam de uma igreja porque ela teve um desvio doutrinário ou permitiu a entrada de alguma corrente esquerdista. Ainda existiam Conservadorismo e Marxismo como ideias, ou melhor, existia um nível de inteligência humana em que ideias eram levadas a sério. Hoje, no caso do Brasil, muitos querem discutir Política dizendo, com pose de intelectualidade, que esquerda e direita são iguais, ou qualquer pessoa que mencione os esquemas de corrupção do PT é extrema direita.

Se o Centro é uma espécie de negociação entre a esquerda e o Conservadorismo (a direita no sentido da Revolução Francesa é isso), essa negociação de um lado, onde os dois extremos guerreiam com caricaturas um do outro, vai se inclinar para a esquerda; do outro lado, onde os dois extremos se parecem, já está resolvida. E ainda mais nestes pontos, o Centro será literalmente uma ditadura de pensamento único.

NOTAS E REFERÊNCIAS:

[1] Oliver H. Woshinsky. "Explaining Politics: Culture, Institutions, and Political Behavior". Oxon, Inglaterra; New York: Routledge, 2008. pág. 141, 161. Citado em: Wikipedia, verbete "Centrism". https://en.wikipedia.org/wiki/Centrism.

[2] Wikipedia, verbete "Centro (política)". https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_(política).

[3] Se o leitor pensou nos projetos do Great Reset e de crédito social que viu rapidamente em textos meus ou com mais detalhes em outras fontes, não errou, mas a questão que eu trago aqui não é exatamente estes projetos. A questão é que algo nesta direção já pode ser feito, com pouca diferença de natureza em relação à ideia inicial. É por isso que, por exemplo, grandes empresas privadas como as das maiores redes sociais dão espaço ou até proteção para as feministas mais malucas, em vez de tratá-las como loucas repulsivas como a população geral e parte do próprio movimento feminista fazem; enquanto não incomodam os cristãos que fazem discursos clichês e alguns pregadores excêntricos (você nunca viu uma igreja cristã tradicional ter sua página excluída do Facebook); tudo isso enquanto perfis de profissionais do sexo e materiais sensuais femininos ou de sexo hétero podem ser excluídos via denúncia de ambos os lados, como eu perdi um perfil no Twitter porque eu coloquei a minha bonequinha pelada como foto de perfil.

[4] "O lado perigoso das redes sociais", revista INFO, 24 de agosto de 2011. http://info.abril.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/lado-perigoso-das-redes-sociais-24082011-3.shl.

[5] "O moralismo idiota útil da direita: sobre adwares, fotos íntimas em redes sociais, investigação social, anarcocapitalismo e Socialismo", 07 de agosto de 2015, A Vez das Mulheres de Verdade, https://avezdasmulheres.blogspot.com/2015/08/o-moralismo-idiota-util-da-direita.html; e A Vez dos Homens que Prestam, https://avezdoshomens.blogspot.com/2015/08/o-moralismo-idiota-util-da-direita.html.

[6] "Concurso público X Rede social: cuidado com a fase de investigação social", Thaisa Figueiredo Lenzi, Jusbrasil, 27 de abril de 2015. https://thaisafigueiredo.jusbrasil.com.br/artigos/183852844/concurso-publico-x-rede-social-cuidado-com-a-fase-de-investigacao-social.

[7] "O lado perigoso do Twitter e do Facebook", Exame, 24 de agosto de 2011. https://exame.com/tecnologia/o-lado-perigoso-do-twitter-e-do-facebook.

[8] Meus comentários sobre um caso que eu descobri já sem surpresa: "O Puritano-Feminismo episódio 9: algumas mulheres conservadoras e evangélicas se unindo a feministas para censurar a pornografia (e o que mais?)", 12 de dezembro de 2013, A Vez das Mulheres de Verdade, https://avezdasmulheres.blogspot.com/2013/12/o-puritano-feminismo-episodio-9-algumas.html; e A Vez dos Homens que Prestam, https://avezdoshomens.blogspot.com/2013/12/o-puritano-feminismo-episodio-9-algumas.html.

