sábado, 8 de abril de 2017

O Puritano-Feminismo episódio 33: página antifeminista publica texto feminista (Ou: Direita cristã, acabou! - parte 30)

Texto sem título de Aava Santiago no Facebook

Presença de Anitta - a garota que foi abusada na infância e depois virou uma "ninfeta safada" de 18 anos que seduz e destrói a vida um pai de família (interpretado por José Mayer);

Laços de Família - esse mesmo ator interpreta Pedro, que se envolve com várias mulheres, fazendo todas se odiarem. Uma delas é uma menor de idade, interpretada por Debora Secco, com quem ele tem relacionamentos sexuais agressivos como forma de "corretivo". Na mesma novela mãe e filha disputam o mesmo homem;

Avenida Brasil - o empresário Cadinho se envolve com três mulheres lindas, ricas e poderosas, que abrem mão do conforto e, sobretudo, da dignidade para viver com ele na pobreza mesmo depois de se descobrirem enganadas;

Ligações Perigosas - o personagem Augusto, vivido por Selton Mello, entra no quarto de Cecília, estupra a personagem, que depois se apaixona por ele;

Verdades Secretas - o milionário empresário Alex se apaixona pela personagem Angel (???), de 16 anos, com quem vive um tórrido romance, a ponto de se casar com a mãe dela para ficar perto da moça. A trama termina com o suicídio de uma mulher e com outra se tornando homicida;

Império - O charmoso e sedutor Comendador, vivido por Alexandre Nero, casado com Marta, mantém uma mulher mais jovem que sua filha como amante. O galante morre no final, deixando as duas com nítido sentimento de viuvez;

Da cor do pecado - O título da novela faz referência à cor de sua protagonista, Taís Araújo, cujos "dotes" de sedução são associados à sua negritude;

BBB - participante Laercio confessa embebedar adolescentes para fazer sexo com elas e, em sua saída, Pedro Bial diz "venha para fora com suas Anittas e Lolitas";

Escolinha do professor Raimundo - a personagem Marina da Glória sempre responde errado às perguntas, porém com sua voz sexy e seu "jeito insinuante", acaba tirando 10;

Angélica e Xuxa - as duas apresentadoras eram, ainda menores de idade, hipersexualizadas em programas para crianças, a ponto do jornal o Estado de São Paulo dizer que Xuxa povoava os mais secretos pensamentos infantis. O mesmo jornal anunciou que a TV manchete agora poderia fazer frente à audiência de Xuxa, pois havia contratado a estonteante ninfeta Angelica, à época com 13 anos;

Globeleza - globeleza;

somando-se a esses exemplos as incontáveis passadas de mão, beijos roubados, assédio moral e sexual em ambiente de trabalho que depois viram romance, etc, etc.

Quando a Rede Globo diz, em nota, que "repudia qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito" É UM DEBOCHE!

A REDE GLOBO SEMPRE HIPERSEXUALIZOU NOSSOS CORPOS, RIDICULARIZOU E DESPREZOU DE NOSSAS POTENCIALIDADES, ROMANTIZOU ABUSOS, VIOLÊNCIAS E HUMILHAÇÕES CONTRA TODAS AS MULHERES, RICAS E POBRES, E MAIS VIOLENTAMENTE AINDA CONTRA MULHERES NEGRAS E ATUOU FORTEMENTE NA NATURALIZAÇÃO DA CULTURA DO ESTUPRO, DA PEDOFILIA E DA EXPLORAÇÃO SEXUAL.

NÓS NÃO VAMOS CAIR NESSA.

Aava Santiago, 04 de abril de 2017 às 18:18, https://www.facebook.com/aava.santiago/posts/1341514742564693.

A treta

Aava Santiago compartilhou a foto de Moça, não sou obrigada a ser feminista ² — sentindo-se confusa.

08 de abril de 2017 às 10:29

GENTE EU TO LOCA cês lembram quando veio uma moça "antifeminista" debater comigo na radio, uma das donas da página Não Sou Obrigada a Ser Feminista? Ela dizia que o feminismo não produzia nada em favor das mulheres e tal. Qual não foi a minha surpresa em acordar e meu texto estar nessa página e SEM CRÉDITOS.

Nesse episódio, quem produziu o quê?

Feminismo: 01 um textão viralizado sobre abusos romantizados e naturalizados na maior TV Aberta da América do Sul;

Antifeminismo: 01 plágio.

Info bônus: na época em que eu debati com uma delas na radio, elas colocaram o meu perfil pessoal na tal página, o que ocasionou em enorme transtorno porque os seguidores (maioria homem) entraram aos montes pra me xingar e até ameaçar. Podiam repetir a iniciativa agora, só que no meu texto.

