terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O socialismo como evangelho da inveja

Caso 1: "Estou sendo linchado", diz professor da UFMG

Acusado de assediar aluna, sociólogo liga protestos à sua forma de lecionar

Diretório Central dos Estudantes divulgou textos de protesto

Diretório Central dos Estudantes divulgou textos de protesto

PUBLICADO EM 24/10/13 - 02h30

Renata Nunes

São 17 anos de vida acadêmica na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Cerca de 80 a cem alunos a cada semestre, inclusive como orientador. Alguns universitários passaram a ser grandes amigos. No entanto, aos 67 anos, o professor de ciências sociais Francisco Santos Coelho não imaginava em seu currículo uma situação, segundo ele, de tamanho desconforto: passar a ser alvo de protestos por causa de sua forma de dar aula.

O docente é acusado – desde o último dia 10 – pelos estudantes de ter ofendido uma colega do segundo período ao dizer que ela era atraente e insinuar uma provável relação. Nesta quarta-feira (23) os universitários iniciaram uma campanha para afastá-lo da instituição. Eles também buscam punição para o professor de matemática Antônio Zumpano, acusado de postar textos homofóbicos no seu próprio blog.

Em entrevista concedida a O TEMPO, Francisco explicou que discorre a teoria ancorado no presente, na vida e na rotina das pessoas. "Estou sofrendo um assédio moral fantástico por causa de um mal-entendido profundo. Fui linchado publicamente", disse.

O professor entende que vivemos um momento no qual as pessoas reivindicam singularidade de gênero ou sexual. "São reivindicações justas e de direito. A diferença está em fazer disso uma campanha e por meio dela denegrir outras pessoas. Há gente que usa bandeiras para denegrir os outros", afirma.

Biografia. Nascido em Petrópolis (RJ) e pai de duas filhas, o professor veio para Belo Horizonte em 1997, após aprovação em concurso da UFMG. Após o protesto, recebeu apoio de ex-estudantes e colegas.

(O Tempo, Belo Horizonte, 24/10/13, http://www.otempo.com.br/cidades/estou-sendo-linchado-diz-professor-da-ufmg-1.735895)

Caso 2: A honra de Mauro

Guarda-civil acusado de se esfregar numa criança em um ônibus é inocentado pela Justiça 50 anos depois

Arquivo pessoal

O ex-policial Mauro Henrique Queiroz, que morreu em 1998, cuida de jardim, em foto de família

Rogério Pagnan

DA REPORTAGEM LOCAL

Meses antes de morrer, vítima de um câncer no intestino, o ex-policial Mauro Henrique Queiroz chorou copiosamente diante do filho. Não pela doença. "Estou lutando contra uma coisa que eu não devo. Me condenaram, mas sou inocente", disse ao filho Amauri, 53.

O ex-policial revelava, ali, um segredo que guardava havia quase 40 anos. Tinha sido condenado, em 10 de julho de 1959, porque, para os juízes, ele passou o pênis no braço de uma menina de 11 anos dentro de um ônibus lotado. Pena: seis meses de detenção, convertidos em liberdade vigiada.

Pela mesma acusação foi expulso da corporação.

Diante do choro do pai, famoso por ser durão, Amauri fez uma promessa. "Pai, enquanto eu viver, vou lutar para limpar seu nome", afirmou.

Ele conseguiu. Depois de 50 anos, a Justiça admitiu a verdade, mas quase 11 anos depois da morte de Mauro, em 1998, aos 69 anos. A família Queiroz cumpriu a promessa.

Ônibus 122

A vida do então policial começou a mudar no dia 22 de janeiro de 1957 quando ele tomou o ônibus 122, linha Vila Galvão, às 10h35, de uma terça-feira. Dirigia-se ao trabalho, no Palácio de Justiça (o mesmo onde seria julgado), na região central de São Paulo.

Mauro era um policial da extinta Guarda Civil, uma espécie de polícia comunitária da época, onde ele trabalhava havia quase nove anos e apresentava uma ficha cheia de elogios. O filho Amauri tinha nove meses, e o casamento completava pouco mais de um ano.