Apêndices

"O lado perigoso do Twitter e do Facebook", Exame, 24 de agosto de 2011. Disponível em https://exame.com/tecnologia/o-lado-perigoso-do-twitter-e-do-facebook.

O lado perigoso do Twitter e do Facebook

Como uma atitude descuidada no Twitter, no Facebook ou no Orkut pode levar alguém a perder o emprego e até a ser deportado numa viagem internacional

Gustavo Poloni

Publicado em 24/08/2011 às 14:16.

São Paulo – Era para ser uma viagem inesquecível. Durante quatro meses, Alberto Azevedo planejou com cuidado suas férias na Austrália. Dias antes de embarcar no voo QF18, da Qantas, publicou um post em inglês no Facebook e no Twitter. DJ nas horas vagas, ele pedia ajuda aos amigos e seguidores para se apresentar em festas enquanto estivesse no país. “Queria tocar um pouco de electro misturado com funk carioca, botar as australianas para dançar e sair bem acompanhado”, diz azevedo, 28 anos, mais conhecido nas pistas de dança como Bebeto Le Garfs. Com a resposta positiva de um amigo australiano, incluiu um HD com músicas e um fone de ouvido entre as camisetas e meias na mala.

Sua viagem para a Austrália entrou, sim, para a história, mas por um motivo bem menos nobre. Questionado no departamento de imigração do aeroporto sobre o motivo da visita, azevedo disse que encontraria amigos no país. Após uma rápida discussão, ouviu dos agentes: seu Twitter diz outra coisa. Os oficiais vasculharam o perfil de Azevedo na rede de microblogs, leram a troca de mensagens com o amigo australiano e o acusaram de tentar ganhar dinheiro no país. Mandado de volta para o Brasil no primeiro avião do dia seguinte, Azevedo conheceu da pior forma o lado perigoso das redes sociais.

Alberto “Le Garfs” Azevedo não é a primeira pessoa a enfrentar problemas por causa da sua vida online. São muitas as histórias de gente que terminou um relacionamento, outros que foram processados ou até presos em função de comentários publicados no Twitter e fotos no Facebook. Nos últimos anos, o número de casos aumentou com a mesma velocidade da popularização das redes sociais. O Facebook já tem 750 milhões de usuários. Isso significa que mais de um em cada dez habitantes do planeta está conectado ao site de mark Zuckerberg. O Twitter acumula 140 milhões de mensagens ao dia. É como se 75% da população brasileira postasse ao menos um comentário a cada 24 horas.

Convite à confusão

Com as redes sociais cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas, é inevitável que muita gente encontre, nelas, uma maneira fácil, rápida e abrangente de se manifestar — e daí para se meter numa confusão é um pulo. “Como se trata de um fenômeno novo, as pessoas ainda não sabem como levar suas vidas online”, diz Luciana Ruffo, psicóloga do Núcleo de pesquisa da psicologia em informática da PUC de São Paulo. “elas acabam expondo coisas que não precisam e, mais importante, que não deveriam.”

Uma das pontas mais visíveis das extravagâncias envolvendo redes sociais pode ser encontrada no mundo corporativo. Postar uma foto bêbado depois da noitada ou fazer um comentário racista pode ser a diferença entre conseguir ou não o emprego dos sonhos. Estudo realizado pela Jobvite, uma rede social de recrutamento, mostra que 92% das empresas americanas já usaram ou planejam usar as redes sociais no processo de contratação. E engana-se quem pensa que elas acessam apenas sites como o corporativo LinkedIn. Entre as companhias pesquisadas, 60% assumem bisbilhotar a vida dos candidatos no Facebook e metade admite entrar no Twitter.

