sexta-feira, 28 de abril de 2017

Introdução à comunicação com pré-humanos - parte 1

Abigail Pereira Aranha

Para uma pessoa canalha ou de mente fragmentada, a linguagem humana é um meio de ação no mundo real, não um meio de expressão ou de transmissão de informações ou ideias. Uma linguagem humana criada para ser usada entre um grupo de pessoas normais não tem só regras de gramática, de sintaxe, de ortografia. Ela é uma regra geral de comunicação. Qualquer palavra ou elemento não-verbal tem vínculo com algum objeto do mundo real, de um conjunto criado ou da própria linguagem. Aquelas pessoas que usam a linguagem humana sem essa preocupação com o mundo real ou que recebem a linguagem humana dessas primeiras sem a consciência de o que é a linguagem humana, eu chamo aqui de pré-humanas. Não as chamo de animais porque pelo menos os animais domésticos sabem usar e receber a linguagem. Quem tem um gato ou um cachorro de uns 5 anos sabe que ele entende algumas palavras da linguagem humana e, por exemplo, um assovio; e sabe também que ele usa alguns sinais para se comunicar com os humanos dele (por exemplo, mexe no portão quando quer sair da casa). Os pré-humanos, quando conhecem o mundo real, mal passa do suficiente para parecer erudito e conhecer a reação das pessoas de mentalidade normal a certas palavras ou elementos não-verbais. É com isso que podemos entender o movimento esquerdista. Vou dar alguns exemplos.

1) A pessoa pré-humana não entende o que vê, não entende o que ouve, não entende o que ela mesma diz e, por isso mesmo, entende que as outras pessoas têm as mesmas deficiências. Então, o pré-humano acha que está sendo claro quando não diz nada ou apenas repete o que disse, em geral porque está acostumado a dar indiretas a quem não é do seu tamanho ou tem educação suficiente para não mandá-lo pro Inferno.

2) Quando a pessoa diz "X é X" ou "X é X, Y é Y", ela acha que diz uma informação poderosa exatamente porque não entende o que está dizendo. Uma coisa é igual a ela mesma é um caso de uma estrutura lógica chamada tautologia, que só pode ter valor de verdade verdadeiro. Se essa pessoa lê a frase anterior, ela entende que quando eu digo que "X é X" só pode ser verdadeiro, eu digo que é indiscutível que o primeiro X é o Z que ela pensa que disse; ou que quando eu digo que "X é X, Y é Y" só pode ser verdadeiro, eu digo que é indiscutível que o segundo X e o segundo Y são coisas diferentes.

3) A pessoa pré-humana pode usar o truque de teatralizar um conhecimento da língua pátria. Quando a pessoa, por exemplo, diz que usou uma conjunção quando usou uma preposição ou que usou o pretérito do subjuntivo quando usou o futuro do pretérito, a farsa fica mais óbvia para quem tem o conhecimento da língua pátria. Mas o que essa pessoa faz com frequência nas redes sociais, e o truque funciona cada vez menos, é copiar um trecho de uma obra que não tem relação com o que ela pensa que responde.

4) A pessoa pré-humana pode usar a ironia, que é o uso de um absurdo para reforçar a verdade, para dizer o absurdo usando a verdade como se fosse ela o absurdo. Isso acontece porque a pessoa não sabe perceber a realidade como realidade, ou interage com pessoas que acredita que não sabem.

5) Os esquerdistas dos países democráticos costumam falar mal de escritores e jornalistas sem dizer o título de um artigo que eles tenham escrito. Eles desmascaram autores de 15 livros ou 1.000 artigos de jornal juntando histórias reais ou imaginárias do que eles fizeram há 30 anos atrás. É pior do que falta de argumentos. É incapacidade mental para lidar com a verdade ao ponto de sequer debater com uma pessoa real.

6) A pessoa pré-humana pode falar com outra e não ouvir o que a outra diz. Um exemplo: o pré-humano faz uma pergunta, ouve a resposta e repete a pergunta como se não tivesse ouvido a resposta. Outro exemplo: o pré-humano diz uma coisa, ouve uma resposta que mostra que ele disse bobagem e continua falando o que disse no começo.

7) A pessoa pré-humana pode atacar ideias que ninguém defenderia ou defender ideias que ninguém atacaria, pelo menos não abertamente, como se fosse um soldado em uma cidade repleta de inimigos. A pessoa pode pegar uma ideia absurda ou um termo absurdo sem qualquer lastro na realidade, não raro sem sequer coerência interna, para descrever o mundo real. Aí, uma ideia como "cultura do estupro" ou "erotização infantil", que uma pessoa normal nem daria atenção de tão grosseiramente absurdo, pode ser a base para um artigo de jornal, um livro ou mesmo um encontro de especialistas em uma universidade. Aqui, eu esclareço que os pré-humanos não são só esquerdistas, os conservadores ou tradicionalistas em geral também são pré-humanos.