Na época havia, porém, uma outra polícia com funções semelhantes: a Força Pública. A rivalidade entre as duas polícias era tamanha que a capital chegou a ser dividida em duas partes. A Força Pública policiava as zonas leste e norte, e a Guarda Civil ficava responsável pelas sul, oeste e centro. Em 1970, as duas foram unificadas.

Quando entrou no ônibus, Mauro percebeu que pelo menos seis homens da Força Pública já estavam no veículo. Todos estavam fardados.

Minutos depois, um homem sentado ao seu lado, dirigiu-lhe ofensas. "Guarda safado, sem vergonha", teria dito Mário Marcelo, segundo documentos da época. "É você mesmo que está encostando na menina."

Mauro, segundo seu depoimento, disse a Sônia Brasil, com então 11 anos: "Mocinha, encostei na senhorita?"

Com a negativa da menina, o guarda Mauro deu voz de prisão ao homem, mas foram policiais da Força Pública -um deles vizinho de Marcelo- que prenderam o policial.

Irregularmente, Mauro foi levado para o quartel da Força Pública, à base de tapas e socos. Deveria ter ido para uma delegacia. No quartel, a versão oficial mudou: Mauro não tinha apenas encostado na menina, mas tirado o pênis para fora e o esfregado no braço dela.

Só Marcelo, porém, viu crime. O criminoso estava cercado por rivais. Todos eles disseram não ter visto nada. "Faltar com a verdade" é considerado um crime grave nas PMs.

Condenação

A história era tão absurda e os depoimentos tão contraditórios que o juiz de primeira instância João Estevam de Siqueira Júnior absolveu, no início de 1959, o guarda "sob pena de praticar grave erro judiciário".

A Promotoria recorreu. "Só quem não viu nada nos autos foi o juiz, absolvendo o apelado, esquecendo-se de que temos esposas e filhas", escreveu o promotor José Cândido de Oliveira Costa. A tese do promotor foi aceita em segunda instância. Mauro foi condenado por ato obsceno.

O que mais pesou contra o guarda no segundo julgamento foram os depoimentos de Marcelo e de Sônia, que teria confirmado o assédio.

Já em 2003, temendo não conseguir cumprir a promessa ao pai, Amauri decidiu procurar ajuda. Lembrou que o amigo Álvares Nunes Júnior, um ex-administrador de empresas, hoje com 53 anos, tinha se formado advogado em 1997. Foi atrás dele.

Mesmo sendo especialista na área cível -processos de danos morais e materiais-, Nunes aceitou a empreitada. "A história era tão absurda que eu pensei: será que o homem [Mauro] não fez mesmo?", disse. "Só tinha uma solução: tentar encontrar a vítima. Se ela dissesse que aconteceu mesmo, então, era esquecer, enterrar o assunto", disse o advogado.

O próprio Mauro havia gasto quase todo o dinheiro que juntou durante a vida com advogados. Tentou duas revisões na Justiça, mas não havia um "fato novo" que justificasse reabrir o caso. Também contratou outros defensores que o aconselharam a desistir.

O advogado e o vendedor começaram a investigar nos registros de cemitérios e cartórios de imóveis. Pelo processo antigo, tinham os endereços da época e, por eles, rastrearam parentes distantes da "vítima" Sônia. "Tive que usar de um subterfúgio: dizer que ela [Sônia] tinha, talvez, um dinheiro a receber", disse.

Com o endereço na mão, Amauri chegou na porta da casa de Sônia em fevereiro de 2005. Viu caminhar por um estreito corredor a senhora de 64 anos (hoje), apoiada em uma bengala. O coração disparou. "E se ela dissesse que não iria falar nada? Se chamasse a polícia dizendo que eu estava a ameaçando?", lembrou ele.

Ao contrário de todos os seus temores, Sônia confirmou o que o pai disse. Mauro era inocente. "Minha avó é que fez tudo", disse a aposentada. "Eu vou aonde vocês quiserem para contar o aconteceu. Querem que vá agora?", afirmou.