Quando a Jobvite realizou a mesma pesquisa em 2008, os dois sites sequer apareciam na lista. “As corporações não estão mais preocupadas apenas com as habilidades técnicas dos funcionários”, afirma Andreza Santana, gerente de marketing sênior do Monster, portal de recrutamento e seleção. “Elas querem saber também das habilidades emocionais e sociais. E as redes sociais escancaram essas características das pessoas.” Pesquisa da agência de recrutamento Robert Half com 2 500 executivos mostra que 44% dos brasileiros desclassificariam um candidato no processo de seleção por seu comportamento no Facebook, no Twitter ou no Orkut.


No Brasil, o uso de redes sociais na contratação de funcionários é quase um tabu. A operadora de telefonia e banda larga GVT é uma das empresas que admitem usá-las no recrutamento. Funciona assim: os analistas de RH entram no LinkedIn para checar se o candidato tem o currículo adequado para a vaga. Se tudo estiver de acordo, eles partem para o Facebook. Lá, todos os detalhes são levados em consideração: desde as páginas que o candidato curte, o número de amigos, as fotos e até os assuntos comentados.

“É nas redes sociais que você sabe como o profissional se comporta no dia a dia”, diz George Bettini, gerente de RH da GVT. “Só uma conversa não é capaz de revelar todos os detalhes.” A GVT evita, por exemplo contratar para uma vaga no call center alguém que tenha um perfil no Facebook considerado explosivo. Não há lei que proíbe as empresas de acessar o perfil de candidatos e funcionários nas redes sociais. “O que não pode é usar meios escusos para abrir o acesso”, diz o advogado trabalhista Marcos Alencar.

Adeus, emprego

O jornalista Gustavo Longo não conhecia os riscos que corria ao publicar mensagens polêmicas em seu perfil do Twitter até quando decidiu disputar uma vaga de estagiário na TV Globo de São Paulo. Nascido em Porto Ferreira, no interior do estado, ele teve um bom desempenho na prova escrita e na dinâmica de grupo. O jovem de 23 anos foi chamado para uma última entrevista, que desta vez reuniria representantes do RH e jornalistas esportivos da emissora, como Tiago Leifert.

Durante a conversa, o apresentador do Globo Esporte sacou dois tuítes que havia encontrado em sua timeline e perguntou se Longo achava correto chamar o presidente do Santos de ladrão num espaço público. Acuado com a pergunta, Longo defendeu-se dizendo que se tratava de uma conta pessoal. “Soube ali que se fosse contratado pela Globo, meu perfil e tudo o que posto na internet ficariam relacionados à emissora”, disse Longo. O resultado do descuido? O estudante não conseguiu o estágio. “Quando saí da entrevista, tive certeza de que aquilo havia acabado com minhas chances de trabalhar na empresa”, disse Longo. Procurado pela INFO, Leifert admitiu analisar os perfis nas redes sociais. “É um dos vários recursos na hora de avaliar candidatos”, afirmou o apresentador.

Weinergate

O jovem jornalista nunca vai saber ao certo se os comentários foram ou não a causa da sua desclassificação do processo de seleção. Em outros casos, o papel das redes sociais é determinante. Em meados de junho, o democrata Anthony Weiner viu-se obrigado a renunciar ao cargo de deputado por Nova York depois de enviar uma foto de cueca para uma estudante pelo Twitter. Flagrado, o congressista, casado há um ano, negou que fosse o responsável pelas imagens, disse que seu perfil havia sido invadido e ainda fez piada com o que chamou de “infortúnio”. “Televisão quebrada, Facebook hackeado. Será que o meu liquidificador vai me atacar? A torradeira é muito leal”, dizia um de seus tuítes logo após o início do que ficou conhecido como Weinergate.

