Matérias no exterior sobre a campanha de Paulo Batista
"Paulo Batista é candidato a deputado estadual em São Paulo e se este anúncio é qualquer indicação, ele não está muito apaixonado pelo comunismo. (...) Políticos americanos deveriam ter uma página do livro de Batista. Sua incapacidade de realizar qualquer coisa enquanto constantemente brigando um com o outro mostra que eles pensam a política é uma farsa, então o mínimo que poderiam fazer é nos entreter um pouco." ("This Brazilian Political Ad Is The Craziest Video You’ll Watch Today", Joe Cucci, The Roosevelts, 20/08/2014)
"Assim, em um dos spots, um protesto estudantil nas ruas brasileiras se converte rapidamente em jovens universitários recebendo o diploma apenas com o contato com o ‘raio privatizador’ de Batista.
"Da mesma forma, o raio transforma um velho trem de passageiros em um moderno meio de transporte.
"Por último, en seu aviso contra a maconha, dois jovens tinham um diálogo particular com um cigarro de cannabis. O cigarro "convida" aos jovens a falar de Karl Marx e termina con o lema: ‘Magoe um comunista, vote em Batista’." ("Un candidato en Brasil propone un ‘rayo privatizador’ contra la marihuana y los comunistas", Infobae, 22/08/2014)
(Compartilhado na página de Paulo Batista no Facebook)
A versão da imprensa brasileira 1: "Apenas e tão somente o vídeo mais bizarro da eleição de 2014"
Paulo Batista, candidato a deputado estadual pelo PRP, é um defensor feroz da livre iniciativa, um inimigo mortal de todos os comunistas e um amante dos super heróis da Marvel e dos filmes japoneses de monstro. Pois ele somou tudo isso e produziu um vídeo de campanha que deve ganhar a medalha de ouro de o mais esdrúxulo de 2014. Ele é, pois sim, o “Raio Privatizador”!
O único problema é que, diante da criatividade e do capricho da produção (que é estranha, mas não tosca), o povo acaba duvidando de sua veracidade. É tão pitoresco, enfim, que parece pegadinha. Pegadinha, desconfio, é a própria realidade.
Para acessar o filme, clique aqui.
P.S.: E o “Raio Privatizador” aparece em outro vídeo, que tem como protagonista um baseado falante que conclama dois jovens com palavras como “Vâmo grevar, meu irmão! Fica chapado, fumar um bag, falar de Karl Marx…” - 100% Hermes & Renato. O personagem, é claro, acaba fulminado pelo Raio, que ainda deixa o bordão: “Magoe um socialista, vote no Batista”. É a direita, enfim, esgrimindo com o escracho total.
(Gazeta do Povo, 21/08/2014, http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/interrompemos-nossa-programacao/apenas-e-tao-somente-o-video-mais-bizarro-da-eleicao-de-2014)
A versão da imprensa brasileira 2: carta aberta do candidato à Folha de São Paulo
Carta aberta à Folha de São Paulo.
Foi com grande surpresa que li, hoje, uma lamentável reportagem do jornal “Folha de São Paulo” que me incluía num rol de “Candidatos a Tiririca” no pleito de 2014. Tomando por referência o triste palhaço do PR, o material listava candidatos vazios e sem propostas que se valem de um apelo humorístico para, conforme a reportagem, “ conquistar uma cadeira na Câmara dos Deputados.”
Antes de abordar a intenção do jornal, faz-se necessário pontuar a assustadora preguiça intelectual que impera nas redações de muitos veículos de mídia brasileiros. Pois se por um lado assisto análises rasas e infantis de veículos como a Folha, por outro constato um preparo e capacidade de interpretação dos fatos muito mais apurado em publicações estrangeiras que me entrevistaram nos últimos dias - ainda que distantes da realidade política nacional. Compreendem que utilizo o humor como ferramenta e elo de conexão com meus potenciais eleitores, e não como um fim em si mesmo.
Ao contrário do que a material afirma, podemos encontrar similaridades muito maiores entre o Tiririca e a maior parte dos candidatos ditos “sérios” ao Legislativo. Tal qual o palhaço, se valem da mais absoluta nulidade propositiva, quando muito se utilizando de bordões genéricos como “mais saúde”, “mais educação” ou recorrendo ao modismo de abraçar árvores e cachorros. São mediocridades ambulantes, tanto sob o prisma do marketing quanto sob o prisma politico, tendo como trunfo seus arranjos partidários e muita grana no bolso.
Minha campanha não conta com muitos recursos, mas possui cérebro de sobra. O mais velho da minha equipe conta com 30 anos de idade. Todas as propostas são coerentes com minhas crenças em um país onde a liberdade econômica e individual caminham juntas. Todas, absolutamente todas, são claras e diretas, acompanhadas por dados, numeros, estatísticas e material de consulta. Não me valho de temática genérica, e tampouco estou aqui para agradar a todos. Tenho lado, e sei muito bem conversar com aqueles que comungam de meus ideais.
Ainda que surpreso, não deveria esperar algo diferente de tal jornal. A Folha possui critérios muito particulares na hora de avaliar a “seriedade” de seus colunistas. Poderia destacar aqui o invasor de propriedades Guilherme Boulos, playboy da FFLCH que coordena o MTST e recebe beijinhos na redação do jornal. Mas prefiro ficar com as precisas análises políticas de um Gregório Duvivier. O conteúdo de seu humor, ao que me parece, é levado bastante a sério dentro do “petit comité” diretivo da Folha. A forma parece irrelevante quando a mensagem lhes agrada.
Antigamente, era possível afirmar que a esquerda detinha o monopólio de uma comunicação simples, leve e direta com a populacão. Não mais. A “estética da zoeira”, como defino minha linguagem, chegou para ficar.
Durmam com este barulho, comunas.
#RaioPrivatizador
(Página do candidato, 24/08/2014, https://www.facebook.com/PauloBatista44777/photos/a.735685833157768.1073741828.732741003452251/755018271224524)
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