À Folha, na quinta-feira, dona Sônia confirmou a versão contada pela família e pelo advogado, e lembrou da frase que Amauri disse naquele dia. "Eu prometi para meu pai que iria encontrá-la e encontrei", repetiu a senhora.

Amauri voltou para casa nas nuvens. Estava perto, enfim, a redenção de seu pai.

Além de se comprometer a ir à Justiça contar a verdade, Sônia também pediu o endereço de uma pessoa para ela própria contar o que aconteceu. A casa da viúva Maria Aparecida. "Eu fiquei emocionada [quando escutou sobre a inocência] e comecei a chorar. Nessas coisas aí a gente sempre tem o pé atrás", disse a viúva de Mauro.

Dias depois, Sônia estava na frente do juiz para dizer: "Mauro é inocente de ter feito coisa que não se deve fazer com uma criança dentro do ônibus. [...] Minha avó disse que o ônibus estava cheio e a pessoa abriu a calça dele, mas isso é mentira", diz trecho do depoimento.

Tinha-se o fato novo, e o Tribunal de Justiça anulou o processo. Não por falta de provas, mas por falta de ato criminoso. Mauro voltou ficar com o nome limpo.

Agora, a família tenta recuperar com uma outra ação a farda de Mauro que foi tirada, em cerimônia em frente aos colegas, dois dias depois de pegar o mesmo ônibus que Sônia. "Ele morreu quando tiraram a farda. Antes de acontecer isso, ele tocava gaita, dançava. Depois, perdeu toda a graça. Morreu ali", disse a viúva.

Lembrança

Enquanto ouvia o pai narrar toda sua saga, Amauri viu um filme passar em sua cabeça e começou, enfim, a entender porque aquele núcleo da família Queiroz (Maria Aparecida, Amauri e Silvio) sempre foi preterido pelos outros parentes. "Aí, você começa a lembrar das coisas que não conseguia entender: Por que a gente, quando criança, não era chamado para os aniversários? Por que meus primos, na mesma idade, ganhavam presentes [dos parentes] e nós não? Por que os parentes vinham de Barretos [para São Paulo] e não passavam lá em casa? Sabe por quê? Porque, para eles, éramos os filhos do tarado."

(Folha de São Paulo, São Paulo, 01/11/2009, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0111200906.htm)

Comentários de A Vez das Mulheres de Verdade / Jornal dos Homens que Prestam

Sem mais detalhes sobre o primeiro caso em particular, só aplico a regra geral dos casos de racismo, assédio sexual, homofobia, machismo e pobrefobia: é mentira até prova em contrário.

Em janeiro e fevereiro deste ano, eu comentei sobre o caso do delegado Pinho. E eu já compartilhei nos meus blogues e já vi em outros blogues vários casos de homens acusados de racismo, homofobia ou crime contra mulher onde valeu o contrário do que está na lei: culpado até prova da inocência, em vez de inocente até prova em contrário.

Mas o ponto nesta postagem é aquela frase do Winston Churchill, que eu vou até destacar:

"O socialismo é o evangelho da inveja, o credo da ignorância, e a filosofia do fracasso."

O professor do primeiro caso tinha 17 anos de experiência na UFMG. O militar do segundo caso tinha 9 anos de trabalho com conduta exemplar (por isso precisaram inventar um caso pra ele). O delegado Pinho tinha 27 anos de polícia de conduta exemplar antes de ser afastado. Como prejudicar alguém do nível deles se você é um analfabeto funcional que entrou na universidade pelas cotas, ou é uma lésbica esquerdista bancada pelo paizinho opressor, ou é uma mulherzinha que vive da militância esquerdista? É só acusar de machismo, racismo, homofobia ou crime sexual.