A farsa durou pouco tempo. Dias depois, o deputado admitiu manter, nos últimos três anos, relações sexuais virtuais com seis mulheres, entre elas uma estudante universitária, uma mãe solteira e uma atriz pornô. Deslizes como o de Weiner são comuns nos Estados Unidos. No início do ano, o responsável pela conta no Twitter da montadora Chrysler foi demitido. O motivo? Um post que dizia: “É curioso Detroit ser chamada de cidade dos carros e ter tanta gente que não sabe dirigir”.


Manual de conduta

O aumento do número de casos de pessoas que usam as redes sociais para falar e fazer o que não deveriam fez piscar uma luz amarela no departamento de RH das organizacões. Um tuíte fora do lugar pode dar início a uma crise institucional. O primeiro a que se teve notícia foi o caso da Locaweb. Após um clássico contra o São Paulo, time patrocinado pela companhia, o corintiano Alex Glikas, diretor comercial da empresa, provocou a torcida do São Paulo pelo Twitter. A repercussão foi tão negativa que ele acabou demitido. Mas foi recontratado oito meses depois.

A Locaweb faz parte de uma estatística que não para de crescer. Pesquisa da fabricante de soluções de segurança Proofpoint revela que 7% das organizações americanas já demitiram um empregado por causa das redes sociais. Para evitar o problema, cada vez mais as intituições estão fazendo um manual de conduta nas redes sociais. A Tecnisa é uma delas. Considerada um case por usar bem a internet, tem no forno uma cartilha que, entre outras coisas, impede os funcionários de fazer posts com o nome da empresa.

“É uma forma de se proteger juridicamente”, afirma Romeo Busarello, diretor de internet da Tecnisa. “Se um funcionário cometer algum deslize e eu quiser demiti-lo, ele não pode reclamar.” As companhias podem recomendar um comportamento nas redes sociais, mas não controlar a vida pessoal dos empregados. “A empresa não pode pedir para tirar do perfil uma foto por achar que pega mal para a corporação”, diz o advogado Alencar.

Seis horas por dia na rede

Os problemas causados pelas redes sociais no mundo corporativo são um reflexo do comportamento do brasileiro na internet. De acordo com o instituto de pesquisas E.life, 42,5% dos internautas ficam mais de 41 horas por semana conectados. São quase seis horas diárias de navegação. Entre as principais atividades online, destaques para o Facebook, o Twitter e os programas de bate-papo, como o MSN.

A situação é parecida nos Estados Unidos. Por lá, os usuários gastam um em cada seis minutos do dia navegando pelas redes sociais, o dobro do tempo registrado há quatro anos. A compulsão deu origem até a uma nova síndrome, batizada de Fomo, ou Medo de Ser Excluído, na sigla em inglês. A síndrome desperta uma mistura de ansiedade, irritação e um sentimento de falta de adequação quando uma pessoa entra na sua conta do Twitter, do Facebook ou do Foursquare e percebe que os amigos estão se divertindo e postando fotos numa festa de arromba, para a qual ela não foi convidada. “Esse medo sempre esteve presente nas pessoas”, diz Sherry Turkle, professora de estudos sociais, ciência e tecnologia do MIT (Massachusetts Institute of Technology). “Mas ele fica mais forte graças às ferramentas sociais.”

Superexposição

O aumento do tempo que as pessoas passam na internet dá origem a um círculo vicioso. Quanto mais elas ficam online, mais se expõem. E quanto mais se expõem, mais criam problemas. “Tem gente que publica coisas nas redes sociais que não diria em público”, diz Manoel Fernandes, diretor da consultoria de estratégias digitais Bites. “Elas têm um celular na mão, o Facebook no computador e não estão nem aí para o resto.” Os números levantados pelo site Retrevo, que analisa a relação entre consumidores e tecnologia, mostram que um em cada três americanos já se arrependeu de ter escrito um post.