Me ajudem a avisar o que o feminismo está produzindo?

Moça, não sou obrigada a ser feminista ²

07 de abril de 2017 às 19:32

[Postagem em https://www.facebook.com/forafeminismo6/photos/a.1186929661425071.1073741826.1186598764791494/1258956517555718 com uma foto e o texto anterior menos os dois últimos parágrafos (até "É UM DEBOCHE!")]

Aava Santiago E isso também tá acontecendo aqui https://www.facebook.com/dollynhopuritano2.0/posts/1428985427171837:0

Atribuindo a um tal de Joao Marcello Ustra (que me bloqueou quando eu avisei que o texto era meu)

Dollynho Puritano 2.0

07 de abril de 2017 às 13:54

[Idem]

(https://www.facebook.com/aava.santiago/posts/1345662262149941)

Minha mensagem para a autora

Oi. Eu li o seu texto sobre a Rede Globo e a sua postagem comentando o plágio dele na "Moça, não sou obrigada a ser feminista ²". Eu vou criticar os dois lados, mas para não parecer que eu finjo imparcialidade, vou começar por vocês. Se a Rede Globo apoia o suposto assédio sexual promovido por José Mayer, você aplaude e incentiva a falsa acusação contra Heberson Lima de Oliveira, acusado de estuprar uma menina de 9 anos quando ele nem estava no mesmo bairro e preso por dois anos sem julgamento. Para citar apenas um caso de estupro da justiça reconhecido pelo próprio Poder Judiciário e divulgado na grande imprensa, e um dos 5 só no artigo "Da série Julgamentos Históricos: as mazelas de Héberson Lima, André Biazucc e outros injustiçados" do Justificando. Se a Rede Globo "romantizou abusos, violências e humilhações contra todas as mulheres", o Feminismo promoveu a depreciação do homem. Temos feministas que defendem o genocídio de homens. Temos números crescentes de assassinatos de seres humanos no Brasil, mas só importam aqueles em que a vítima tinha uma vagina. Mais: agora matar uma mulher é legalmente pior que matar um ser humano.

Da parte de copiarem o seu texto (ou quase todo ele) sem lhe dar os créditos, isso foi mesmo feio e realmente pegou mal para quem copiou e quem compartilhou com autoria falsa. Mas o que me chama a atenção é uma coisa muito pior por trás disso, que vale para os dois lados: por que uma mulher conservadora plagiaria um texto de uma mulher feminista e por que basta tirar um ou dois parágrafos para nem parecer que o texto não é dela? Porque as ideias das duas se parecem e a diferença está em jargões. No caso, foi sobre a "hipersexualização da mulher". Sem sexualização, não existe diferença entre homem e mulher, ou as que existem não fazem sentido. Por que respeitar um homem é dar um bom tratamento e olhar para o corpo de uma mulher é desrespeito a ela? Melhor: por que uma mulher com "curvas generosas" deve receber um cargo político ou de chefia por ser mulher, mas não pode receber uma olhada de um homem na rua? A diferença entre a mulher conservadora e (quase sempre) a mulher feminista é que para a primeira, sexo é pecado para a última, sexo é estupro.

Ah, e você publicou o seu texto enquanto eu escrevia "O poder do debate interno do Feminismo real (Juliana Paes e Rede Globo, notas de 3 dias)". E descobriu o plágio da "Moça, não sou obrigada a ser feminista" dois dias depois que eu escrevi sobre a página Garota Conservadora compartilhar a postagem de um homem feminista.

Um abraço hétero.

Atualização 1

Obrigada à Bruna Tenório por ter dado a autoria, marcando a Aava Santiago. Também foram lá dar bronca: Aline Mariano, Camila Wu, Iago Pacheco, Aline Dantas e Deisymara Abreu. Podem ser amigos da autora, ou só pessoas que tinham visto o texto, mas todos se manifestando "só" por isso fica como lição para nós.

Atualização 2 (na postagem do "Moça, não sou obrigada a ser feminista ²")

*Eu, adm Rafael Zucco, vi esse texto rolando em várias páginas e republiquei aqui, sem a autora, disseram ser de Aava Santiago (feminista), não vejo problema nisso, somos anti-feminismo, pois sabemos a fundo pelo que esse movimento luta e por quem é financiado, mas nunca contra bons argumentos e ideias, o dia que feministas forem a favor de que menores estupradores e assassinos merecem ir para cadeia (ver ideia legislativa: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=65482), iremos comprar a mesma briga.

Abigail Pereira Aranha

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