quarta-feira, 5 de junho de 2013

O Puritano-Feminismo episódio 2: Campanha "Eu sou feliz sendo prostituta" do Ministério da Saúde do Brasil é retirada do ar, o diretor é exonerado e deputado homossexual faz evangélicos passarem vergonha

Campanha “Eu sou feliz sendo prostituta” é retirada do ar

Bancada evangélica reage: “Não tem outra política pública para se fazer?”

BRASÍLIA O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recuou, ontem, sobre uma ação lançada pela pasta na internet, voltada às prostitutas e com foco na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Uma das peças da campanha, lançada no último fim de semana, “Eu sou feliz sendo prostituta”, já aparece como indisponível no link do Twitter do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério.

“Enquanto eu for ministro, não acho que seja uma mensagem a ser passada pelo Ministério da Saúde”, afirmou Padilha sobre a peça ontem. Para o ministro, veiculado como possível candidato do PT ao governo de São Paulo, a pasta deve se limitar a divulgar campanhas com foco na prevenção das DST’s. Padilha determinou, ainda, a demissão do diretor do departamento responsável pela peça, Dirceu Greco.

REAÇÃO. Ontem, deputados da bancada evangélica usaram a comissão de Direitos Humanos, presidida pelo pastor Marco Feliciano (PSC-SP), para fazer críticas à campanha. O assunto entrou em debate com uma manifestação do deputado João Campos (PSDB-GO). “Esse governo tem uma capacidade de buscar uns temas que me assusta. ‘Eu sou feliz sendo prostituta’, diz campanha do Ministério da Saúde. Não tem outra política pública decente pra fazer?“, questionou.

Outros parlamentares fizeram manifestações na mesma linha. “Estamos combatendo a prostituição infantil e vem uma campanha incentivando. Você está combatendo, tirando das ruas, aí vem uma campanha dizendo que é feliz, ninguém é feliz”, disse a deputada Liliam Sá (PSD-RJ).

Houve ataques ao governo e a parlamentares que defendem a legalização da profissão de prostituta. “Infelizmente, a prática da prostituição não é crime. Agora, quando se trata de Estado brasileiro patrocinando, é crime, é apologia à prostituição, é um crime praticado pelo Estado, pelo governo“, disse Marcos Rogério (PDT-RO). “Tudo tem a ver com o mercado da prostituição, essa indústria que está de olho na Copa e na Olimpíada”, afirmou Pastor Eurico (PSB-PE).

“Já vejo os títulos das próximas campanhas. Sou adúltero, sou feliz. Sou incestuoso, siga-me. Sou pedófilo, sou feliz, sou realizado.”

João Campos

DEPUTADO FEDERAL (PSDB-GO)

Antecedente

Aids. No início de 2012, após descontentamento até de Dilma Rousseff, Alexandre Padilha recuou da campanha que seria lançada com foco nos jovens gays para a prevenção de Aids no Carnaval.

Minientrevista

Cida Vieira

Presidente

Associação das Prostitutas de MG (APROSMIG)

“Queremos saber o motivo dessa suspensão”

Como você vê o recuo do Ministério da Saúde e a retirada da peça “Eu sou feliz sendo prostituta” da campanha “Sem Vergonha”? Alguma polêmica aconteceu para o Ministério da Saúde suspender a frase. Queremos saber o motivo dessa suspensão. Todos têm que ser felizes com o que fazem.

As profissionais do sexo ainda enfrentam muito preconceito? A sociedade tenta fechar os olhos para a prostituição. Doa a quem doer, a sociedade tem que “nos engolir”. Somos reais, somos polêmicas e gostamos disso. Estamos dialogando com a sociedade. Tenho meus direitos e, independentemente do preconceito, nós existimos porque há demanda. Temos direito de cuidar da saúde e lutamos pela saúde da mulher.

Qual é a importância da campanha para as profissionais do sexo? “Sem Vergonha” (tema da campanha) significa não ter medo de se assumir. Não é um incentivo (à prostituição). Há um preconceito de uma sociedade moralista. Não tenho o direito de dizer que sou feliz na minha profissão? Há mulheres que se formaram em direito, são dentistas, médicas e quiseram exercer. Vou fazer o que eu gosto. (Andréa Juste)

O Tempo, Belo Horizonte, 05/06/13, página 16. Grifos meus.

Jean Wyllys diz que 60% dos parlamentares contratam prostitutas

Deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) é autor de um projeto de lei que legaliza a prostituição

PUBLICADO EM 16/01/13 – 21h03

DA REDAÇÃO/ O TEMPO

Autor de um projeto de lei que legaliza a prostituição, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou que 60% dos homens do Congresso usam os serviços de prostitutas. A declaração foi feita em entrevista ao portal IG, ao avaliar qual seria as chances de sua proposta ser aprovada, uma vez que o tema é tabu para a maioria dos deputados.

“Eu diria que 60% da população masculina do Congresso Nacional faz uso dos serviços das prostitutas, então acho que esses caras vão querer fazer uso desse serviço em ambientes mais seguros”, disse Wyllys.

A frase não foi bem recebida por representantes da bancada evangélica, que pretendem trabalhar pelo arquivamento da proposta.

“Se ele [Wyllys] sabe quem faz isso, por uma questão de responsabilidade eu o desafio a dizer os nomes dos deputados que vão aos prostíbulos”, disse o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica.