O número cresce para 54% quando os internautas têm menos de 25 anos. “As pessoas escrevem no Twitter ou no Facebook como se estivessem falando na sala de estar de casa”, afirma o procurador Adilson do Amaral Filho, coordenador do grupo de combate a crimes cibernéticos do Ministério Público Federal. “Elas esquecem que é o mesmo que gritar em praça pública para todo o mundo ouvir.”


A metáfora do procurador Amaral Filho tomou forma no início do ano, durante as revoluções que varreram o mundo árabe. Milhões de pessoas foram às ruas do Irã, do Egito e da Síria para protestar contra os ditadores que há muitos anos governavam esses países com mão de ferro. As manifestações foram organizadas por ativistas por meio de redes sociais, em especial o Twitter. Em alguns casos, os manifestantes conseguiram derrubar o regime. Em outros, não tiveram a mesma sorte.

O que pouca gente sabe é que as mesmas redes sociais que ajudaram no levante, agora são responsáveis por calar ativistas. No final de maio, o governo de Mahmoud Ahmadinejad mandou o iraniano Houshang Fanaian para trás das grades. A acusação? Suas atividades online. “As redes sociais são muito fáceis de rastrear e monitorar”, diz Evgeny Morozov, jornalista bielo-russo e autor do livro A Desilusão da Rede: O Lado Obscuro da Liberdade na Internet. “Se você quer organizar uma revolução no Twitter, lembre-se de que suas ações serão visíveis para todo o mundo.”

Traição revelada

Foi vasculhando as redes sociais que a carioca Deborah Calazans, 26 anos, resolveu colocar um ponto final no seu casamento. Ela se mudou do Rio de Janeiro para Brasília depois de dois anos de namoro, para acompanhar o ex-marido, que havia sido transferido para um quartel na capital federal. Tudo ia bem até que, ao acessar a internet do computador do casal, Deborah encontrou uma conta de e-mail desconhecida. “Perguntei a ele se alguém tinha ido ao apartamento enquanto estava fora”, disse Deborah. A resposta foi negativa. Desconfiada, ela resolveu investigar e encontrou um perfil suspeito no Orkut. “As amigas em comum e o apelido Carioca seguido da inicial do nome dele me fizeram acreditar que aquele perfil era o do meu marido”, diz Deborah.

A coisa só piorou com as mensagens comprometedoras publicadas por mulheres na página. Depois de dois anos de casamento, Deborah voltou para o Rio. Indiscrições e traições nas redes sociais são apontadas como o principal fator para o fim de muitos relacionamentos. Nos Estados Unidos, um em cada cinco pedidos de divórcio traz a palavra Facebook. Para 81% dos advogados que trabalham com direito de família, esse número só tem aumentado.

Regras simples

Não é difícil evitar que um perfil nas redes sociais vire uma fonte de problemas. É só seguir regras simples e ter bom-senso. Alberto Azevedo, o DJ deportado da Austrália, nunca foi muito preocupado com privacidade. Tuíta várias vezes ao dia sobre assuntos variados. Comenta baladas, diz o que vai comer no jantar e faz check-in por todos os lugares por onde passa. Foi essa superexposição que acabou lhe rendendo a extradição. Azevedo foi parado na imigração australiana por um motivo banal: estava sem a carteira de vacinação. Sentado num banco, foi informado por um oficial de que não poderia ficar com o celular naquela área. Sem se preocupar, entregou o aparelho. Foi seu erro.

O agente aproveitou que o telefone não tinha senha e acessou a conta de Azevedo no Twitter. Viu então a troca de mensagens com o amigo australiano. O DJ foi levado para um centro de detenção de imigrantes, onde passou a noite. “Achava que iriam perceber o absurdo e que me deixariam entrar na Austrália”, diz Azevedo, dono de um albergue em São Paulo. “A primeira coisa que fiz ao voltar para o Brasil foi restringir o acesso ao meu Twitter e mudar a privacidade no Facebook.” Alberto Azevedo pretende viajar de novo nos próximos meses e quer aproveitar para tocar em alguma festa. Com uma diferença: só vai fazer contato pelo mundo real. E quando já estiver no país.

