O Dia dos Pais tem origem na antiga Babilônia, há mais de 4 mil anos. Um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.
Nos Estados Unidos, Sonora Luise resolveu criar um dia dedicado aos pais em 1909, motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional. Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o "Dia dos pais". Seguindo a tradição, nos Estados Unidos, ele é comemorado no terceiro domingo de Junho. Em Portugal é comemorado a 19 de Março. No Brasil, é comemorado no segundo domingo de agosto. No país a implementação da data é atribuída ao jornalista Roberto Marinho, para incentivar as vendas do comércio e, por conseguinte, o faturamento de seu jornal. A data escolhida foi o dia de São Joaquim, sendo festejada pela primeira vez no dia 16 de agosto de 1953. (Fonte: Wikipedia)
Vemos que a data na era moderna veio com o intuito quase que 90% comercial e político, assim como Dias das Mães, Dia das Crianças e tantos outros "Dia da(o)..." que temos. Mas não é para isso que venho escrever no blog, depois de muito tempo. Nem para criticar o Dia dos Pais (que também tem os seus apelos religiosos na Igreja Católica, que diz que ser pai é uma vocação do homem - e agosto para a Igreja Católica é o "Mês das Vocações", assim como fazem no Dia das Mães, mas deixemos pra lá, isso é outra história). Venho criticar comportamentos. Comportamentos estes que não condizem com o de um pai de verdade - e, por consequencia, um "homem que presta". Muitos pais, ao saberem que a namorada, noiva, ou seja lá o que for no momento está grávida, simplesmente dão um "nó" na cabeça e a primeira reação é o abandono da mulher. Um homem que presta se dá a alguma coisa assim? Não. Mesmo sendo ela uma mulher que provavelmente lhe daria um golpe do baú, um golpe da barriga, ou achando que ficando grávida "seguraria o homem", ele, em momento algum deveria agir desta maneira. Por quê? Sou homem e passei por isso e digo: o abandono da grávida só serve para mostrar o quão idiota, o quão imaturo, o tanto que não presta esse homem. Pois que a mulher necessita emocionalmente do homem nesse período, quer ela queira ou não. Ou foi só a mulher que fez o filho? Se é rica como Xuxa e tantas outras que tiveram suas "produções independentes" aí a coisa muda de figura, mas... o homem que presta não desampara a mulher num momento como esse, quer ela seja uma golpista ou não. Desculpem a maneira tão pessoal com que abordo o tema, mas é pessoal mesmo, e acho que um blog como esse também pode abrigar um quase desabafo.
Pai não é apenas, e nem sempre é aquele que gerou: pai é aquele que ensina valores aos filhos. Que educa, que pega no colo, que dá amor, carinho, castiga quando necessário e o prepara para a vida. Pai é aquele que leva na escola, é aquele que passa a noite acordado, é aquele que leva ao hospital na emergência, é aquele que tira de seu prato para alimentar o filho. Pai é aquele que mesmo não criando o filho junto com a mãe lhe dá tudo isso e até mais.
Muitos "pais" lembram que só têm filho porque pagam pensão. O que é uma mísera pensão de R$ 260,00 em alguns casos, que mal serve para pagar um plano de saúde decente? Ou então só lembram que têm filhos quando precisam se passar por homens de verdade, usam a criança com um troféu (seria pra mostrar sua fertilidade e em sua falta de caráter?) para mostrar às sociedades a que pertencem que têm responsabilidades e as cumprem (mesmo não cumprindo e nem querendo ter essa responsabilidade).
Eu sou um homem que presta, porque tenho um filho do meu próprio sangue o qual acabei de deixar com sua mãe (que por sinal nem em casa estava para recebê-lo) e tenho um outro filho que não é do meu sangue mas crio ele desde os 2 anos de idade, dou carinho, amor, estou com ele nas horas em que sempre precisa, e hoje, infelizmente está com o pai biológico que só paga a pensão porque foi forçado judicialmente e só liga para o filho, só o pega para passar um ou dois dias com ele quando precisa aparecer para a igrejinha evangélica dele como um excelente patriarca.
Feliz Dia dos Pais. Àqueles que são, que eram e que ainda serão. E também aos que não são.
WILLIAN SANTANA
Rio de Janeiro
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