E se fosse só um último recurso desesperado de lésbicas maconheiras horrorosas fracassadas, tudo bem. Mas o pior é que essa porcaria FUNCIONA. O judiciário brasileiro, também o estadunidense e o britânico pelo menos, já tem capachos pra se fazerem de pistoleiros de vadia esquerdista e provar que contra o homem honesto vale a lei e o contra a lei. Não tem 20 dias que a gente viu o judiciário proibindo o Tubby, que seria o simétrico do Lulu, ameaçando com multa. E o aplicativo nem existia. Há dez dias o Marxismo Cultural compartilhou um caso de um homem preso por pedofilia que foi julgado mais de dois anos depois de PRESO. E aí foram ver que ele nem na cidade estava quando o crime aconteceu.

Com o sistema de cotas nas universidades, brancos que passaram no vestibular (ou no ENEM) já entraram na justiça porque perderam a vaga para negros e estudantes de escola pública com menos pontos. E perdem! O reitor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) disse uma vez que 400 não cotistas entravam com recurso todo ano porque perderam a vaga para um negro cotista e nenhum ganha. Isso foi dito numa entrevista ao portal G1. E se fosse o contrário? Já temos analfabetos funcionais em massa no "ensino superior". Mas a hora é de festa! As mulheres são maioria e os negros pobres da cada vez mais horrível escola pública são um percentual cada vez maior.

Na política, "nós" nem esperamos mais competência ou honestidade. Desde 2010 ou antes, quase todo candidato a qualquer cargo político que apareceu na campanha eleitoral com ideias, experiência, caráter ou material bem feito se f*#eu. O que preocupa o povo eleitor é se vamos ter poucas mulheres na câmara de vereadores, se a Câmara dos Deputados vai ter alguém da microrregião, ou se vamos ter o primeiro negro ou a primeira mulher na Presidência da República. Depois é só esperar um naco da máquina assistencialista, do dinheiro federal para questiúnculas da cidade de 5.000 habitantes, da máquina da corrupção ou de favor pessoal.

E na nossa vida cotidiana, nós vemos que o funcionário competente e dedicado é o último a ter valor e o primeiro a ser prejudicado. Você quer progredir na vida se dando ao respeito, perde a promoção no trabalho para uma ninfetinha com metade do seu QI e do seu tempo de experiência. Você quer progredir na vida se dando ao respeito, a vadia que pagou trabalho na faculdade pega a vaga de emprego a que você está concorrendo. Você quer progredir na vida se dando ao respeito, a sua empresa se arrebenta de pagar multas e impostos enquanto ONG's parasitas ganham muito dinheiro. Em quase qualquer local de trabalho, a primeira coisa que acontece com um homem que presta que no mínimo tenha interesse em ser um bom profissional é fuxico pelas costas e queixa de coleguinha mulher incomodada porque ele queria ser amistoso.

Em breve a fonte vai secar. Um dia precisaremos de médicos e teremos favelados que entraram na universidade pelas cotas e saíram sem saber quais os sintomas da tuberculose. Um dia precisaremos de engenheiros civis e teremos vadias que pagaram pela prova de Teoria das Estruturas transmitida pelo celular. Um dia precisaremos de professores na educação básica e teremos analfabetos formados por lésbicas militantes de esquerda de QI um pouco menos baixo. Vai faltar gente pelo menos confiável para alimentar a máquina social onde o bom é ser filho da mãe, se envolver em corrupção e levar a fama pelo mérito dos outros. Vamos ter invejosos, incompetentes, histéricos e salafrários em geral irritando e prejudicando uns aos outros e lutando por poder sobre ruínas. Então será a vez dos homens decentes de ter reconhecimento, mas exigir que os homens honestos usem a sua ética e a sua disposição para o trabalho para consertar a porcaria será como ter expulsado alguém com ingresso para a festa a pontapés ainda na entrada e depois chamar a pessoa de volta para arrumar o local. Até lá, que os homens que prestam tenham se preparado para reerguer o país para eles mesmos e para quem é digno, e tomem tudo de volta dos vermes invejosos e sem talento que só conseguem fazer algo em cima do trabalho dos outros.

Abigail Pereira Aranha

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