O projeto de Wyllys prevê que serão considerados profissional do sexo toda pessoa maior de 18 anos e absolutamente capaz que voluntariamente presta serviços sexuais mediante remuneração.

Segundo o texto, os profissionais poderão atuar de forma autônoma ou em cooperativa e terão direito a aposentadoria especial com 25 anos de serviço. O parlamentar também diferencia prostituição de exploração sexual.

Segundo o texto proposto, a exploração ficará evidenciada quando ocorrer apropriação total ou maior que “50% do rendimento da atividade sexual por terceiro; pelo não pagamento do serviço sexual prestado voluntariamente; ou por forçar alguém a se prostituir mediante grave ameaça ou violência”.

Proposta similar foi apresentada pelo ex-deputado Fernando Gabeira em 2003. Após pressão de integrantes de setores conservadores da Casa, ela teve como destino o arquivo.

Agência Estado

O Tempo, Belo Horizonte, http://www.otempo.com.br/capa/pol%C3%ADtica/jean-wyllys-diz-que-60-dos-parlamentares-contratam-prostitutas-1.387994

Comentários de A Vez das Mulheres de Verdade / Jornal dos Homens que Prestam

Outro cartaz da campanha, disponível em http://www.otempo.com.br/capa/brasil/minist%C3%A9rio-da-sa%C3%BAde-tira-do-ar-pe%C3%A7a-da-campanha-eu-sou-feliz-sendo-prostituta-1.657632. Pros rapazes que não gostaram muito da outra, hehehehe.

Matéria de 04/06/13, 09:02: Campanha federal diz: ‘sou feliz sendo prostituta’. Matéria de 04/06/13, 20:55: Diretor da Saúde é exonerado após campanha polêmica. Pois é, amigos, bem que eu falei no outro texto: mulheres contra a família, o Cristianismo e a castidade no Brasil, só meia dúzia além da Abigail. Já é difícil o governo PT fazer uma coisa boa, quando faz é a turma conservadora que dá vexame? Eu já estava sonhando com uma colega de serviço que é prostituta à noite e os meus filhos que eu ainda não tenho assistindo o Sexy Hot na TV aberta com 13 anos. Tô brincando.

E que engraçado: o ministro, pelo que diz a primeira matéria, tem medo de concorrer ao governo do estado de São Paulo no ano que vem e alguém desenterrar essa campanha da gestão dele defendendo as prostitutas; mas a Marta Suplicy ia ser candidata ao governo do mesmo estado de São Paulo em 2006 e apareceu dentro da 9ª Parada do Orgulho GLBT em 2005, tinha 20 petistas com camisetas “Marta 2006″ dentro da Parada LGBT, e ela ainda subiu num trio elétrico e disse “eu amo vocês” pros paneleiros (“Palanque eleitoral invade parada gay e Marta grita ‘amo vocês’”, Folha de São Paulo, 29/05/2005). O PT trocou a moça pelo Aloizio Mercadante, mas em 2011 ela conseguiu ser senadora até 2012, saiu pra assumir o Ministério da Cultura. E o Eduardo Suplicy, ex-marido dela e que também estava lá, foi o senador mais votado pelo estado na eleição de 2006.

Quer dizer que político tem coragem de aparecer na Marcha das Vadias, como um amigo nosso viu a deputada Jô Moraes em Belo Horizonte no ano passado, e em parada gay, mas amarela com meia dúzia de cartazes defendendo as prostitutas? E professora que faz vídeo de sacanagem ou posa nua não pode nem continuar sendo professora, mas a Marta Suplicy pode ser ministra da Cultura depois de participar de Parada LGBT. Temos que fazer a Marcha das Putas, contra o preconceito! E com boquete na rua, porque os gays podem fazer parada de cueca e as vadias podem protestar de peito de fora.

E os trechos que eu destaquei lá em cima é pra mostrar como a bancada evangélica fala parecido com as lésbicas feministas mais bizarras. Prostituição de mulheres é igual à prostituição infantil, Liliam? Procurar uma prostituta é igual estuprar uma criança ou a própria filha, João? Por que prostituição não é crime, mas apologia à prostituição é, Marcos Rogério? A bancada da indústria da prostituição é maior que a evangélica, pastor Eurico?

E agora até o gayputado Jean Wyllys, que ganhou porque era o herói gay de um reality show abominável (Big Brother Brasil), ficou bonito na foto. Além do Fernando Gabeira, ex-guerrilheiro e defensor da maconha, por ter feito antes a proposta que o Jean Wyllys está tentando aprovar agora de ajudar as prostitutas. E além de posarem como idiotas e sexualmente reprimidos, os deputados evangélicos ainda são denunciados como vida-dupla por um colega homossexual assumido, que em outra ocasião tomou uma cacetada junto com a turma gayzista e não teve como responder. A turma da direita tem que tomar cuidado agora, porque desse jeito eles vão voltar a ser os dinossauros da década de 80 e perder o que ainda faz alguns deles serem levados a sério: ser a voz sensata enquanto a esquerda era a voz da idiocracia raivosa.

E essa porcaria toda foi do fim pro meio da semana. Foi mais rápido que a primeira Marcha das Vadias. Gente, se político ou funcionário público incompetente ou corrupto fosse tirado do cargo tão rápido e tão fácil, o mundo seria muito melhor. E isso mostra, como é a ideia desta série, que os puritanos são muito parecidos com os esquerdistas.

Abigail Pereira Aranha

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