"Concurso público X Rede social: cuidado com a fase de investigação social", Thaisa Figueiredo Lenzi, Jusbrasil, 27 de abril de 2015. Disponível em https://thaisafigueiredo.jusbrasil.com.br/artigos/183852844/concurso-publico-x-rede-social-cuidado-com-a-fase-de-investigacao-social.

Concurso público X Rede social: cuidado com a fase de investigação social

Publicado por Thaisa Figueiredo Lenzi

Segunda-feira, 27 de abril de 2015 18:53:17

Quero chamar a atenção para uma situação extremamente importante para aqueles que estão se preparando para concursos públicos. Não adianta apenas estudar e dominar a parte teórica do conteúdo programático - é preciso ainda ter muito cuidado com o que você expõe de si nas redes sociais.

Digo isso, porque existem muitos concursos públicos que possuem a fase de investigação social, fase esta tão relevante quanto às demais, pois tem caráter eliminatório, ou seja, você pode ter passado em todas as fases anteriores, mas se a banca constatar alguma situação que desabone a sua pessoa, você pode ser eliminado do concurso público sem direito a contraditório e ampla defesa (em âmbito administrativo).

A investigação social analisa a conduta moral e social do candidato no decorrer de toda sua vida, visando aferir o padrão de comportamento diante das normas exigidas, em razão das peculiaridades do cargo que exigem a retidão, lisura e probidade do agente público.

Os tribunais entendem pela possibilidade de exclusão dos candidatos na fase de investigação social em razão da má conduta falta de idoneidade dos aspirantes ao cargo público, vejamos algumas decisões:

“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO CONCURSO PÚBLICO INVESTIGAÇÃO SOCIAL INEXATIDÃO E OMISSÃO DE INFORMAÇÕES INAPTIDÃO JUÍZO DISCRICIONÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO. Candidata considerada inapta em concurso público. Investigação social que revelou fatos desabonadores relacionados à avaliação da conduta e idoneidade da impetrante, tanto no ambiente social quanto profissional, sendo constatada omissão de dados e informações relevantes quando do preenchimento do Formulário de Investigação Social. Previsão legal e editalícia de exclusão do candidato que apresentar informações inexatas. Matéria que se insere no âmbito do juízo discricionário da Administração. Segurança denegada. Sentença mantida. Recurso desprovido.” (TJ-SP - APL: 10289289120148260053 SP 1028928-91.2014.8.26.0053, Relator: Décio Notarangeli, Data de Julgamento: 15/04/2015, 9ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 16/04/2015)

“Concurso público para ingresso na Polícia Militar do Estado de São Paulo (Soldado PM 2ª Classe) Pretensão de decretação de nulidade do ato de reprovação de candidato em fase de investigação social, com a consequente reinserção deste no certame Juízo discricionário da Administração, conforme previsão editalícia e legal. Recurso improvido” (Apelação nº 0029433-36.2013.8.26.0053, 9ª Câmara de Direito Público, Rel. Carlos Eduardo Pachi, j. 03/09/14)”.

“Mandado de Segurança - Concurso público - Candidato ao cargo de agente de segurança penitenciária - Inaptidão na fase de comprovação de idoneidade e conduta ilibada na vida pública e privada - Omissão de informação relevante quando questionado - Candidato que sofreu indiciamento Hipótese de omissão que acarreta desclassificação do certame prevista no edital - Legalidade da desclassificação - Recurso desprovido” (Apelação nº 0028619-29.2010.8.26.0053, 11ª Câmara de Direito Público, Rel. Des. Oscild de Lima Junior).

Vale lembrar que o mundo virtual tem consequências no mundo real, e estas consequências podem ser muito prejudiciais para aqueles que querem ter um cargo público efetivo.