Ainda vou dar um exemplo de 2015 no Brasil para esclarecer o problema. Um artigo da revista Carta Capital diz que as emissoras de televisão receberam quase 14 bilhões de reais de verba publicitária do governo PT;[01] um artigo do mês seguinte da página do PT menciona, com uma certa alegria, uma pesquisa que diz que "13,2% confiam sempre no que a mídia publica, contra 21,2% não confiam nunca", sendo quase 5% os que disseram que a imprensa era a instituição em que mais confiavam.[02] No segundo semestre de 2014 e no primeiro de 2015, o povo brasileiro não confiava cada vez menos só na imprensa e na televisão, também acreditava cada vez menos no governo Dilma Rousseff. Mas se a "mídia" estava dando o que os aliados do PT chamam de golpe, por que recebeu 14 bilhões de reais em 12 anos até então? Mas se quando eles falavam de "PIG" (Partido da Imprensa Golpista), era só teatro (e era), vamos imaginar uma cena. Dilma Rousseff ainda está na Presidência da República e liga pro dono da Rede Globo.

- Você viu a pesquisa? Eu te paguei meio bilhão ano passado pra você fazer esta m%$£@? A sua credibilidade está indo pro buraco e levando a minha junto. Resolve essa p¢$$@ aí. Melhora a sua imagem aí porque você tem que me tirar da m%$£@. Eu já tenho 60% de rejeição, eu não posso cair, p¢$$@! Você quer me f#£%$?

Se esta conversa nunca aconteceu, o que é muito provável, por que o PT usou dinheiro público para propaganda dele mesmo disfarçada de propaganda da Administração Pública, uma campanha publicitária bilionária não deu o resultado que era esperado e nem parece que o cliente está possuído de raiva por isso? Porque isso foi um uso pré-humano da comunicação de massa. Ninguém pensou em fazer alguém que votou em Aécio Neves ou Levy Fidelix em 2014 gostar da Dilma, isso não foi uma campanha publicitária normal como uma propaganda de refrigerante. A propaganda pró-PT era para quem já era simpatizante do PT; se a propaganda era de baixo nível intelectual, também era para quem tinha baixo nível intelectual mesmo que não fosse entusiasta de Lula e Dilma. Essa fala na comunicação de massa era para os simpatizantes do PT e os idiotas se sentirem representados e os inteligentes antiesquerdistas se sentirem sozinhos. Se não fosse a internet, isso poderia ter dado certo. Mas se houve uma série de manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff organizada principalmente nas redes sociais e elas conseguiram seu objetivo, isso prova que os do outro lado chegaram a um nível de decadência mental em que não conseguem perceber a fraqueza das próprias mentiras. O que não significa que os farsantes se dêem mal. A fala em si (pode ser também um texto escrito, por exemplo) tem efeitos que podem atender os objetivos do pré-humano.

Esses motivos para o investimento da esquerda em uma imprensa cada vez menos crível são os mesmos pelos quais um governo de esquerda investe mais em educação e não consegue aumentar nada além das taxas de semianalfabetos, delinquentes e militantes parasitas dentro das escolas e das universidades. E o público não sabe quando todas as universidades públicas do Brasil estão em greve há três meses, e uma tese de pós-graduação ou um artigo acadêmico é desconhecido na universidade onde foi publicado.

Então, como se comunicar com um pré-humano? Vou dar uma resposta geral rápida.

1) Tenha você mesmo uma integridade mental e linguística junto com uma inteligência psicológica. Por que você sente raiva, piedade ou constrangimento em relação a uma pessoa? Por que uma coisa, um conjunto de palavras, uma expressão facial te deixa sem graça, ou irritado? Você consegue descrever isso em palavras? Você já explicou o significado de uma palavra que você usa com frequência para alguém que nunca a ouviu antes, ou conseguiria fazer isso se fosse o caso? Você tem um medo de alguma coisa e conseguiria explicar porque esse medo é razoável em palavras? Aliás, você sabe por que choramos, temos medo, temos raiva, etc? O pré-humano tem uma parte considerável dele próprio que ele bloqueia para a análise racional. Daí, qualquer habilidade profissional ou bagagem de informações é dedicada a alimentar a farsa pessoal ou a vaidade. O caso da mulher feia e sexualmente frustrada que se destaca no meio técnico-acadêmico é uma ilustração rápida bem conhecida.

2) Não discuta ideias, discuta a pessoa. Argumentos em torno de ideias são para conversas honestas com pessoas com integridade mental. Os canalhas têm de ser expostos ao público e os fracos têm de ser expostos a si mesmos.

3) Desenvolva o bom humor e o humorismo. Os pré-humanos em geral se incomodam com pessoas que parecem felizes, e se incomodam mais ainda com o risco de serem desmascarados pelo ridículo.

4) Juntando os três ítens anteriores: use a comunicação não-verbal do pré-humano contra ele mesmo.

NOTAS:

[01] "Publicidade federal: Globo recebeu R$ 6,2 bilhões dos governos Lula e Dilma", Carta Capital, 29 de junho de 2015, https://www.cartacapital.com.br/blogs/midiatico/emissoras-de-tv-receberam-mais-de-r-10-8-bilhoes-publicidade-federal-7609.html.

[02] "Maioria dos brasileiros não confia na imprensa", Partido dos Trabalhadores, 22 de julho de 2015, http://www.pt.org.br/maioria-dos-brasileiros-nao-confia-na-imprensa.

Apêndice

Capturas de tela mandadas pelo parceiro Arthur Tavares.

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