Não acredite que você pode fazer tudo na internet. Ao mesmo tempo em que você tem acesso a um mundo de informações, esse mesmo mundo tem acesso a tudo sobre você.

Selecionei algumas dicas de conduta básica que reputo importantes a todas as pessoas, em especial aos que estudam para concursos públicos:

1- Evite fazer fotos íntimas, isso é muito importante, pois você nunca sabe se aquele (a) namorado (a), marido, esposa será seu ex namorado (a), marido, esposa. Nunca se sabe o dia de amanhã, então, evite esse tipo de exposição.

2- Evite comentários maldosos e atitudes desrespeitosas. Seja com quem for e sobre o que for, seja educado, evite xingamentos desnecessários e maldade deliberada. Você pode até esquecer o que escreveu, mas uma vez postado, não há como voltar atrás.

3- Cuidado com a ortografia. Escreva bem, use as palavras de forma correta, se tiver alguma dúvida, consulte o Google.

4- Seja um ativista virtual de conteúdos relevantes e importantes para sua área de atuação. Escreva sobre assuntos interessantes que acrescentem algo de positivo sobre você.

5- Use as redes sociais de maneira construtiva. Seja focado e busque as informações que realmente agregam valor. Sabemos que é muito fácil se perder na rede com conteúdos absolutamente triviais e sem relevância alguma.

São pequenos cuidados que podem fazer uma grande diferença no momento em que você for avaliado pela banca examinadora, pois a fase de investigação social é o momento em que o candidato é realmente conhecido, avaliado e julgado apto, ou não, à nomeação e posse em um cargo público.

Thaisa Figueiredo Lenzi

Esp. Direito Administrativo e Administração Pública

Advogada, Especialista em Direito Administrativo e Administração Pública pela Universidade Federal de Mato Grosso, escritora de artigos jurídicos.Sócia do escritório Figueiredo & Lenzi Advocacia

Texto original em português sem fotos e vídeos de putaria no A Vez das Mulheres de Verdade: "O futuro é o Centro (inclusive o futuro da esquerda)", https://avezdasmulheres.blogspot.com/2022/08/o-futuro-e-o-centro.html.
Texto original em português com fotos e vídeos de putaria no A Vez dos Homens que Prestam: "O futuro é o Centro (inclusive o futuro da esquerda)", https://avezdoshomens.blogspot.com/2022/08/o-futuro-e-o-centro.html.
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Angel Wicky and Valentina Nappi welcome their new neighbor with a hardcore threesome

For those who don't know the actresses, Angel Wicky is the Czech blonde and Valentina Nappi is the Italian brunette. Excluding the part of them licking each other, it's a nice good neighborhood act.

Angel Wicky e Valentina Nappi dão as boas-vindas ao novo vizinho com um trio hardcore

Para quem não conhece as atrizes, Angel Wicky é a loira tcheca e Valentina Nappi é a morena italiana. Excluindo a parte delas lambendo uma à outra, é um bom ato de boa vizinhança.

Angel Wicky et Valentina Nappi accueillent leur nouveau voisin avec un trio hardcore

Pour ceux qui ne connaissent pas les actrices, Angel Wicky est la blonde tchèque et Valentina Nappi est la brune italienne. En excluant la partie d'elles se léchant, c'est un bon acte de bon voisinage.

Angel Wicky y Valentina Nappi dan la bienvenida a su nuevo vecino con un trío hardcore

Para quien no conozca a las actrices, Angel Wicky es la rubia checa y Valentina Nappi la morena italiana. Excluyendo la parte de ellas lamiéndose, es un buen acto de buena vecindad.

Angel Wicky e Valentina Nappi accolgono il loro nuovo vicino con un trio hardcore

Per chi non conoscesse le attrici, Angel Wicky è la bionda ceca e Valentina Nappi è la mora italiana. Escludendo la parte in cui loro si leccano, è una bello atto di buon vicinato.

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